Agromensais de Fevereiro de 2025: Análises do Cepea sobre os Principais Produtos Agropecuários

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O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, divulgou, nesta terça-feira, as agromensais de fevereiro de 2025, trazendo análises detalhadas sobre o desempenho dos principais produtos agropecuários. A seguir, destacam-se os principais pontos das análises mensais:

Açúcar: No segundo mês da entressafra 2024/25 de cana na região Centro-Sul, os preços do açúcar cristal continuaram a trajetória de queda no mercado spot de São Paulo. O Indicador CEPEA/ESALQ, para a Icumsa 130 a 180, registrou média de R$ 143,74/saca de 50 kg, representando uma redução de 7,45% em relação a janeiro/25 e de 1,54% quando comparado a fevereiro/2024. O mercado observou uma queda de 9,38% no valor, fechando o mês a R$ 138,87/sc. A competitividade entre as vendas internas e as exportações se inverteu ao final de fevereiro, algo não visto desde outubro/24.

Algodão: O mercado interno de algodão manteve estabilidade nos preços desde o início do ano. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, no entanto, pode aquecer a demanda externa pelo algodão brasileiro, o que ajudaria a reduzir os excedentes internos e sustentar as cotações no mercado doméstico.

Arroz: O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul enfrentou desvalorização contínua durante fevereiro, influenciada pela transição de safra e pela baixa liquidez. A pressão entre compradores e vendedores resultou em flutuações nos preços, com produtores cedendo gradualmente para liquidar estoques. A nova safra aumentou a oferta do cereal, contribuindo para a queda nas cotações.

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Boi: A oferta maior de vacas para abate e a pressão dos atacadistas para redução dos preços impactaram as estratégias dos frigoríficos em fevereiro. A carne de fêmea registrou queda mais acentuada em comparação com a carne de boi, facilitando sua comercialização.

Café: O mês de fevereiro marcou o terceiro recorde consecutivo nos preços do café arábica, com a média do Indicador CEPEA/ESALQ alcançando R$ 2.627,79/saca de 60 kg, um aumento de 12,64% sobre janeiro/25. Esse resultado reflete uma valorização contínua dos preços da bebida dura para melhor.

Etanol: O valor médio do etanol hidratado em fevereiro foi superior ao observado durante a safra. O Indicador CEPEA/ESALQ registrou uma média de R$ 2,8193/litro, um aumento de 20 centavos/litro em relação à safra, atingindo os valores mais altos desde 2020/21.

Feijão: Fevereiro foi marcado pela colheita avançada da primeira safra de feijão, consolidando um cenário de oferta elevada. Os preços dos feijões de maior qualidade subiram, enquanto os lotes comerciais tiveram desvalorização. A produção da primeira safra superou a do ano anterior, mas as expectativas para a segunda safra são mistas.

Frango: Os preços dos produtos de origem avícola apresentaram variações entre as regiões. Algumas praças experimentaram aumentos devido à alta demanda no início do mês, enquanto outras enfrentaram pressões à medida que a procura diminuiu no final de fevereiro.

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Milho: Os preços do milho continuaram a subir, especialmente a partir de meados de fevereiro, devido à alta demanda e à redução da oferta, com produtores priorizando a entrega de soja, cujas vendas estavam mais avançadas.

Ovos: Os preços do cordeiro vivo apresentaram variações regionais. São Paulo e Paraná registraram aumentos, enquanto o Rio Grande do Sul observou uma leve queda nos valores.

Soja: A intensificação da colheita no Brasil proporcionou maior liquidez ao mercado de soja, mas a cautela dos consumidores, que esperam uma queda nos preços, limitou as vendas. O avanço da colheita na Argentina e no Paraguai também deve ampliar a oferta global.

Trigo: Os preços do trigo subiram significativamente em fevereiro devido à entressafra, à retração de vendedores que esperam novas altas e à valorização externa. A liquidez interna foi baixa, com compradores priorizando as aquisições no mercado externo.

Esses são alguns dos principais destaques do mercado agropecuário brasileiro em fevereiro, conforme as análises do Cepea.

Consulte as agromensais

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Nariz eletrônico revoluciona controle de pragas na agricultura

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Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT Nano Agro) desenvolveram uma tecnologia inovadora para o controle de pragas agrícolas. Com o uso de nanosensores e um nariz eletrônico, o dispositivo detecta substâncias químicas utilizadas pelos insetos para comunicação, viabilizando um manejo mais sustentável e preciso das infestações nas lavouras.

Estudos recentes da Universidade de Stanford indicam que insetos são responsáveis por perdas de 5% a 20% nas principais culturas de grãos ao redor do mundo. O problema tende a se agravar com a mudança climática, uma vez que temperaturas mais elevadas aceleram o metabolismo desses organismos, intensificando seu apetite e sua taxa de reprodução. Segundo os pesquisadores, a cada aumento de 1ºC na temperatura média global, as perdas na produção podem crescer de 10% a 25%. Caso as previsões climáticas se confirmem, até 2030 a temperatura global poderá subir 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, agravando ainda mais esse impacto.

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Diante desse cenário, cientistas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), que fazem parte do INCT Nano Agro, desenvolveram um nariz eletrônico capaz de identificar feromônios de acasalamento de pragas, como percevejos e mariposas. O dispositivo é compacto e utiliza sensores de gás baseados em nanocompósitos de Óxidos de Grafeno (GO) e PANI (polianilina), permitindo a detecção precisa dos compostos químicos emitidos pelos insetos.

A professora Dra. Juliana Steffens, da URI, destaca que a tecnologia pode ser integrada a sistemas de inteligência artificial, possibilitando o monitoramento detalhado das infestações no campo. Com isso, os produtores poderão aplicar estratégias de controle de maneira mais eficaz, reduzindo desperdícios e custos. “Os avanços recentes na miniaturização de sensores e na análise de dados oferecem soluções promissoras para uma agricultura mais sustentável. Serão realizados estudos com feromônios padrão, insetos em condições reais e amostras complexas, com testes em unidade experimental e no campo”, explica a pesquisadora.

A inovação representa um grande avanço para o setor agrícola, contribuindo para um manejo mais eficiente das pragas e promovendo a sustentabilidade na produção de alimentos.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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