Saúde
Medicamentos de tarja preta terão maior controle no Brasil, especialista explica
Medida anunciada pela Anvisa muda a forma de médicos prescreverem remédio usado para insônia.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente que qualquer medicamento contendo zolpidem deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul). A medida tem como objetivo promover um aumento do controle para o fármaco.
Considerado um “tarja preta”, o produto faz parte da lista de substâncias psicotrópicas da norma de substâncias controladas no Brasil. A receita tipo B, de acordo com o Governo Federal, exige que o profissional prescritor seja previamente cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária.
A decisão surge em um momento de crescimento do consumo irregular e abusivo dessa substância e a constatação do aumento nas ocorrências de eventos adversos. Médica psiquiatra em Anápolis, Mayara Macedo explicou mais detalhes sobre esse remédio.
“É um medicamento que foi desenvolvido como indutor do sono, ele é muito prescrito para insônia. Mas é um remédio que precisa ser prescrito por médicos mesmo, porque ele não serve para aquele paciente que dorme e perde o sono no meio da noite, é mais para aqueles que têm uma dificuldade em iniciar o sono, então ele induz aquele início do sono”, afirmou em entrevista à Rádio Manchester.
Além disso, a especialista destaca que o uso não deve durar por muito tempo, assim como para todos os hipnóticos, não ultrapassando quatro semanas, a depender da avaliação médica. “É para aquele paciente que está com uma insônia mais pontual, uma dificuldade de dormir. Os estudos nos mostram a segurança de usar o zolpidem por um período curto, de no máximo seis semanas, mas o que a gente vê são pessoas que tomam de forma inadequada”, lamentou Mayara.
“Tem pacientes que chegam no consultório que dizem não dormir há anos, então a gente sabe que ele não vai usar a medicação por uma ou duas semanas, ele vai usar por muito tempo. Então, nós temos medicações que são melhores, que são mais indicadas nesse caso. O zolpidem tem uma propriedade de tolerância que, para ele ter o mesmo efeito, o paciente vai precisar tomar doses maiores”, continua.
Mudança na Receita
Segundo o Governo Federal, a partir do dia 1º de agosto de 2024 a Notificação de Receita B (azul) passa a ser obrigatória para a prescrição e a dispensação de todos os medicamentos à base de zolpidem, independentemente da concentração da substância. Este prazo foi definido para evitar que os pacientes possam ter alguma descontinuidade no seu tratamento.
O prazo também é necessário para que os prescritores que porventura ainda não possuam cadastro para a prescrição em Notificação de Receita Azul possam se cadastrar junto às autoridades sanitárias locais para o recebimento de numerações para a confecção dos seus talonários de receituário.
Os medicamentos, incluindo aqueles com embalagem com tarja vermelha, poderão ser dispensados nas farmácias até o final do seu prazo de validade, mediante a apresentação de Notificação de Receita B, em cor azul. “Antigamente a gente usava aquele receituário branco, controlado, de duas vias, mas era algo mais fácil para pessoa comprar sem a indicação necessária”, afirmou Mayara.
“Agora passamos para um controle especial, são aquelas medicações que na embalagem já tem uma tarja preta de que pode causar dependência, o que já é um alerta para o paciente e passamos a precisar daquela receita de controle especial que é azul, que fica retida na farmácia. Como diversos profissionais da minha área, acho que sempre deveria ter sido assim”, concluiu. Agência Brasil
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SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis
O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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