Opinião

Novos projetos, novo jeito de pensar

Uma gestão baseada em OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados) -, pode ser útil para evitar que falhas assim aconteçam, já que uma das premissas é alinhamento constante entre os integrantes da equipe, para que todos estejam na mesma página. Isso ajuda a evitar ruídos na comunicação, além de gerar uma aproximação maior, facilitando para que exista mais sinergia e os colaboradores se empenhem para trabalhar em equipe de maneira coesa.

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Pedro Signorelli é especialista em gestão

Começar um novo projeto dentro da empresa, em diversas situações, é muito desafiador, porque requer um planejamento, recursos e negociações com stakeholders para que tudo aconteça da maneira correta. E mesmo empregando tudo ou quase tudo necessário nesta etapa de planejamento, é comum escutar: “Poxa, mais um projeto para isso?”. Pois é, existem maneiras de evitar que as pessoas da organização pensem dessa forma.

O principal problema quando decidimos implementar um novo projeto está relacionado à priorização. Você precisa ter claro o que o projeto vai trazer de benefícios e quais questões vai ajudar a resolver. Podemos considerar esses pontos como básicos, mas grande parte das empresas não age assim e as que agem, não executam essa tarefa bem.  E isso ocorre porque não conseguem sair do habitual, adotar o famoso ‘Think outside de box’ (pense fora da caixa), pois estão pensando no esforço e não no principal, que são os resultados.

Aliado a isso, você deve ter as respostas para algumas perguntas que eventualmente os colaboradores farão: “Por que estamos começando mais um projeto?” e “Qual resultado esperamos?”. Acredite em mim, pensar por resultados vai conseguir mudar toda a dinâmica dos seus projetos, pois estes serão o guia para você se organizar, priorizar e atingir suas metas.

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Outro ponto importante é conseguir trazer valor no curto prazo. O que isso quer dizer? É comum que os projetos tragam resultados apenas a longo prazo, no entanto, é essencial mudarmos essa mentalidade e comer o boi em bifes. Ou seja, fatiar e desmembrar, para conseguir gerar valor o quanto antes, promovendo um acompanhamento com disciplina e focando na comunicação com o time.

Veja como isso que estou falando não é de hoje. Segundo um estudo realizado em 2015 pelo Project Management Institute Brasil (PMI) com 300 grandes empresas brasileiras, cerca de 76% do fracasso dos projetos teve como causa falhas na comunicação. E quase uma década depois, percebemos que o dado continua atual, visto que uma comunicação com ruídos segue gerando problemas. Você mesmo pode constatar isso na sua realidade.

Uma gestão baseada em OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados) -, pode ser útil para evitar que falhas assim aconteçam, já que uma das premissas é alinhamento constante entre os integrantes da equipe, para que todos estejam na mesma página. Isso ajuda a evitar ruídos na comunicação, além de gerar uma aproximação maior, facilitando para que exista mais sinergia e os colaboradores se empenhem para trabalhar em equipe de maneira coesa.

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Afinal, é de responsabilidade do líder do projeto garantir que todos os colaboradores tenham de fato compreendido o propósito e as mudanças advindas da implementação dele, entendendo assim, a razão de estarem se engajando para transformar a ideia em realidade. Pois, sejamos sinceros, um time que não acredita no projeto acabará frustrado no final do dia, não entregando a melhor performance.

Além disso, os OKRs vão auxiliar a reavaliar a rota, caso necessário, durante a execução do projeto, pois você vai precisar ficar de olho se o resultado esperado está sendo alcançado ou não. E este mesmo racional vai te ajudar a fazer uma melhor priorização do portfólio de projetos. O que isso significa? Se você aprender a pensar por resultado, vai decidir melhor quais projetos devem ser implementados e vai desperdiçar menos tempo e recursos neste “mais um projeto”, que escutamos com tanta frequência dos colaboradores.

Pedro Signorelli é especialista em gestão

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ARTIGO

Independência ou morte

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Carlos Nina é advogado e jornalista

São decorridos, neste setembro de 2024, 202 anos do “brado retumbante” ao qual se referiu Joaquim Osório Duque-Estrada nos versos que se consolidaram como o Hino Nacional e que estão na primeira estrofe: Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante / E o Sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Mas a imagem que nos vem à mente é a tela do pintor paraibano de Areia, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, produziu Independência ou Morte!, tela  que deveria corresponder ao grito do príncipe Pedro, às margens do Ipiranga.

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Pintura à parte, o que representou aquele rompimento de Pedro, que viria a ser o primeiro Imperador do Brasil?

É relevante para essa reflexão que se saiba que o príncipe fora instado a deixar o Brasil e ir para Portugal. Foi convencido a ficar por D. Leopoldina, então esposa de Pedro, que “via a conjuntura política com clarividência maior.” (CALÓGERAS, 1966, p. 89). Afinal, assinala o historiador, como pensamento íntimo de Pedro: “Com ele ou sem ele, o país se tornaria independente por qualquer forma”.

Daí a história do Fico, ocorrido dia 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe-regente, contrariando as ordens de Portugal, teria declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico.”

Essa história de bem de todos e felicidade geral da Nação, portanto, é antiga. E as constituições brasileiras a repetiriam em seus preâmbulos. A primeira, de 1824, não se refere explicitamente à motivação expressa na célebre declaração de Pedro, mas, ao dissolver a Assembleia Constituinte, o já Imperador, em Manifesto de 16 de novembro de 1823, anuncia o quanto está “empenhado em promover a felicidade e a tranquilidade nacional” e almeja “paz, tranquilidade e prosperidade que a Constituição afiança e assegura.”

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Sete Constituições depois (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967/1969), a de 1988 proclama a intenção dos Constituintes: “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus.”

É o que temos?

Carlos Nina é advogado e jornalista

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