Safra 23/24 será 1,5 milhão de toneladas menor, aponta Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (11.04) seu relatório sobre a safra 2023/24. Apesar de manter a área plantada estável em 78,53 milhões de hectares, a produção total foi estimada em 294,1 milhões de toneladas, um decréscimo de 1,5 milhão de toneladas em relação à previsão anterior e 7,6% abaixo do recorde alcançado na safra passada.
O principal fator para a queda na produção foi a forte intensidade do fenômeno El Niño, que afetou negativamente as lavouras desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento. Isso resultou em uma queda na produtividade média de soja, que passou de 4.072 kg/ha para 3.744 kg/ha.
Soja: A safra de soja, principal cultura do país, deve registrar um decréscimo de 5,2% em relação à temporada passada, totalizando 146,5 milhões de toneladas. Apesar da queda, a Conab confirma que a colheita de verão está em sua fase final e que o Brasil segue como um dos maiores exportadores da oleaginosa no mundo.
Milho: As três safras de milho devem somar 110,9 milhões de toneladas na safra 2023/24, representando uma redução de 15,9% em comparação à temporada anterior. A safra de inverno, semeada fora da janela ideal devido ao El Niño, foi estimada em 85,6 milhões de toneladas, 1,3 milhão de toneladas a menos que o previsto no mês passado e 16,4% abaixo do ciclo 2022/23. Já o milho verão, mantido em 23,4 milhões de toneladas, apresenta queda de 14,7% em relação à safra passada.
Outras culturas: Apesar da retração geral, alguns produtos importantes para o abastecimento interno devem apresentar crescimento. A produção de feijão, com seus três ciclos de cultivo, está estimada em 3,2 milhões de toneladas, um aumento de 5,8% em relação à safra 2022/23. Já o arroz deve registrar um acréscimo de 5,3% na produção, alcançando 10,57 milhões de toneladas, impulsionado por um aumento de 4,4% na área de plantio. O algodão em pluma também deve ter um crescimento de 13,4%, com uma produção estimada em 3,6 milhões de toneladas, enquanto o trigo apresenta um aumento de 20,2% na produção, totalizando 9,73 milhões de toneladas.
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
Safra 2025 deve crescer 10,6% e alcançar 323,8 milhões de toneladas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas projeções para a safra de 2025, que totaliza 323,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando um aumento de 10,6% em comparação à produção de 2024, que foi de 292,7 milhões de toneladas. A previsão é de um acréscimo de 31,1 milhões de toneladas, embora a estimativa seja 0,5% inferior à de janeiro, com uma queda de 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida em 2025 será de 81,0 milhões de hectares, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de hectares a mais. Em comparação a janeiro, houve um pequeno aumento de 28.921 hectares, ou 0,0%.
Os três principais produtos que compõem a estimativa de safra são arroz, milho e soja, os quais, somados, representam 92,9% da produção prevista e ocupam 87,5% da área a ser colhida. A área destinada à produção de algodão herbáceo (em caroço) cresceu 3,2%, enquanto o arroz em casca teve um aumento de 7,1%. Outros produtos, como feijão, soja e milho, também apresentaram variações significativas em suas áreas cultivadas e estimativas de produção.
Entre os destaques da estimativa estão a soja, com uma previsão de 164,4 milhões de toneladas, e o milho, que deve alcançar 124,8 milhões de toneladas (com 25,3 milhões de toneladas na primeira safra e 99,5 milhões de toneladas na segunda safra). Já a produção de arroz é estimada em 11,5 milhões de toneladas, a de trigo em 7,2 milhões de toneladas, a de algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas, e a de sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Em relação às variações anuais de produção por região, o Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram aumentos na produção, destacando-se o Sul, com 11,7% de crescimento. No entanto, as variações mensais indicaram declínios nas produções do Norte e Sul, enquanto o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste registraram acréscimos.
Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,8%, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%). Esses estados juntos respondem por 79,8% da produção total do país. As regiões Centro-Oeste e Sul dominam a produção, com participações de 49,4% e 27,0%, respectivamente.
Em relação ao mês de janeiro, a produção de diversos produtos apresentou variações. O café canephora teve um aumento de 1,5%, e a produção de arroz cresceu 0,7%. Já a produção de milho da segunda safra aumentou 0,6%, enquanto a batata da segunda safra teve uma pequena elevação de 0,3%. Por outro lado, houve quedas na produção de batata da primeira safra (-4,8%), feijão da primeira safra (-1,9%) e soja (-1,3%).
As estimativas de produção também variaram significativamente entre os estados. Goiás, Minas Gerais e Paraná foram os estados com as maiores variações absolutas positivas, enquanto o Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas registraram quedas em suas previsões.
Perspectivas para Produtos Específicos
- Arroz (em casca): A produção foi estimada em 11,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 9,0% em relação a 2024. O crescimento na área plantada se deve à atratividade dos preços da cultura.
- Batata-inglesa: A produção deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,2% em relação ao mês de janeiro, com São Paulo apresentando uma queda de 16,8% na estimativa de produção.
- Café (em grão): A produção total de café, considerando as espécies arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas. A produção de café arábica teve uma queda de 12,8% em relação a 2024, refletindo uma bienalidade negativa. Já o café canephora apresentou crescimento de 4,9%.
- Cereais de inverno (em grão): Para o trigo, a produção foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com uma queda de 3,8% em relação ao ano passado. A produção de aveia e cevada, por outro lado, mostrou um pequeno aumento.
- Feijão (em grão): A produção de feijão foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,6% em relação a 2024, atendendo completamente ao consumo interno do Brasil.
Essas estimativas do IBGE refletem a dinâmica da agricultura brasileira, com variações importantes tanto em termos de área plantada quanto de produção, com destaque para a soja e o milho, que continuam a dominar o cenário agrícola nacional.
Fonte: Pensar Agro
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