Dólar atinge R$ 5,81 com impacto de tarifas dos EUA; Ibovespa avança

O dólar iniciou a semana em alta nesta segunda-feira (10), impulsionado pelas incertezas geradas pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelos novos indicadores econômicos brasileiros. A moeda norte-americana operava com valorização de 0,25% às 10h, cotada a R$ 5,8047, e atingiu a máxima de R$ 5,8137 ao longo do dia. Na sexta-feira (7), havia fechado em R$ 5,7901, com alta de 0,57%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também registrava avanço de 1,36%, aos 125.035 pontos, mantendo o mesmo percentual de alta observado no último pregão.
Impacto dos indicadores econômicos
No Brasil, a atenção dos investidores está voltada para a divulgação do relatório Focus do Banco Central, que elevou a projeção da inflação de 5,65% para 5,68% em 2024. A estimativa para 2025 também segue acima do teto da meta, que é de 4,5%. Além disso, a semana trará novos dados sobre a produção industrial, o setor de serviços e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fundamentais para a definição da política monetária do país.
Outro dado relevante foi a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na sexta-feira (7), que apontou crescimento de 3,4% em 2024 — o maior avanço anual desde 2021. Apesar disso, o resultado ficou aquém das expectativas do mercado, que projetava 4,1%. O desempenho positivo foi impulsionado pelos setores de serviços (+3,7%) e indústria (+3,3%), enquanto a agropecuária recuou 3,2%. O consumo das famílias teve um papel fundamental na expansão, registrando alta de 4,8%.
Esse cenário reforça a expectativa de que a economia brasileira manterá um bom ritmo no primeiro trimestre de 2025, mas com desaceleração ao longo do ano. Diante disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve continuar com sua estratégia de elevação da taxa básica de juros, a Selic.
Cenário internacional e a política tarifária dos EUA
No exterior, os mercados monitoram os desdobramentos das tarifas impostas por Donald Trump. Na semana passada, o presidente dos EUA adiou temporariamente a aplicação de taxas sobre produtos importados do México e do Canadá, mas endureceu sua política comercial em relação à China, que reagiu com novas tarifas sobre mercadorias norte-americanas.
Na China, dados divulgados no fim de semana mostraram que a inflação ao consumidor em fevereiro ficou abaixo das expectativas, reforçando preocupações com um cenário de deflação persistente. Nos EUA, os investidores aguardam o índice de expectativas de inflação do Federal Reserve de Nova York, que poderá indicar o impacto das tarifas de Trump nos preços internos.
Reflexos no mercado e perspectivas
A incerteza em relação à política tarifária dos EUA gera preocupação com possíveis aumentos de inflação no país, o que poderia levar o Federal Reserve a elevar as taxas de juros. Isso, por sua vez, tornaria os títulos do Tesouro norte-americano mais atraentes para os investidores, impulsionando o dólar e reduzindo o apetite por ativos de risco, como os de países emergentes.
A turbulência no cenário global, somada à incerteza política interna, faz com que os investidores acompanhem de perto os próximos passos do governo brasileiro. Entre as recentes medidas anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin está a isenção da tarifa de importação para alimentos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva, uma tentativa de conter a alta dos preços. No entanto, analistas alertam que a medida pode impactar a arrecadação federal, com uma estimativa de perda de R$ 1 bilhão por ano, segundo o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto.
Com a economia global ainda enfrentando incertezas e o Brasil passando por ajustes econômicos, o comportamento do dólar e do Ibovespa continuará sendo influenciado pelos desdobramentos da política monetária dos bancos centrais e das relações comerciais entre as grandes potências.
Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Conab Receberá R$ 350 Milhões a Mais para Formação de Estoques de Alimentos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) receberá um reforço de R$ 350 milhões no orçamento deste ano para a formação de estoques reguladores de arroz, feijão e milho. A informação foi confirmada pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, em entrevista ao jornal Valor. Com esse acréscimo, a verba total destinada à compra e armazenamento de produtos poderá chegar a R$ 539,9 milhões, caso se confirme a queda nos preços desses alimentos. Em 2024, a Conab aplicou cerca de R$ 124 milhões nesse tipo de operação.
