Opinião
Amor ao trabalho
Em todas as profissões demora-se anos para obter a maestria e a expertise como níveis de conhecimento intrínseco da consciência do ser. Como regra genérica, foi popularizada por Malcolm Gladwell as 10 mil horas necessárias para que se tenha esta condição.
Trabalho é desenvolvimento, obra e construção. Com o ofício há o aperfeiçoamento do ser tanto no nível profissional quanto pessoal. O indivíduo que aprende desde cedo o valor da labuta consegue ser útil a ele e a sociedade de forma prestativa. Amar o trabalho é se amar e ter a certeza de ter feito a escolha correta na vida.
Todavia, para isso não ser mera sorte é essencial reflexão e autoconhecimento. Apenas por meio de se conhecer e saber de seus talentos e vocação que se alinha de modo planejado o trabalho. O ofício não deve vir por acaso, mas fruto desta conversa íntima consigo mesmo. Sem olhar cargo, status, facilidades ou renda, mas gostos, preferências, aptidões.
Não há exercício fácil ou com facilidades que perdurem para sempre. É vital este saber, pois muitos atalhos iniciais podem significar atrasos posteriores. Busque ser o melhor, de se esforçar e de aprender em qualquer situação. De exercitar sem esperar retornos imediatos, pois apenas com persistência e força de vontade que se alcança patamares superiores. Invista em você.
Em todas as profissões demora-se anos para obter a maestria e a expertise como níveis de conhecimento intrínseco da consciência do ser. Como regra genérica, foi popularizada por Malcolm Gladwell as 10 mil horas necessárias para que se tenha esta condição. Assim, mais que ansiedade e afobação, autoconhecimento e disciplina para realizar bem feito desde o início. Através do trabalho progride o indivíduo, a sociedade e o mundo.
Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.
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ARTIGO
Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.
E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.
Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.
Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.
A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.
Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão
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