Confira programa de governo da candidata à presidente Soraya Thronicke

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programa de governo da candidata à Presidência da República pelo União Brasil, Soraya Thronicke, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem 73 páginas e está divido em dez eixos principais: economia; educação, ciência e tecnologia e inovação; saúde; assistência social; desenvolvimento ambiental sustentável; agricultura e segurança alimentar; defesa civil – corpo de bombeiros; segurança pública; esporte; e cultura.

A prioridade de Thronicke será a reforma tributária, com foco na unificação de tributos federais. O plano da candidata propõe a adoção do Imposto Único Federal (IUF), que condensará 11 impostos federais em um só, cobrado nas transações financeiras. Ainda segundo a proposta, o IUF distribuirá a carga tributária com maior justiça social, diminuindo a incidência sobre os assalariados, a classe média e as empresas formais. 

O documento também prevê que o país deverá rever o modelo de cadeia produtiva do agronegócio, tido como carro-chefe da economia no plano de governo de Thronicke. A proposta contempla a implementação de política para a resolução de problemas “entre as demandas do agronegócio, que deve ser cada vez mais privilegiado, mas em consonância com a questão ambiental”.

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Na área ambiental, o plano defende que o Congresso Nacional deverá “necessariamente” rever a política ambiental e a questão das unidades de conservação, das áreas indígenas e quilombolas, tornando-as “geradoras de riqueza e capazes de produzir alimentos e minérios estratégicos”.

Ainda de acordo com o texto, o mercado de terras raras e do garimpo será regulamentado e a gestão da mineração brasileira será uma prioridade de Estado. O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) será ampliado e aplicado no crescimento da economia verde e biodiversidade. Também estão previstas a redução dos desmatamentos e a recuperação de áreas degradadas.

Na área da educação, o programa destaca a implantação de um projeto nacional de capacitação pedagógica e tecnológica para professores, além do aumento da remuneração e a qualificação técnico pedagógica. 

Já na saúde, o texto defende aprimorar o atendimento e garantir o acesso do cidadão a serviços públicos e o investimento na universalização dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

No eixo da segurança alimentar, o documento ainda prevê a elaboração de uma estratégia nacional para fortalecer a agricultura familiar. O plano pretende tornar a agricultura familiar brasileira referência internacional em qualidade e capacidade produtiva.

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Na segurança pública, o projeto da candidata objetiva investir na inteligência e na integração de dados e modelos de governança, de forma a agilizar as ações do estado. Thronicke quer ampliar a autonomia da Polícia Federal para que a corporação possa agir sem interferência do governo federal. Será estabelecido ainda mandato fixo de dois anos para o diretor-geral do órgão, que só poderá ser removido por má conduta ou insuficiência manifesta de desempenho.

Edição: Paula Laboissière

Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Projeto prevê salvaguardas à população afetada e ao meio ambiente para instalação de usinas eólicas e solares

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O Projeto de Lei 4386/24 prevê uma série de salvaguardas para a instalação de usinas eólicas e solares, com o objetivo de resguardar as populações afetadas e o meio ambiente. O texto também prevê medidas para proteger os proprietários de terras arrendadas pelas usinas solares e eólicas.

Conforme a proposta, os contratos de arrendamento de imóvel para instalação das usinas terão duração de 20 anos e serão regidos pelo Código Civil. O projeto prevê ainda:

  • a renovação contratual dependerá da expressa anuência do proprietário do imóvel rural;
  • a revisão do contrato poderá ser feita quando constatada a violação dos princípios da boa-fé;
  • o contrato deve garantir o direito à indenização e ao cancelamento quando a operação da usina provocar acidentes, incluindo ambientais;
  • é vedada a utilização de cláusulas que contenham exigências referentes a sigilo (salvo as informações que comprometam a operação do empreendimento);
  • também não será permitida a cobrança pela prestação de assessoria jurídica pela parte contratante e a prorrogação automática do contrato.

Excessos
O deputado Fernando Mineiro (PT-RN), autor do projeto, afirma que o objetivo é combater excessos cometidos pelas usinas eólicas e solares contra os pequenos proprietários das terras onde os empreendimentos são instalados.

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Segundo ele, são frequentes as denúncias de abuso por parte dos empreendedores, como exigência de confidencialidade contratual, contratos por até 50 anos com prorrogação automática, e baixos alugueis pagos aos pequenos proprietários das terras.

“O caráter de irretratabilidade e irrevogabilidade dos contratos impede ainda que os proprietários desistam do negócio antes do término da vigência contratual sem que para isso sejam onerados de forma desproporcional”, disse Mineiro.

Meio ambiente
Em relação ao meio ambiente, o PL 4386/24 prevê salvaguardas como a proibição de usinas solares e eólicas em áreas de reserva legal e outras áreas protegidas. O texto determina ainda:

  • na definição do local do empreendimento, será considerado o menor impacto com uso da cartografia social, zoneamento ecológico-econômico e outros estudos recomendados pela comunidade impactada;
  • será garantida a consulta pública prévia aos estudos de licenciamento e das ações de mitigação de impactos causados pelo empreendimento;
  • novas consultas poderão ser feitas se houver incremento nos impactos negativos inicialmente identificados;
  • será exigida a apresentação do estudo e do relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) para os empreendimentos com potência conjunta acima de 3 megawatts (MW); e
  • o EIA e o Plano Básico Ambiental (PBA) deverão prever o plano de descomissionamento da usina e a recuperação das áreas degradadas.
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Outorga das usinas
O texto contém ainda salvaguardas para a outorga, como exigência de publicação prévia do despacho de registro de recebimento de outorga (DRO) das usinas solares, termelétricas e eólicas com potência conjunta superior a 3 MW.

O DRO é um documento em que o proprietário da usina solicita informação sobre acesso à rede elétrica e licenças dos órgãos ambientais.

Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Minas e Energia; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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