Votação da redução da maioridade em comissão é adiada após tumulto

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A sessão da Comissão Especial da Câmara que deveria discutir e votar o relatório que propõe a alteração da Constituição para que a idade penal passe de 18 a 16 anos foi interrompida de depois adiada nesta quarta-feira após tumulto. Manifestantes protestaram durante os trabalhos. Houve bate-boca e confusão de agentes da Polícia Legislativa que usaram gás de pimenta para reprimir os manifestantes. Nova votação na comissão está prevista para a próxima quarta, no dia 17. Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a prometer que o controverso tema irá a plenário até o dia 30 de junho — em sessões fechadas para evitar os protestos. 

O relatório, de autoria de Laerte Bessa (PR-DF), foi entregue à comissão antes de cumpridas as 40 sessões e uma série de visitas previstas inicialmente. O texto defende a redução da maioridade penal sem atenuantes, ou seja, a mesma punição de adultos para jovens acima de 16 anos para qualquer tipo de crime cometido. No entanto, propõe que os jovens de 16 a 18 anos cumpram pena em unidades especiais para eles, e não nos presídios comuns.

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Bessa, que foi delegado da Polícia Civil, seguiu, ainda que indiretamente, sugestão de Eduardo Cunha, incluindo no relatório a ressalva de que a redução, se aprovada futuramente pelo Congresso, só entre em vigor após um referendo que poderá ser realizado junto à população na eleição de 2016. Bessa, Cunha e outros defensores da PEC 171/93 se apoiam em pesquisas de opinião pública que afirmam que os brasileiros são, em grande maioria, favoráveis à redução.

Enquanto a falta de dados confiáveis para dimensionar a criminalidade juvenil no país é uma questão que permanece sem solução, a estratégia dos envolvidos nesse debate tem sido investir no jogo político, no qual a redução da maioridade penal é mais uma ferramenta do que um fim em si.

A disputa de poderes é tamanha, que PT e PSDB, tradicionais oponentes, têm se articulado para fortalecer a ideia de que há alternativas à redução nua e crua, comum a ambos partidos. Nesta última terça, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), se reuniram em Brasília para tratar o tema. Cardozo, após a reunião, afirmou à imprensa que o Governo tem interesse em “aprofundar o diálogo” com setores do PSDB.

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Mesmo tendo se declarado favorável à redução no passado, Geraldo Alckmin é autor de uma proposta que defende, em lugar da diminuição da maioridade, o aumento da internação máxima de adolescentes infratores de três para oito anos. Outro tucano de peso a defender a mesma linha de pensamento é o senador José Serra, tradicional oponente de Alckmin dentro do partido, que se mostra um pouco mais duro ao sugerir um tempo de internação de 10 anos.

Até pouco tempo, o PSDB não assumia uma posição clara. Agora, o partido parece aspirar a um protagonismo no debate da maioridade penal. Tanto é assim que até o senador Aécio Neves, que apesar de rivalizar em (quase) tudo com Dilma Rousseff, passou a defender matizes na questão. Ele coincide com a presidenta ao defender o aumento da pena de adultos que cooptam jovens para o crime organizado – alternativa que pode ajudar a combater a criminalidade juvenil, fortemente defendida pelo PT.

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Caiado dá nova demonstração de força e União Brasil conquista 94 prefeituras em Goiás

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Governador Ronaldo Caiado e Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil. Foto: Divulgação

O União Brasil, partido presidido em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado, elegeu 589 prefeitos em todo o Brasil nas eleições municipais deste ano. Deste total, 94 estão em Goiás, o que representa quase 16% de todas as vitórias do partido no País. O número expressivo renova a força da legenda no estado, onde pode ainda conquistar a capital — a definição ficou para o segundo turno.

A eleição deste ano marca um crescimento significativo no número de prefeituras conquistadas pelo União Brasil em Goiás. Em 2020, antes da fusão que criou o partido, o DEM de Ronaldo Caiado conquistou 62 prefeituras. Já o PSL, que viria a se unir ao DEM para formar o União Brasil em 2022, elegeu 5 prefeitos. Em 2024, portanto, o União Brasil avança mais de 40% em relação às últimas eleições municipais em Goiás.

Com a conquista de municípios importantes, o União Brasil fortaleceu sua presença em todas as regiões do estado. No Entorno de Brasília, por exemplo, vai comandar Águas Lindas e Luziânia; na Região Metropolitana de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. O partido também sagrou-se vitorioso em cidades estratégicas como Ceres, Rialma, Jaraguá, Goianésia no Vale do São Patrício, além de Porangatu, Iaciara, Simolândia, Inhumas e Itumbiara.

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O governador Ronaldo Caiado celebrou os resultados obtidos no cenário estadual. “O União Brasil mostrou sua força em Goiás. Elegemos 94 prefeitos em todo o estado, fortalecendo nosso compromisso com o desenvolvimento local, por meio de parceiras para continuar com o avanço da qualidade de vida para os mais de sete milhões de goianos”, afirmou o governador. Presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda esteve em Goiânia no domingo de eleições e, antes do resultado, afirmou que esperava que o partido fizesse cerca se 500 municípios, número que foi superado após a apuração.

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