Clima prejudica, mas plantio do trigo avança no Sul

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Os altos volumes e a continuidade das chuvas têm aumentado a complexidade da safra de inverno para os agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e partes do Paraná.

No Paraná, o plantio já superou 90% , de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do estado. Na semana anterior, os trabalhos alcançavam 82% da área total estimada. As condições são boas para 79% das lavouras de trigo plantadas, enquanto 17% têm média condição e 4%, condição ruim.

Santa Catarina está um pouco mais atrasado: 65% da área plantada, mas de acordo com as estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), é prevista uma área plantada de 125,3 mil hectares, o que significa uma redução de 9% em relação à safra 2023/2024. No entanto, a produção total deve ter incremento já que a estimativa de produtividade é de 3,45 mil quilos por hectare, 54% maior do que a produtividade registrada na safra anterior. Caso as estimativas se confirmem, o total de trigo produzido em Santa Catarina na safra 2024/2025 deve chegar a 432,6 mil toneladas, um crescimento de 41% na comparação com a safra anterior

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Enquanto isso no Rio Grande do Sul, as chuvas continuam prejudicando. A semeadura do trigo avançou nos municípios de menor altitude da Serra, no Planalto e na área Central do Estado. Nas regiões monitoradas pelas regionais de Caxias do Sul, Frederico Westphalen e Soledade, as operações de plantio já alcançaram 50% de conclusão. Na região de Erechim, o plantio chegou a 20%, enquanto nos Campos de Cima da Serra ainda não começou.

A Emater/RS-Ascar divulgará na próxima sexta-feira, dia 28, a projeção para a safra gaúcha de inverno. Até maio, a expectativa era de uma redução de área entre 15% e 20% em comparação com a safra anterior, que teve 1,5 mil hectares de trigo plantados. Embora o clima seco da segunda semana de junho tenha favorecido o plantio, as chuvas da semana passada interromperam as operações e ampliaram a erosão em áreas já semeadas.

Relatos da região Noroeste – a primeira a plantar e colher, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) do Ministério da Agricultura e Pecuária – indicam que a maior preocupação está nas lavouras de trigo. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional do grão, e a baixa oferta de sementes, juntamente com o aumento dos custos dos insumos após a safra frustrada do ano passado, complica ainda mais o cenário para os agricultores.

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Na Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, cerca de 75% da área destinada ao trigo já foi semeada, mas há relatos de baixa disponibilidade de sementes no comércio local. Além disso, muitas sementes armazenadas pelos produtores da safra anterior apresentam baixa taxa de germinação e vigor.

Na Regional de Ijuí, aproximadamente 70% da área foi semeada. Contudo, as chuvas dos dias 15 e 16 de junho causaram erosão hídrica, arrastando solo e sementes, dificultando ainda mais as operações de plantio.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativa Vinícola Garibaldi Conclui Safra 2025 com Mais de 28 Milhões de Quilos de Uva

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A Cooperativa Vinícola Garibaldi concluiu o recebimento da safra de uvas de 2025, totalizando 28,2 milhões de quilos entregues por seus 470 cooperados. Este resultado marca a normalização da produção, especialmente após a quebra de 35% observada na safra de 2024. Além do volume expressivo, a qualidade das uvas também se destacou, consolidando ainda mais a posição da cooperativa como uma das principais no setor vitivinícola nacional.

A safra deste ano foi beneficiada por condições climáticas favoráveis, o que resultou em uvas com um excelente padrão de maturidade e sanidade. O enólogo Ricardo Morari afirma: “Foi uma safra de excelente qualidade, desde as variedades precoces até as últimas”. As condições climáticas, caracterizadas por pouca chuva e noites de temperatura baixa, proporcionaram uma boa amplitude térmica, o que favoreceu a maturação lenta das uvas, especialmente das variedades brancas, utilizadas na produção de espumantes. Este processo preservou a acidez e o frescor da fruta. Já as variedades tintas se beneficiaram do tempo seco e das temperaturas mais altas, que promoveram a maturação tanto dos açúcares quanto a maturação fenólica, fundamentais para a elaboração de vinhos e espumantes de alta qualidade.

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Outro ponto relevante da safra de 2025 foi a antecipação da colheita, que ocorreu cerca de 10 a 15 dias antes do período habitual. As condições climáticas favoreceram a concentração da maturação das uvas em um intervalo mais curto, o que exigiu uma colheita acelerada. “Foi uma vindima bastante desafiadora, exigindo que se colhessem grandes volumes de uva em pouco tempo”, comenta Morari.

Safra em Números

Na safra de 2025, 38% das uvas entregues pelos cooperados foram destinadas à produção de espumantes, 5% para vinhos e 57% para sucos e vinhos de mesa. Do total recebido, 48% foram uvas brancas e 52% tintas. Nos 1,2 mil hectares cultivados pelos cooperados da cooperativa, predominam as variedades Isabel, Moscato e Prosecco, que, somadas, representaram 46% do total de uvas recebidas. Outras variedades, como Trebbiano e Chardonnay, também tiveram uma presença significativa. Ao todo, a cooperativa recebeu uvas de 64 castas diferentes.

Além das variedades tradicionais, a Cooperativa Vinícola Garibaldi vem se destacando por seu pioneirismo no trabalho com uvas menos convencionais e até exóticas, com foco em microvinificações. Na safra de 2025, as variedades Irsai Oliver e Ribuele, que foram testadas nos vinhedos experimentais da cooperativa, estrearam em escala industrial, ampliando ainda mais o portfólio da cooperativa.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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