Cash Delivery: Rincón admite Caixa 2 e lavagem de dinheiro

Publicados


O ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Rincón (PSDB), preso desde sexta-feira (28) na Operação Cash Delivery, admitiu caixa 2 e lavagem de dinheiro no primeiro interrogatório realizado pela Polícia Federal (PF), no mesmo dia da prisão. Esse é o entendimento dos investigadores, que seguem as apurações sobre supostos pagamentos de propina pela Odebrecht a Jayme para beneficiar o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Senado.

Jayme confirmou recebimento de dinheiro em seu apartamento em São Paulo entregue pela Odebrecht. O tucano alega, no entanto, que o dinheiro foi para “campanha de candidatos aliados”, sem revelar quais, e que todo o montante destinado à campanha de Marconi “foi legalizado”. Ele disse não saber quantas vezes houve entrega de dinheiro em seu apartamento e o valor total. A apuração da PF e do Ministério Público Federal (MPF) identificou pelo menos 11 encontros no local. O ex-presidente da Agetop, que era um dos coordenadores da campanha do governador José Eliton (PSDB) à reeleição até a deflagração da Cash Delivery, afirma ainda que “parte dos valores (recebidos da Odebrecht) era oficializada com a ajuda de empresas parceiras”. Segundo o MPF, isso configura crime de lavagem de dinheiro.

Leia Também:  Presidente mentiu sobre barganha, diz Eduardo Cunha

“Confirma ter havido entrega de recursos por parte de prepostos do grupo Odebrecht aos policiais militares Sérgio (Sergio Rodrigues de Souza Vaz, era motorista de Jayme e morreu em janeiro de 2016) e Moura (Márcio Garcia Moura, atual motorista) no apartamento de propriedade do interrogado em São Paulo. Não sabe dizer ao certo o número de vezes. O apartamento era utilizado tendo em vista o acesso que Sérgio detinha ao mesmo”, diz o termo do interrogatório.

Em outro trecho, Jayme diz que “eventualmente devem ter sido fracionados pagamentos de despesas para fins de não preenchimento de fichas bancárias”, o que também configuraria crime de lavagem de dinheiro.

No início do interrogatório, o ex-auxiliar do governo chega a afirmar que “nunca recebeu nem pessoalmente e nem indiretamente por terceiros nenhum valor em espécie da empresa Odebrecht”. Diz ainda que “não pediu apoio financeiro, ao contrário, foram executivos da Odebrecht que ofereceram voluntariamente tal apoio financeiro e que este ocorreu de forma legal e no montante que não chega nem perto do valor de R$ 10 milhões (valor apontado pelas investigações com comprovação de entrega)”.

Mais tarde, no entanto, após detalhar os contatos com cada um dos ex-executivos da Odebrecht – com os quais afirma ter tido apenas reuniões oficiais e realizadas na sede da Agetop, Jayme passa a admitir a entrega de recursos em seu apartamento.

Leia Também:  Sancionada reestruturação do plano de carreira dos servidores da AGR

Questionado sobre o fato de Ricardo Roth Ferraz, ex-diretor da empreiteira, ter afirmado que se encontrou com ele para repassar senhas para entrega de dinheiro, o ex-presidente da Agetop afirmou que “por uma única vez Ricardo quis repassar uma senha, entretanto de imediato disse a ele que não desejava receber nenhuma senha e que este tipo de assunto deveria ser tratado diretamente com o PM Sergio”. “Esclarece que sempre quis se afastar dessa questão operacional referente a campanha eleitoral”, relata o termo do depoimento.

Jayme ressaltou que o filho Rodrigo Godoy Rincón, também preso na sexta-feira e solto no início da tarde de ontem, “não tinha a menor participação e sequer sabia do que estava acontecendo” no apartamento de São Paulo, em que ele morava. Sobre o veículo de R$ 170 mil que pertence a Rodrigo e, segundo as investigações foi comprado com parte da propina, Jayme afirmou que nem se lembrava que estava em nome do filho e que ele é usado por sua mulher.

Rincón
 Da Redação com OP

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

POLÍTICA

Encerramento das Atividades

Publicados

em

A Agência Assembleia de Notícias divulga, em tempo real, as atividades institucionais da Assembleia Legislativa, as reuniões, votações e audiências públicas, incluídas ações das Comissões Permanentes, Especiais e do Plenário.

O trabalho da Agência Assembleia é focado no abastecimento dos veículos de comunicação da Capital e do interior, de forma isenta e apartidária, oferecendo aos profissionais de rádio, TV e jornal a síntese dos fatos, com abordagens diretas e sem interpretações.

Notícias em tempo real

Os assuntos do dia, com a síntese veiculada em tempo real.

Destaque

Espaço privilegiado na tela de abertura do portal, evidenciado assunto de relevância.

Outros destaques

Apresentam assuntos importantes do dia a dia no Parlamento.

Programação Cultural

Ações da Diretoria de Cultura, Esporte e Lazer, elo entre o Legislativo e os setores cultural e educacional, e outros segmentos sociais.

O Poder Legislativo e Você

Espaço aberto para as opiniões e sugestões da comunidade sobre o Parlamento e iniciativas da Casa.

Agenda

O que acontece no dia a dia das Comissões Técnicas, do Plenário e as atividades externas dos parlamentares e representantes da Casa.

Leia Também:  Falece Valter Melo, ex-prefeito de Ceres e ex-deputado estadual

Este site é de responsabilidade da Diretoria de Comunicação, por meio da Agência Assembleia de Notícias.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA