Ministro Fávaro dialoga com entidades do Instituto Pensar Agropecuária sobre planejamento do setor para a COP 30

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Nesta terça-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu na sede do Ministério a presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, representantes de 41 entidades do setor produtivo agropecuário e a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá. O encontro teve como foco a participação do setor agropecuário na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém (PA), em novembro deste ano.

Para Fávaro, é essencial que cada entidade representada pelo IPA, a maior coalizão de entidades do setor, participe da conferência levando os posicionamentos e as boas práticas adotadas pelos produtores brasileiros. “Nós temos muito a apresentar nesta COP, como nosso Código Florestal, os compromissos ambientais assumidos pelo governo brasileiro e nossa liderança na transição energética. Além disso, podemos destacar a sanidade dos nossos rebanhos e da produção agrícola, que é uma referência mundial. Tenho certeza de que este evento trará grandes oportunidades para os produtores brasileiros”, afirmou o ministro.

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Durante o encontro, Pedro Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, apresentou às entidades do IPA as iniciativas que já estão sendo implementadas pelo governo e que serão levadas à COP30. Entre elas, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), o Plano ABC+ e políticas estratégicas como rastreabilidade de rebanhos bovinos e bubalinos, bioeconomia e sanidade agropecuária.

“O nosso papel na agenda de negociações é oferecer suporte técnico ao posicionamento do governo brasileiro nos temas agropecuários. Trabalhamos junto ao setor privado para garantir que as decisões tomadas protejam a agricultura e a pecuária brasileira”, ressaltou Pedro Neto.

Silvia Massruhá destacou ainda a criação do espaço AgriBr, localizado na Embrapa Amazônia Oriental, ao lado do Hangar, onde será realizada a COP30. O local estará disponível para entidades agropecuárias interessadas e contará com áreas para experiências imersivas, vitrines tecnológicas, diálogos, networking, além de espaço para parceiros e patrocinadores.

Também participaram do evento o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, e o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira.

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Informações à imprensa
imprensa@agro.gov.br

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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Agronegócio

Consumo de Café Cresce no Brasil e Alcança 40,4% da Safra Nacional

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O consumo doméstico de café no Brasil manteve sua trajetória de crescimento em 2024, conforme revela a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Entre novembro de 2023 e outubro de 2024, houve um aumento de 1,11% em relação ao período anterior, totalizando 40,4% da safra nacional de café, que atingiu 54,21 milhões de sacas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No ciclo anterior, o volume consumido representava 39,4% da safra, que foi de 55,07 milhões de sacas.

A análise dos indicadores da ABIC demonstra uma tendência de crescimento sustentado no consumo da bebida. As indústrias associadas à entidade registraram uma expansão de 1,77%, enquanto as não-associadas apresentaram uma retração de 0,66%, sugerindo uma preferência crescente dos consumidores por cafés certificados.

Brasil Mantém Posição de Segundo Maior Consumidor Global

O Brasil segue como o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, cuja diferença de consumo é de 4,1 milhões de sacas. Em termos per capita, o consumo brasileiro é superior ao dos EUA, alcançando 6,26 kg/habitante/ano para café cru e 5,01 kg/habitante/ano para café torrado e moído. Apesar disso, houve uma leve redução de 2,22% no consumo per capita em comparação ao ano anterior, influenciada pelo crescimento da população, conforme dados do IBGE. Ainda assim, a média de consumo do brasileiro se manteve elevada, com aproximadamente 1.430 xícaras de café por ano.

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Distribuição Regional do Consumo

A região Sudeste lidera o consumo de café no país, respondendo por 41,7% do total nacional, seguida pelo Nordeste (26,9%), Sul (14,6%), Norte (8,8%) e Centro-Oeste (8,0%). As indústrias associadas à ABIC representam 71,7% da produção de café torrado em grão e moído, além de deterem 86,5% de participação no varejo supermercadista. Atualmente, a entidade certifica 2.132 produtos.

Crescimento no Faturamento da Indústria

Em 2024, o faturamento da indústria de café torrado alcançou R$ 36,82 bilhões, um crescimento expressivo de 60,85% em relação a 2023, impulsionado pelo aumento dos preços no varejo.

Variação dos Preços no Varejo

A ABIC monitora o comportamento dos preços por meio da análise de três milhões de notas fiscais mensais. Entre janeiro e dezembro de 2024, os preços dos diferentes segmentos de café tiveram aumento significativo:

  • Cafés Especiais: +9,80%
  • Cafés Gourmets: +16,17%
  • Cafés Superiores: +34,38%
  • Cafés Tradicionais e Extrafortes: +39,36%
  • Cafés em cápsula: +2,07%

Nos últimos quatro anos, a matéria-prima registrou um aumento acumulado de 224%, enquanto o café no varejo subiu 110%. Em 2024, a variação anual de preços foi de 37,4%, superando a média da cesta básica, que ficou em 2,7%.

Ticket Médio de Consumo

O atacarejo seguiu como o segmento com maior ticket médio de compras de café. Em dezembro de 2024, houve um crescimento de 5,99 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Pequenos mercados também registraram aumento nos gastos com café, passando de R$ 18,80 para R$ 22,69, enquanto estabelecimentos maiores elevaram o ticket médio de R$ 17,63 para R$ 24,79.

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Entre os diferentes tipos de café, os grãos registraram o maior crescimento no ticket médio, saltando de R$ 20,94 para R$ 48,48. Em termos regionais, o Sudeste permanece como a região com maior gasto médio em café. No recorte socioeconômico, as classes AB lideram o consumo, com um ticket médio de R$ 26,23, seguidas pela classe C (R$ 25,99) e classe DE (R$ 24,73).

Certificação e Perfil das Indústrias

A ABIC certifica atualmente 2.132 produtos, divididos em diferentes categorias: Tradicional (39%), Extraforte (20%), Superior (16%), Gourmet (24%), Especial (1%), Cápsula (3%) e Sustentável (4%). Quanto ao porte das empresas associadas, a maioria (51%) é de pequeno porte, seguida por microempresas (21%), médias (12%), nanoempresas (10%) e grandes indústrias (6%).

A busca por certificação tem crescido significativamente, impulsionada pela portaria SDA 570 e pelos esforços da ABIC em conscientizar a indústria cafeeira. Em 2024, foram certificadas 278 novas marcas, e outras 44 estão em processo de certificação. O crescimento por categoria em relação a 2023 foi de:

  • Tradicional: +15%
  • Extraforte: +16%
  • Superior: +12%
  • Gourmet: +17%
  • Especial: +85%

Os dados reforçam a importância do café para o mercado brasileiro e apontam para um futuro promissor, com maior valorização da qualidade e aumento na demanda interna.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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