Inicialmente, o orçamento para a formação de estoques, conforme previsto no projeto de lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 — ainda pendente de aprovação no Congresso Nacional — é de R$ 189,9 milhões. A decisão de fortalecer os estoques foi anunciada pelo governo federal como uma medida para combater a inflação alimentar, com destaque para os produtos essenciais, como arroz, feijão e milho.
Para viabilizar esse aumento, parte dos recursos inicialmente previstos para o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) será realocada. “Estamos diante de uma supersafra, e alguns produtos estão com preços em queda. Esse é um bom momento para formar estoques e ajudar os agricultores a evitar prejuízos”, afirmou Pretto ao Valor.
Objetivo de aquisição de grãos
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio de seu ministro, Paulo Teixeira, anunciou que pediu ao governo um acréscimo de R$ 1 bilhão para a formação de estoques em 2025. O objetivo do ministério é adquirir até 1,2 milhão de toneladas de grãos. Em 2025, a Conab espera adquirir ao menos 445 mil toneladas de alimentos essenciais: 200 mil toneladas de arroz, 200 mil toneladas de milho e 45 mil toneladas de feijão. O presidente da Conab também mencionou a possibilidade de adquirir trigo, embora não tenha revelado volumes estimados.
Alterações na legislação e novos mecanismos de compra
O presidente da Conab ainda indicou que, com o direcionamento do governo para o fortalecimento dos estoques reguladores, o Ministério do Desenvolvimento Agrário está analisando propostas para modificar a legislação, ampliando as possibilidades de atuação da Conab. Entretanto, há uma preocupação com o impacto que uma maior participação da Conab no mercado de compra de produtos possa ter sobre os preços agrícolas.
Atualmente, a legislação brasileira limita a compra de produtos para formação de estoques quando os preços estão abaixo do valor mínimo estabelecido para a safra em curso. Essa política visa proteger a renda do produtor rural durante flutuações de mercado, mas limita a capacidade da Conab de atuar em momentos de alta nos preços, o que torna as discussões sobre alterações legislativas um tema sensível.
Contratos de opção e novos produtos no programa
Enquanto a proposta legislativa segue em análise, a Conab continua utilizando contratos de opção de venda pública para a aquisição de arroz e feijão, com prêmios de até 20% sobre o preço mínimo. Essa estratégia foi empregada no final de 2024, resultando na compra de 91 mil toneladas de arroz, caso os produtores optem por vender à estatal ao fim da safra.
Além disso, a Conab pretende ampliar a cesta de produtos do programa, incluindo farelo de soja, caroço de algodão e sorgo, com o objetivo de oferecer mais alternativas aos pecuaristas. No entanto, o programa de milho já possui uma legislação própria, o Programa de Venda em Balcão (ProVB), que permite a compra quando os preços estão acima do mínimo, beneficiando principalmente pequenos criadores de animais.
Opiniões divergentes sobre os estoques
A ampliação dos estoques reguladores, porém, tem gerado divergências. Guilherme Bastos, coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), questiona a eficácia do aumento da verba para a compra de alimentos, sugerindo que os recursos poderiam ser mais bem aplicados em programas de transferência de renda ou distribuição de alimentos. Para Bastos, a compra de produtos com preços em alta poderia agravar ainda mais a inflação alimentar, impulsionando ainda mais os preços.
Por outro lado, Edegar Pretto defendeu a formação de estoques como uma questão de soberania alimentar e segurança nacional, destacando que “ter estoques destes produtos é uma questão de segurança nacional”.
Em meio a esse debate, o vice-presidente Geraldo Alckmin reafirmou que a Conab receberá o “recurso necessário” para fortalecer a armazenagem pública, com a ressalva de que isso ocorrerá após a queda nos preços agrícolas, conforme o governo busca equilibrar os desafios econômicos e as necessidades da população.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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