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Ministério da Saúde realizará, em abril, o 1º Encontro Nacional de Saúde dos Resgatados e das Resgatadas da Escravização

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O Ministério da Saúde realizará, nos dias 28 e 29 de abril, o 1° Encontro Nacional de Saúde dos Resgatados e das Resgatadas da Escravização. O evento será realizado em Brasília e fará parte da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), que tem como tema “A Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”.

“Os impactos do trabalho escravo na saúde são graves e este encontro escutará trabalhadores e trabalhadoras vítimas da escravização, para que possam ser protagonistas e participar diretamente da construção e aprimoramento das políticas de saúde na 5ª CNSTT”, explica o coordenador-geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador (CGSAT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Luís Henrique da Costa Leão.

O encontro atuará como preparatória da 5ª CNSTT, que terá etapas municipal, regional e macrorregional até 15 de abril, e conferências livres até 30 de abril.

Confira as orientações para realização das conferências livres nacionais

Papel do SUS no combate ao trabalho análogo à escravidão

Nesta terça-feira (28), o Brasil celebra o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo. Mais de 63 mil trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão no Brasil entre 1995 e 2023, segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, tendo seus direitos mais básicos, como os de ir e vir e à saúde, violados.

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O combate ao trabalho análogo à escravidão é um esforço de entidades de diferentes poderes e esferas, da sociedade civil e do próprio SUS. O maior sistema de saúde pública do mundo prevê a garantia à saúde de todo trabalhador e trabalhadora, em especial aos mais vulnerabilizados.

Além de prestarem o atendimento à saúde das vítimas, profissionais do SUS podem identificar e denunciar casos de escravização, notificando os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e denunciando-os às autoridades competentes pelo Sistema Ipê. O cidadão que identificar trabalhadores nessa situação pode fazer uma denúncia anônima.

“Temos casos em que a sensibilidade do profissional de saúde nos ajudou a entender que um trabalhador buscando atendimento vinha de situação de exploração laboral”, afirma a coordenador do projeto Ação Integrada de enfrentamento ao Trabalho Escravo no Mato Grosso, Kelly Pelizzari.

Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), também desempenham um papel estratégico nos territórios. Em novembro de 2024, o Cerest Serra, sediado em Caxias do Sul, foi premiado na 3ª Mostra de Vigilância em Saúde do Trabalhador do SUS pela iniciativa exitosa “Vigilância do Trabalho Análogo à Escravidão na Serra Gaúcha”, e centros de outros estados atuam na pauta.

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O que você pode fazer?

O primeiro passo é saber reconhecer o trabalho análogo à escravidão, que pode ser identificado por uma ou mais das seguintes situações:

  • Trabalho forçado
  • Jornada exaustiva
  • Servidão por dívidas
  • Condições degradantes

Segundo a lei brasileira, é crime “reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.

Também se enquadram no crime:

  • Cercear o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador
  • Manter vigilância ostensiva no local de trabalho
  • Reter documentos ou objetos pessoais do trabalhador

Daniel Zimmermann
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Novo PAC Saúde: Mais cuidado e estrutura para as mulheres brasileiras

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O Governo Federal reforça o compromisso com todas as brasileiras ao investir na ampliação e qualificação da infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) voltados à saúde feminina. Por meio do Novo PAC Saúde, serão construídas 36 novas maternidades e 31 Centros de Parto Normal em diversas regiões do país. As novas unidades vão proporcionar um ambiente mais seguro e humanizado para gestantes, puérperas e os recém-nascidos, com estrutura adequada para realizar os atendimentos. A estratégia do governo também terá um impacto significativo na redução da mortalidade materna e infantil e na qualificação dos serviços obstétricos ofertados no SUS.

A iniciativa busca fortalecer a rede de atendimento, especialmente a materna e infantil, nas áreas que mais necessitam de suporte. O investimento reflete a preocupação do governo em proporcionar um pré-natal mais completo, partos humanizados e um acompanhamento pós-parto eficiente. “A chegada de um bebê é um momento único para cada mulher e sua família. A construção dessas maternidades é um passo fundamental para redução das desigualdades no acesso à saúde, melhoria da qualidade do cuidado ofertado às gestantes, puérperas e seus bebês, bem como para o fortalecimento da Rede Alyne” destacou a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), Aline Costa.

Para muitas mulheres, especialmente as que vivem em regiões mais afastadas ou em situação de vulnerabilidade, a falta de estrutura adequada pode transformar o momento do nascimento em um desafio. Com as novas maternidades e centros de parto normal, a proposta é ampliar a oferta de espaços equipados e com profissionais qualificados para garantir um atendimento mais humanizado e seguro.

Além das maternidades e dos Centros de Parto Normal, o Novo PAC Saúde também prevê investimentos na modernização de hospitais e Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade do SUS em atender as mulheres ao longo de toda a sua vida. O objetivo é fortalecer não apenas o atendimento ao parto, mas toda a rede de saúde da mulher, desde a adolescência até a terceira idade.

