Agricultores mineiros se preparam para seca fazendo silagem

Com a aproximação da estação seca, os agricultores do norte de Minas Gerais intensificam os preparativos para garantir a alimentação do gado durante os meses de escassez. A ausência de chuvas nessa região praticamente elimina as pastagens, exigindo estratégias como a produção de silagem para suprir as necessidades dos animais.
No município de Glaucilândia, situado a cerca de 30 quilômetros de Montes Claros, os produtores já colheram o milho e o sorgo forrageiro para a produção de silagem, conforme relata Antonio Dumont, extensionista agropecuário da Emater-MG. Além disso, o capim capiaçu está ganhando espaço na região como uma alternativa viável para a preparação da silagem.
Para o produtor rural Kenedy Soares, a estiagem representa não apenas um desafio, mas também uma oportunidade de ampliação da renda. Com uma experiência de cerca de 15 anos na produção de silagem, ele não só prepara alimento para seus próprios animais, mas também comercializa uma parcela significativa para outros produtores da região, além de municípios vizinhos, como Grão Mogol, a aproximadamente 170 quilômetros de distância.
Kenedy, que mantém em sua propriedade cerca de 30 vacas de leite e uma granja com aproximadamente 100 porcos, destaca a importância da silagem para a manutenção do gado durante os períodos de seca prolongada. Sua experiência e expertise na produção de silagem tornaram-no uma referência na região, fornecendo não apenas alimento, mas também conhecimento e assistência técnica para outros produtores.
Para incentivar a produção de silagem entre os agricultores familiares, a Emater-MG promove regularmente capacitações sobre a importância e os métodos de produção de silagem. O uso do silo cincho, uma opção de baixo custo em comparação com os tradicionais silos trincheira, tem se destacado, especialmente em pequenas propriedades.
Manoel Milton de Sousa, extensionista da Emater-MG em Brasília de Minas, enfatiza a importância de garantir a reserva alimentar para os rebanhos durante os períodos de seca. Ele destaca que o silo cincho é uma solução acessível e eficiente para os agricultores familiares, permitindo o armazenamento e conservação adequados da silagem.
O processo de montagem do silo cincho é simples e requer materiais acessíveis, como chapas de zinco, lona plástica e corda. Além disso, a técnica de compactação da matéria verde pode ser realizada sem a necessidade de tratores, tornando-a ainda mais acessível para os pequenos produtores.
Com a preparação adequada e o uso de tecnologias como o silo cincho, os produtores do norte de Minas Gerais estão prontos para enfrentar os desafios da estiagem, garantindo a alimentação do gado e a sustentabilidade de suas atividades agrícolas.
Com informações do Canal Rural
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi

A produção de etanol de milho no Brasil deverá crescer significativamente nos próximos anos, quase dobrando até alcançar cerca de 16 bilhões de litros anuais até 2032. A projeção foi divulgada pelo banco de investimentos Citi em uma nota publicada nesta terça-feira, que destaca a rápida expansão desse setor no país.
Segundo o Citi, o Brasil produziu aproximadamente 6,3 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24, com expectativa de aumento para 9,5 bilhões de litros durante a temporada atual. No ano passado, 22 usinas de etanol de milho estavam em operação no país, mas 12 novas unidades estão em construção e outras nove receberam aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para iniciar suas obras.
O Citi ressalta que o etanol de milho oferece vantagens logísticas em relação à cana-de-açúcar. O milho possui um tempo de armazenamento mais longo e custos de transporte mais baixos, o que permite a produção de etanol em áreas mais remotas, ampliando a flexibilidade do setor.
Além disso, o banco observou que o milho pode desempenhar um papel importante no equilíbrio do mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta estável, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol na região Centro-Sul do país deve atingir um recorde histórico na temporada 2024/25, mesmo com a previsão de queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho ajudando a manter o abastecimento para a produção do biocombustível.
Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que a produção de etanol de milho nesta temporada superaria as estimativas em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para aproximadamente 8,2 bilhões de litros.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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