Crescimento do cooperativismo impulsiona mercado cafeeiro, mas estoques baixos preocupam setor

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Nos últimos anos, o mercado de café tem enfrentado desafios significativos, especialmente devido às adversidades climáticas que impactam a produção nacional. Apesar dessas dificuldades, as cooperativas afiliadas à COCCAMIG registraram um crescimento expressivo tanto no faturamento quanto no volume de café recebido. Representando mais de 50 mil famílias e atuando no Sul de Minas, Cerrado e Matas de Minas, essas cooperativas têm se destacado pelo modelo de gestão profissional, fortalecido por cursos e capacitações promovidos pela COCCAMIG em parceria com a OCEMG e o SESCOOP-MG.

Nos últimos seis anos, as cooperativas vinculadas à COCCAMIG expandiram sua participação de mercado e consolidaram-se como referências em segurança e transparência na gestão. Além disso, ampliaram suas operações para novas cidades e regiões. Como reflexo desse fortalecimento, em 2024, a COCCAMIG registrou um aumento superior a 40% nas compras conjuntas.

O presidente do Conselho Administrativo da COCCAMIG, Marco Valério de Araújo Brito, ressalta a importância do cooperativismo para garantir a sustentabilidade e competitividade do agronegócio brasileiro. “Em um ano desafiador como 2025, que também marca o reconhecimento global da Unesco ao cooperativismo, precisamos reafirmar nosso compromisso com a união entre as cooperativas. O setor agropecuário é estratégico para a economia e a segurança alimentar, e as cooperativas demonstram, ano após ano, sua relevância nesse contexto. Nosso desafio é continuar avançando, investindo em capacitação, tecnologia e boas práticas para fortalecer ainda mais o cooperativismo”, afirmou.

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No que diz respeito ao recebimento de café, a COCCAMIG registrou um crescimento de 10% em relação a 2023, ficando atrás apenas do recorde de 2020. Entretanto, apesar desse aumento, os estoques das cooperativas afiliadas atingiram níveis historicamente baixos. Ao final de janeiro de 2025, os estoques de passagem estavam cerca de 40% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, sendo superados apenas pelos números de 2019, que antecederam a grande safra de 2020.

O diretor Institucional da COCCAMIG, Lucas Alkimin Capristano, reforça a necessidade de união no cenário atual. “Diante das oscilações do mercado, a colaboração entre as cooperativas torna-se ainda mais essencial. O cooperativismo nasce da força coletiva, e essa união nos permite superar desafios e continuar crescendo. Em 2025, reafirmamos nosso compromisso com os valores e princípios cooperativistas, trabalhando incansavelmente para fortalecer nossas cooperativas. Juntos, seguimos firmes na missão de construir um cooperativismo cada vez mais forte e sustentável no agronegócio brasileiro.”

A previsão para a safra de 2025 aponta para uma produção menor, reflexo do estresse climático dos últimos anos. Somado aos baixos estoques, esse cenário impõe desafios adicionais para a gestão de riscos das cooperativas e seus cooperados. No entanto, a COCCAMIG segue comprometida com o fortalecimento do cooperativismo, reafirmando seu papel central no setor e sua missão de apoiar as cooperativas afiliadas em meio às incertezas do mercado.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

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A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.

Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”

Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.

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O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.

Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.

Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.

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Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor

Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.

A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.

O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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