Opinião

A máscara é eficaz?

O uso de máscaras faciais tem sido amplamente defendido para mitigar a transmissão. As máscaras protegem as pessoas de duas maneiras: reduz a emissão e disseminação de vírus respiratórios por meio de gotículas e aerossóis e reduz a inalação de vírus respiratórios transportados pelo ar.

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Muita gente “culta” e com faculdade no currículo não entende Estatística e Probabilidade, que é matéria do segundo grau. Fácil detectar um ignorante nessas disciplinas, a estultícia total manifesta-se quando o bobo alegre diz aquela famosa frase: “eu como dois frangos, você nenhum, na média, comemos um cada”. E são esses que não entendem as particularidades do “lockdown”, das vacinas e do uso de máscara.

Existem muitos “papers” (artigos científicos, que refletem estudos feitos com rigor, duplo cego, etc.), mas para lê-los é preciso dominar a língua e saber matemática. E são desses artigos que sabemos que a transmissão aérea é uma das principais vias de transmissão de vírus respiratórios, incluindo a síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), conforme o paper “It is time to address airborne transmission of coronavirus disease 2019”.

O uso de máscaras faciais tem sido amplamente defendido para mitigar a transmissão. As máscaras protegem as pessoas de duas maneiras: reduz a emissão e disseminação de vírus respiratórios por meio de gotículas e aerossóis e reduz a inalação de vírus respiratórios transportados pelo ar.

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Máscaras do tipo N95 ou FFP2 têm taxas de penetração de partículas muito baixas (cerca de 5%), já as máscaras cirúrgicas e semelhantes exibem taxas de penetração mais altas e mais variáveis (cerca de 30 a 70%) conforme o paper “Performance of an N95 filtering facepiece particulate respirator and a surgical mask during human breathing”. Dado o grande número de partículas emitidas (cerca de 3 milhões em 30 minutos) ao respirar e principalmente ao espirrar ou tossir (cf. Turbulent gas clouds and respiratory pathogen emissions), o número de partículas respiratórias que podem penetrar nas máscaras é grande. Assim, máscaras cirúrgicas e similares eram consideradas ineficazes.

Por outro lado, dados observacionais mostram que regiões ou instalações com maior percentual da população com máscara têm melhor controle da doença coronavírus 2019 (COVID-19), conforme “Physical distancing, face masks, and eye protection to prevent person-to-person transmission of SARS-CoV-2”. Como explicar essa aparente inconsistência?

É o paper “Face masks effectively limit the probability of SARS-CoV-2 transmission” que demonstra isso por um modelo de probabilidades que os cientistas criaram. A pesquisa mostrou que a eficácia da máscara depende fortemente da abundância de vírus transportados pelo ar. Com base em medições diretas de SARS-CoV-2 em amostras de ar e probabilidades de infecção da população, descobriram que a abundância de vírus na maioria dos ambientes é suficientemente baixa para que as máscaras sejam eficazes na redução da transmissão aérea.

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Mas em certos ambientes internos, como centros médicos que tratam pacientes com COVID-19, é necessário usar máscaras de alta eficiência, ventilação eficiente e distanciamento social. Além disso, a alta adesão e o uso correto de máscaras são importantes para garantir a eficácia do mascaramento universal na redução do número de reproduções. Que deputados e senadores continuem a defender a vida!

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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ARTIGO

Fé viva

O mundo interior é como legítimo campo de produção. Devemos ter zelo nas leituras que nutrem a nossa mente, assim como as ações e atitudes que auxiliam na moldagem de nosso caráter.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Deus nos oferece os recursos e as oportunidades, mas cabe a nós o esforço edificante para nutrir, proteger, crescer o projeto pessoal de realizações. Através da disciplina no trabalho e a constância na vontade, as obras aparecem e se multiplicam. Não é fruto do acaso ou da sorte, como muitos imprevidentes acreditam, mas da semeadura que frutifica no tempo.

O mundo interior é como legítimo campo de produção. Devemos ter zelo nas leituras que nutrem a nossa mente, assim como as ações e atitudes que auxiliam na moldagem de nosso caráter. A fé viva e a identificação com Deus representam conquistas sublimes. É imprescindível defender tal patrimônio com energia e cuidados para o devido progresso.

Além disso, não se conquistam luzes para deixá-las escondida sob o pano, mas para mostrá-las à todos (Mateus 5:15). Precisamos não apenas trilhar o caminho correto, como também de inspirar os demais a fazer o mesmo. Quando há a colaboração, as obras e as realizações acontecem de forma acelerada e com produtividade.

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O ciclo virtuoso entre fé e obras acaba contemplando o discípulo fiel com os beneméritos de conquistas que expandem os horizontes. É o entrelaçamento do ser com o universo de modo a tornar ainda mais apto a novas conquistas. Na parábola dos talentos, Jesus nos estimula a vencer os medos e a romper a inércia para que as conquistas maiores apareçam. A fé constrói montanhas por onde se eleva o indivíduo em sua jornada sagrada.

Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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