Em visita a Campinas, secretário adjunto do Ministério da Saúde reforça importância das EDLs no controle da dengue

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Nesta quarta-feira (5), o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha, reuniu-se com gestores da saúde de municípios paulistas no Departamento Regional de Saúde – DRS VII, em Campinas (SP). O encontro teve como objetivo discutir as novas tecnologias utilizadas pelo Ministério da Saúde para a redução das arboviroses no Brasil. Convocada pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), a reunião contou com a participação de gestores de saúde de sete municípios paulistas, além de Campinas: Bragança, Hortolândia, Indaiatuba, Jundiaí, Paulínia, Ribeirão Preto e Santa Bárbara d’Oeste.

Em setembro do ano passado, a pasta lançou um plano de ação para reduzir os impactos da dengue, Zika, chikungunya e oropouche no Brasil. O terceiro eixo do plano prevê o controle vetorial, ou seja, a redução da transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti, por meio de novas tecnologias, como: Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), método Wolbachia, insetos estéreis e Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI).

A primeira dessas tecnologias foi apresentada aos municípios pelo pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz. Trata-se da utilização de um balde contendo água, tela e agente saneante. O Aedes aegypti entra na armadilha e, ao entrar em contato com a tela, impregna-se com o agente saneante. Em seguida, ele transporta a substância para outros criadouros em um raio de até 400 metros, eliminando larvas onde pousa. Essa técnica é especialmente eficaz em áreas onde a eliminação manual dos criadouros é mais complexa, como favelas, imóveis fechados, borracharias e depósitos de sucata.

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Para o secretário Rivaldo Cunha, o Brasil não pode continuar utilizando as mesmas estratégias de prevenção da dengue de 40 anos atrás. “Por isso, o ministério vem adotando novas tecnologias. As EDLs já são uma política pública da pasta para o controle da dengue. Elas já apresentam resultados significativos, e a ideia é expandi-las para todo o Brasil”, afirmou.

Os municípios participantes da reunião puderam mapear seus territórios, com apoio dos pesquisadores da Fiocruz, para determinar a quantidade ideal de EDLs necessária para um impacto positivo na prevenção da dengue. A distribuição da tecnologia pode ser feita de quatro maneiras: homogênea, em pontos estratégicos, concentrada ou perimetral.

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Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) (Foto: divulgação/MS)

Para a distribuição homogênea, a recomendação é:

  • Áreas urbanizadas densas: 1 EDL a cada 7 residências;
  • Áreas urbanizadas pouco densas: 1 EDL a cada 10 residências;
  • Comunidades urbanas ou favelas: 1 EDL a cada 5 residências.

Se a estratégia for a instalação em pontos estratégicos:

  • Pequeno porte: 1 EDL a cada 100m²;
  • Médio porte: 1 EDL a cada 100m² ou 1 EDL a cada 10 metros;
  • Grande porte: 2 EDLs a cada 100m² ou 1 EDL a cada 10 metros.
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Para a distribuição concentrada, que abrange áreas urbanizadas densas, pouco densas e comunidades, o mínimo necessário é de 150 EDLs, dependendo da priorização das áreas de intervenção. Já na distribuição perimetral, recomenda-se:

  • Áreas urbanizadas densas e pouco densas: 1 EDL a cada 2 residências;
  • Comunidades urbanas ou favelas: 1 EDL por residência.

Além da instalação, é fundamental que os municípios tenham capacidade operacional para manter as Estações Disseminadoras de Larvicidas em funcionamento adequado, garantindo assim a proteção da população contra o mosquito transmissor das arboviroses.

João Vitor Moura
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Plano de Reestruturação: Hospital de Bonsucesso reativa serviços e amplia atendimentos à população

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A ministra Nísia Trindade apresentou um balanço das melhorias executadas no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) após o início do Plano de Reestruturação. Entre as principais medidas estão a reativação da emergência e a ampliação de leitos, que agora somam 423 no total. “A saúde é um dos bens mais preciosos para a nossa população. Não é só a abertura da emergência, mas a entrega de um hospital de atendimento especializado e de qualidade. Estamos entregando leitos operantes, o setor de transplante, de cardiologia e de imagem. Essa entrega é para a nossa população. O Plano de Reestruturação já deu certo”, ponderou a ministra da Saúde.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (6), durante a solenidade de reabertura da emergência da unidade de Bonsucesso, após cinco anos fechada. A ministra estava acompanhada do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu o plano. Juntos, eles realizaram uma visita técnica em setores do hospital, onde conversaram com pacientes e profissionais da saúde.

Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 263,7 milhões no Hospital de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e mais R$ 218,29 milhões em 2025. Os recursos garantem avanços na gestão e melhoria da infraestrutura da unidade. “Garantimos a compra de equipamentos, abastecemos o hospital, abrimos leitos e reabrimos a emergência. Estamos cuidando de gente, estamos cuidando do povo”, reforçou o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barichello.

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Conheça algumas das melhorias executadas no Hospital de Bonsucesso:

  • Reativação da emergência
  • Reabertura de 218 leitos com ampliação de vagas para 423
  • Reabertura do centro de imagem com instalação de um novo raio-X
  • Reabertura de sala do centro cirúrgico
  • Compra de cinco mesas cirúrgicas
  • Compra de 11 novos aparelhos de anestesia
  • Reforma dos telhados dos prédios
  • Compra de uniformes e enxovais
  • Contratação de 2,5 mil funcionários
  • Revitalização do tanque de oxigênio

“As entregas coroam um trabalho que foi feito a muitas mãos e corações. Coragem de propor algo diferente, de fazer mais e melhor”, ponderou a superintendente do hospital, Elaine López.

Plano de Reestruturação dos Hospitais de Federais do Rio de Janeiro

Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação. Além da unidade de Bonsucesso, os hospitais federais do Andaraí (HFA)Cardoso Fontes (HFCF) e dos Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo.

O HFA e o HFCF tiveram a gestão descentralizada em dezembro de 2024 em ato assinado pelo presidente Lula e pela ministra Nísia Trindade, no Palácio do Planalto, em Brasília. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.

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O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

No caso da unidade da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) com o hospital. A unidade de Ipanema passa por ações de construção para modernização e melhorias nos próximos meses.

Garantia dos direitos dos servidores

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção deles por outros locais de trabalho.

O Ministério da Saúde criou um canal de atendimento para tirar dúvidas dos servidores sobre o plano de movimentação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.

Otávio Augusto
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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