Adicionalmente, nos próximos anos, as mulheres terão acesso a 90 novas Policlínicas Regionais espalhadas por todo o país. Com a implantação das unidades, o SUS se fortalece, assegurando o acesso a consultas especializadas e exames de média e alta complexidade, necessários para diagnósticos de diversas doenças como o câncer de mama. Além disso, a iniciativa vai expandir o acesso das mulheres aos Núcleos de Atendimento às Vítimas de Violência, fortalecendo a rede de suporte e proporcionando serviços especializados para mulheres, crianças e outros grupos em situação de vulnerabilidade. Estes núcleos são compostos por equipes multidisciplinares treinadas para lidar com situações de violência física, psicológica e sexual, assegurando um apoio completo às vítimas.

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Bem-estar de toda a sociedade

Entre as inovações previstas no Novo PAC Saúde, está o fortalecimento da atenção básica, com a construção de 1.809 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para muitas mulheres, essas unidades representam o primeiro contato com a assistência médica, seja para consultas de rotina, exames preventivos, pré-natal ou acompanhamento de doenças crônicas. Em um país onde a maioria dos atendimentos na rede pública de saúde é voltada para as mulheres, investir na modernização das UBSs significa investir na saúde e no bem-estar de toda a sociedade.

Com as novas UBSs, está previsto um crescimento no número de salas lilás, espaços dentro das unidades destinados ao acolhimento humanizado de mulheres que sofreram violência conforme a Lei 14.847 de 2024 aprovada no governo do presidente Lula. Estas salas proporcionam um espaço seguro e especializado para um cuidado integral assistência psicológica, social e jurídica, essenciais para romper o ciclo de violência doméstica. 

Neste mês das mulheres, o Novo PAC Saúde se apresenta como um símbolo de avanço na luta por direitos e equidade. Investir na saúde das mulheres é investir no futuro do país, garantindo que cada brasileira tenha acesso a um atendimento digno e de qualidade. Com essas novas estruturas, o SUS se fortalece e se torna ainda mais acessível para quem mais precisa. 

Maternidades 

O Novo PAC Saúde vai investir R$4,4 bilhões na construção de 36 novas maternidades distribuídas em todo o Brasil. A medida vai beneficiar 26,7 milhões de mulheres em idade fértil por ano, totalizando mais de 583 mil novos atendimentos realizados no SUS. 

As maternidades são estabelecimentos de saúde de média e alta complexidade que prestam assistência à mulher, gestante, puérpera e ao recém-nascido, realizando internação hospitalar, atendimento ambulatorial e de urgência e emergência ginecológica e obstétrica durante 24 horas. 

Os leitos de UTI nas maternidades desempenham um papel fundamental na assistência intensiva a mulheres e bebês que enfrentam complicações durante a gestação, o parto ou o pós-parto. Esses leitos garantem um suporte vital imediato para recém-nascidos prematuros ou com condições graves, além de oferecer cuidados especializados para mães que possam apresentar complicações, como hemorragias, hipertensão grave ou infecções. A presença de UTIs materna e infantil nas maternidades reduz riscos, aumenta as chances de recuperação e melhora significativamente os desfechos clínicos, assegurando um atendimento seguro e humanizado em momentos críticos.  

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Centro de Parto Normal – CPN 

O Governo Federal vai beneficiar, também, dois milhões de mulheres em idade fértil, com a construção de 31 novos Centros de Parto Normal (CPNs). As unidades de saúde são destinadas à assistência ao parto de risco habitual, fora de estabelecimento hospitalar, e preveem atendimento no pré-parto, assistência ao trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Ao todo, serão investidos na infraestrutura dos centros R$97 milhões, com previsão de atender 2 milhões mulheres em idade fértil por ano nas unidades.  O CPN é um serviço projetado para oferecer um ambiente acolhedor e assistência humanizada às gestantes que desejam o parto normal. 

Policlínicas

O Novo PAC Saúde vai investir na construção de 90 Policlínicas Regionais. Essas unidades desempenham um papel fundamental na ampliação do acesso a serviços especializados. A medida vai beneficiar mais de 19 milhões de pessoas em todo o país, com a oferta de serviços de diagnóstico, exames de imagem e gráficos e consultas clínicas com cardiologistas, endócrinos e outras especialidades, definidas com base no perfil epidemiológico da população da região. As policlínicas funcionam como um complemento às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), recebendo pacientes encaminhados pelos médicos da atenção primária quando há necessidade de avaliação especializada. A construção dessas unidades fortalece a prevenção e o acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de facilitar a detecção precoce de problemas de saúde.

UBS

As iniciativas do PAC Saúde têm como objetivo estruturar a rede de assistência ao cidadão do SUS, sendo as mulheres as maiores usuárias do sistema público de saúde. Sobretudo, quando abordamos o acesso às UBSs. Portanto, o Governo Federal vai destinar R$ 4,2 bilhões para a construção de 1.809 novas unidades em todo o país. As UBSs representam a principal porta de entrada para o SUS, atendendo a necessidade individual e coletiva. O Novo PAC Saúde busca modernizar essas unidades, promovendo sustentabilidade e integrando tecnologias como teleconsulta.

O Novo PAC Saúde integra um conjunto de ações estratégicas para modernizar e expandir os serviços do SUS, reafirmando o compromisso do governo com a melhoria do atendimento e a promoção da equidade no acesso à saúde no Brasil. 

Canais de apoio aos gestores

Para facilitar a comunicação, o Ministério da Saúde disponibiliza canais exclusivos:

Alexandre Penido
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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