O Impacto Potencial das Tarifas de Trump sobre o Brasil: Setores-chave sob Ameaça

Publicados

A iminente ameaça de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros pode trazer consequências significativas para a economia nacional. Entre os setores mais vulneráveis estão o agronegócio, a siderurgia e a manufatura, que dependem fortemente das exportações para o mercado americano. Em 2024, os Estados Unidos foram o terceiro maior destino das exportações brasileiras, com destaque para produtos como carne bovina, petróleo bruto e café.

Desafios no curto e longo prazo

A possível imposição de tarifas sobre produtos brasileiros, como aço, alumínio e carne bovina, colocaria em risco a competitividade desses itens, reduzindo o volume de exportações e impactando diretamente a produção interna. Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, explica que essa situação prejudicaria a balança comercial, o câmbio e o emprego nas cadeias produtivas, mas também poderia impulsionar o Brasil a buscar novos acordos comerciais, especialmente com a União Europeia e a Ásia, como forma de diversificar mercados.

Para José Alfaix, economista da Rio Bravo, o cenário pode ser ainda mais desafiador, pois a pressão sobre a produção brasileira pode resultar em aumento de preços e menor consumo, elevando a inflação tanto nos EUA quanto no Brasil. “As tarifas podem ter um efeito recessivo, com as empresas acumulando estoques e repassando custos ao consumidor”, pondera Alfaix.

Leia Também:  Movecta amplia atuação em logística especializada para o setor agro
Diversificação de mercados como estratégia de sobrevivência

Apesar das possíveis dificuldades, a taxação dos produtos brasileiros pode acelerar mudanças estruturais no comércio exterior do país. Segundo João Kepler, CEO da Equity Group, empresas afetadas podem buscar alternativas, como estreitar laços comerciais com a Ásia ou expandir acordos com a União Europeia. Esse movimento, embora desafiador, pode resultar em um comércio exterior mais equilibrado e menos dependente do mercado americano.

Além disso, como aponta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, a redução das exportações para os EUA pode ter impactos no PIB e na arrecadação fiscal no curto prazo, mas o câmbio deverá compensar as tarifas, enquanto as cadeias globais podem se rearranjar, tornando as empresas mais resilientes a longo prazo.

Ação imediata e perspectivas futuras

O impacto imediato das tarifas será sentido especialmente nas exportações estratégicas, como petróleo, aeronaves e carne bovina. No entanto, Pedro Ros, CEO da Referência Capital, sugere que essa situação pode abrir espaço para o fortalecimento do Mercosul, promovendo negociações conjuntas com mercados alternativos. A resposta do Brasil a essa crise deverá ser ágil, reforçando alianças com países como China e membros da União Europeia para garantir a continuidade do fluxo comercial e proteger os setores mais vulneráveis.

Leia Também:  Após 20 anos de espera, Senado aprova marco legal dos bioinsumos

Como destaca Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, a possível taxação pode fortalecer a necessidade de ampliar as relações comerciais com parceiros como a China e a União Europeia, que demonstram crescente interesse nos produtos brasileiros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Minas Gerais ultrapassa 4,5 GW de potência instalada em energia solar e atrai mais de R$ 22 bilhões em investimentos

Publicados

em

Minas Gerais consolidou sua posição como o segundo estado brasileiro com maior potência instalada de energia solar em telhados e pequenos terrenos. De acordo com um levantamento recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado superou a marca de 4,5 gigawatts (GW) em operação, beneficiando residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Atualmente, há mais de 339 mil conexões ativas espalhadas pelos 853 municípios mineiros, abrangendo 100% do estado. Esse avanço já permite que mais de 889 mil consumidores reduzam os custos com energia elétrica, além de garantirem maior autonomia e confiabilidade no fornecimento.

Desde 2012, a geração própria de energia solar em Minas Gerais já atraiu investimentos superiores a R$ 22 bilhões, gerou mais de 135 mil empregos e contribuiu com R$ 6,6 bilhões em arrecadação para os cofres públicos.

Para impulsionar ainda mais a sustentabilidade no estado, a ABSOLAR recomenda a ampliação de programas e políticas locais de incentivo à energia solar. Entre as medidas sugeridas estão a inclusão da tecnologia fotovoltaica em prédios públicos, habitações populares e programas de universalização do acesso à eletricidade.

Leia Também:  Tocantins aposta no aumento do consumo de pescado

Uma das iniciativas consideradas essenciais pela entidade é a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que propõe a criação do Programa Renda Básica Energética (REBE). O projeto, atualmente em tramitação no Senado Federal, busca solucionar as negativas de conexão impostas por distribuidoras sob alegação de inversão de fluxo de potência. Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, a medida permitirá que milhares de consumidores – incluindo residências, pequenos negócios, produtores rurais e órgãos públicos – exerçam o direito de gerar sua própria energia limpa e renovável, reduzindo seus custos com eletricidade.

“Como o projeto atualiza a Lei nº 14.300/2022, que regula a geração própria renovável, ele impedirá as distribuidoras de bloquearem conexões de microgeração distribuída. Caso seja necessário reforço na infraestrutura elétrica, caberá à distribuidora realizar o investimento, sem repassar esses custos ao consumidor”, explica Bruno Catta Preta, coordenador estadual da ABSOLAR em Minas Gerais.

Com avanços no setor e políticas adequadas de incentivo, Minas Gerais segue ampliando sua participação na matriz energética renovável do país, reforçando seu protagonismo na transição para um modelo mais sustentável.

Leia Também:  Após 20 anos de espera, Senado aprova marco legal dos bioinsumos

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA