Comissão quer ouvir Weintraub sobre supostas irregularidades no FNDE

A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta quarta-feira (27) um convite para que o ex-ministro Abraham Weintraub esclareça declarações dadas por ele, em março de 2020, quando estava à frente do Ministério da Educação (MEC), sobre um suposto pedido do governo para que “entregasse” o Fundo Nacional de Educação (FNDE) ao Centrão.
“O que estamos percebendo é que se instalou no âmbito do MEC um balcão de negócios. De um lado atuação de lobistas e do outro um processo continuado de fraudes e licitações. Diante da declaração de que isso já foi reivindicado desde muito antes, acho que é importante ouvir Weintraub para que o ex-ministro confirme o que disse publicamente ou traga novas informações sobre os fatos que a comissão tem acompanhado“, justificou o senador Randolfe Rodrigues(Rede – AP), autor do convite.
Em outro requerimento aprovado hoje, a comissão solicita que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal enviem ao Senado informações e documentos encaminhados por Weintraub sobre as supostas irregularidades no MEC.
Os senadores também formalizaram requerimento de informações endereçado ao atual ministro da Educação, Victor Godoy, no qual pedem a relação de obras públicas da pasta iniciadas e não concluídas no período de 2006 até os dias atuais.
Ainda durante a reunião, a comissão aprovou um convite para ouvir a servidora pública Vanessa Reis Souza. Os senadores querem que ela dê explicações sobre supostos pedidos feitos pelo pastor Arilton Moura ao MEC e ao FNDE.
Ausências
Para esta quarta-feira estavam previstos três depoimentos no colegiado. O do consultor do FNDE Darwin Lima e o de Nely Jardim, apontada como suposta assessora informal dos pastores, e o do prefeito de Centro Novo (MA), Júnior Garimpeiro, mas nenhum deles compareceu. Segundo o presidente da comissão, Marcelo Castro, Darwin não respondeu o convite e Nely justificou a ausência pelo fato de já responder a processo na Justiça. O prefeito chegou a confirmar participação por videoconferência, mas na última hora pediu para remarcar o depoimento.
Diante das ausências, Castro disse que o colegiado está fazendo o que pode para investigar o esquema dos pastores lobistas que atuavam no ministério, mas lembrou que tem poderes limitados. “Diferentemente de uma CPI, só podemos convocar ministro de Estado. E o convite a pessoa pode aceitar e não aceitar”, disse Castro.
“Nós entendemos que, se a pessoa não tem culpa, ela é a principal interessada. Se não vem, já fica a suspeita, é quase uma confissão de culpabilidade”, ressaltou o senador.
Histórico
A Comissão de Educação do Senado Federal investiga suspeitas de favorecimento no repasse de verbas do MEC e do FNDE por meio de uma suposto gabinete paralelo comandado pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, durante a gestão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
As denúncias resultaram na saída de Ribeiro, que também é pastor, da pasta. À época, em sua defesa, o ex-ministro afirmou que não praticou atos ilícitos. “Tenho plena convicção de que jamais pratiquei qualquer ato de gestão que não fosse pautado pela legalidade, pela probidade e pelo compromisso com o erário. As suspeitas de que foram cometidos atos irregulares devem ser investigadas com profundidade”, destacou.
Edição: Bruna Saniele


POLÍTICA NACIONAL
Projeto prevê garantia para obra executada com recurso de emenda parlamentar

O Projeto de Lei 4279/24, em análise na Câmara dos Deputados, exige que as obras e os serviços de engenharia executados com recursos de emendas parlamentares possuam instrumentos de mitigação de riscos, como seguro-garantia ou fiança bancária.
O intuito do projeto é garantir que as obrigações contratuais sejam cumpridas pelos responsáveis pela obra, evitando obras inacabadas.
Conforme o texto, a garantia servirá para cobrir danos relacionados à obra, como acidentes, e ainda danos por descumprimento de cláusulas contratuais. O edital deverá prever o tipo de instrumento que poderá ser contratado, podendo ser:
- caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
- apólices de seguro;
- fiança bancária; ou
- título de capitalização, com resgate pelo valor total.
Não haverá exigência de garantia em apenas três situações: quando o valor da garantia superar 4,5% do valor do contrato, em contratos inferiores a R$ 500 mil, ou quando houver justificativa técnica para a dispensa da contratação de seguro.
Continuidade
O projeto é do deputado Fernando Monteiro (PP-PE). De acordo com ele, o texto é importante para melhorar a qualidade e a transparência das obras executadas com recursos públicos, além de coibir obras federais inacabadas.
“A medida proporcionará uma camada adicional de segurança e fiscalização, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente e responsável”, explica Monteiro.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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