CNI: atividade industrial segue em recuperação com alta do emprego

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A atividade industrial continua em recuperação e já se encontra no patamar pré-crise, de acordo com a Sondagem Industrial, divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou 71%, 2 pontos percentuais acima do apurado em agosto de 2019 e 4 pontos percentuais a mais na comparação com julho. É o maior percentual para o mês desde de 2014, quando o UCI ficou em 72%.

O indicador de UCI efetiva – em relação ao usual – aumentou 3,6 pontos de julho para agosto e ficou em 47,7 pontos. O índice ficou acima do registrado em agosto de 2019 (44,1) e próximo à linha divisória de 50 pontos. Isso significa que a atividade está no nível usual para o mês. Esse indicador procura medir o quão a atividade industrial está aquecida. Valores abaixo de 50 pontos indicam atividade desaquecida.

“Na esteira dessa recuperação, o otimismo do empresário também continuou aumentando, impulsionado tanto pela recuperação da economia, como pelo início do período de fim de ano, sazonalmente mais favorável à produção industrial”, diz a sondagem.

O índice de evolução da produção alcançou 58,7 pontos em agosto, no terceiro mês seguido de alta. O índice é próximo ao registrado no mês anterior (0,7 ponto inferior). Resultados acima da linha divisória de 50 pontos indicam crescimento com relação ao mês anterior. Quanto mais distante da linha de 50 pontos, mais forte e disseminada entre as empresas industriais é a alta da produção.

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De acordo com a CNI, mesmo com meses de crescimento da produção, os estoques seguem em queda e em nível abaixo do planejado. O índice de evolução do nível de estoques registrou 46,3 pontos em agosto. Desde abril, os estoques vêm registrando queda.

O índice de estoque efetivo em relação ao planejado ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos (45,2 pontos), indicando que os estoques seguiram inferiores ao esperado pelos empresários industriais.

Emprego

O índice de evolução do número de empregados atingiu 53,8 pontos em agosto. “O índice já havia superado a linha divisória de 50 pontos em julho (índice de 50,9 pontos) mas, ao se afastar da linha, revela maior disseminação do movimento de aumento do emprego”, diz a CNI.

O indicador de agosto é o maior da série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2011. “É preciso levar em consideração, contudo, que o emprego estava em nível muito baixo. Em abril, o índice havia mostrado forte queda do número de empregados, ao registrar 38,2 pontos”, ponderou.

Expectativas

De acordo com a Sondagem, todos os índices de expectativa mantiveram-se em crescimento na pesquisa realizada neste mês. “O otimismo do empresário vem sendo impulsionado tanto pela recuperação da economia, como pelo início do período sazonalmente mais favorável à produção industrial”, diz a CNI.

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O índice de expectativa para a demanda em setembro aumentou 1,7 ponto, em relação a agosto, para 63,1 pontos, o melhor resultado para o índice em mais de 10 anos. O índice de expectativa de compras de matérias-primas aumentou 1,9 ponto para 60,6 pontos. A última vez que o índice havia superado 60 pontos foi em agosto de 2010.

Já o índice de expectativa de número de empregados foi de 54,8 pontos, o maior desde abril de 2011. A expectativa de exportação aumentou 3 pontos e atingiu 55,4 pontos.

O indicador de intenção de investimento cresceu pelo quinto mês consecutivo e atingiu 55,3 pontos, avanço de 4,3 pontos frente a agosto. Desde maio, o indicador acumula crescimento de 18,6 pontos.

“Apesar de o indicador ainda não ter retomado o nível de fevereiro, de 58,7 pontos, o resultado atual é maior do que a média histórica do indicador, de 49,5 pontos, e do registrado em setembro de 2019, 53,5 pontos”, diz a sondagem.

O índice de número de empregados passou de 53,5 pontos, em agosto, para 54,8 pontos, neste mês. Em setembro de 2019, estava em 50,7 pontos.

Edição: Lílian Beraldo

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ECONOMIA

Poupança tem entrada líquida de R$ 12,8 bilhões em junho

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O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela terceira vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques no mês de junho. As entradas superaram as saídas em R$ 12,8 bilhão, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC).

No mês passado, foram aplicados R$ 348,1 bilhões, contra saques de R$ 335,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,4 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é R$ 1 trilhão.

Em maio de 2024, houve entrada líquida (mais depósitos que saques) de R$ 8,2 bilhões, assim como em março (R$ 1,3 bilhão). Já em janeiro, fevereiro e abril, os resultados foram negativos, com R$ 20,1 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão a mais de saques da poupança, respectivamente.

O resultado positivo do mês de junho passado ainda foi maior que o verificado em junho de 2023, quando os brasileiros depositaram R$ 2,6 bilhões a mais do que retiraram da poupança.

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Diante do alto endividamento da população, em 2023 a caderneta de poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões. O resultado foi menor do que o registrado em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,2 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.

Política de juros

Os saques na poupança se dão porque a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic, com sete reduções seguidas. No mês passado, o colegiado interrompeu o corte de juros em razão da alta recente do dólar e do aumento das incertezas econômicas. Hoje, a taxa básica está em 10,5% ao ano.

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Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a caderneta tinha registrado captação líquida – mais depósitos que saques – recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Fonte: EBC Economia

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