Mercado de soja aguarda novo boletim do USDA e opera com leve alta em Chicago

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Nesta terça-feira, o mercado da soja segue operando com oscilações limitadas em meio à expectativa pelo novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Apesar da continuidade das tensões comerciais que mantêm os investidores cautelosos, as cotações da oleaginosa apresentam leves avanços. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os contratos mais negociados registravam alta entre 3,25 e 3,75 pontos, com o vencimento para maio cotado a US$ 10,17 e o de julho a US$ 10,31 por bushel.

Embora o mercado não espere grandes novidades no boletim desta terça-feira, os traders seguem atentos aos dados atualizados. A maior expectativa está voltada para a divulgação, em março, da primeira projeção de área de plantio nos Estados Unidos para a safra 2025/26. No entanto, o analista internacional Rhett Montgomey, do portal DTN The Progressive Farmer, destaca que “os dados do USDA podem trazer um alívio bem-vindo diante das incertezas causadas pelas notícias sobre a guerra comercial, que vêm dominando os mercados nas últimas semanas”.

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O movimento positivo também se estende aos futuros do milho, do óleo de soja e do farelo de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT), que também têm registrado volatilidade nos últimos pregões. Paralelamente, além das tensões comerciais, outros fatores seguem no radar dos investidores, como o clima na América do Sul, a conclusão da safra 2024/25 e o comportamento do mercado financeiro, especialmente em relação ao dólar.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Embrapa Cerrados Expande Suas Atividades para a Aquicultura no Brasil Central

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A aquicultura, segmento que apresenta forte crescimento global, é agora uma das áreas de atuação da Embrapa Cerrados. Desde o início de 2025, a Unidade tem buscado parcerias estratégicas com diversas entidades para discutir ações voltadas à pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia nesse setor, no Bioma Cerrado. As primeiras iniciativas foram destacadas pelo pesquisador Luiz Eduardo Lima, que recentemente se transferiu para a Embrapa Cerrados após uma década de trabalho na Embrapa Pesca e Aquicultura (TO). Lima apresentou um panorama sobre as ações da Unidade durante palestra realizada no dia 24 de fevereiro.

O evento contou com a participação de pesquisadores e analistas da Embrapa Cerrados, além de representantes de diversas instituições, como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), Emater-DF, Senar-DF, Federação da Agricultura e Pecuária do DF (FAPE-DF), Emater Goiás, Universidade de Brasília (UnB) e a Secretaria Municipal de Agricultura de Formosa (GO).

A Importância da Aquicultura no Cenário Global

A aquicultura é a ciência dedicada à produção controlada de organismos aquáticos, como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e plantas aquáticas, com fins alimentares. O setor, altamente demandado mundialmente, tem atraído a atenção de diversos segmentos, inclusive no Distrito Federal, onde há um interesse crescente para que a Embrapa Cerrados contribua com inovações tecnológicas.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção mundial de pescados, que engloba tanto a aquicultura quanto a pesca, alcançou 185 milhões de toneladas em 2022, com um valor agregado de US$ 452 bilhões. Esse mercado é o maior em volume entre as cadeias de produção de proteína animal e representa a maior fonte de proteína consumida globalmente. Luiz Eduardo Lima destaca que, entre 1961 e 2022, o consumo de pescados cresceu, em média, 3% ao ano, superando o aumento médio de 2,7% nas proteínas terrestres.

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Em 2002, a produção de aquicultura ultrapassou pela primeira vez a de pesca, devido à estagnação desta última frente aos problemas de exploração dos recursos pesqueiros. O consumo mundial de pescados chega a cerca de 20,6 kg por habitante anualmente, com uma tendência crescente de substituição da pesca tradicional por produtos da aquicultura, que são mais rastreáveis e apresentam melhor desempenho ambiental.

A produção de aquicultura em 2022 foi de aproximadamente 130 milhões de toneladas, gerando US$ 312,8 bilhões. A China lidera como maior produtora, com 53 milhões de toneladas, enquanto o Brasil ocupa a 13ª posição, com 738 mil toneladas.

O Potencial da Aquicultura Brasileira

Embora ainda representando uma parcela modesta do mercado mundial, a aquicultura no Brasil tem grande potencial de expansão. Entre 2000 e 2022, a produção nacional passou de 172 mil para 738 mil toneladas, com um valor estimado de R$ 10,2 bilhões para 2023, um crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior.

A piscicultura de água doce, com destaque para a produção de tilápia, lidera a aquicultura brasileira. Em 2023, o Brasil produziu 655 mil toneladas de tilápia, representando 67,5% da produção nacional. A criação de camarões, por sua vez, tem apresentado crescimento significativo, com 127,5 mil toneladas produzidas em 2023.

Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal são estados de destaque na produção aquícola nacional. O Distrito Federal, embora seja apenas o 24º maior produtor, apresenta um consumo elevado de pescados, o terceiro maior do Brasil, com 14 kg por habitante por ano, superando a média nacional de 9 kg.

Estratégias para o Desenvolvimento da Aquicultura no Distrito Federal

Para impulsionar o setor aquícola no Distrito Federal, Luiz Eduardo Lima propôs diversas estratégias a serem discutidas com os parceiros regionais. A colaboração com entidades como Emater-DF, Seagri-DF, UnB, Senar e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) pode viabilizar ações de pesquisa e desenvolvimento para a inovação tecnológica. A Embrapa Cerrados poderá contribuir com a implementação de tecnologias que aumentem a produtividade não apenas no DF, mas também em Goiás e outros estados da região.

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Dentre as ações planejadas, destacam-se o envolvimento da Unidade em programas como o Alevinar & ProAqua+, iniciativas de câmara setorial e fóruns técnicos, além de participação em eventos e dias de campo para a transferência de tecnologia. A Embrapa Cerrados também pode contribuir para o levantamento de indicadores econômicos da tilápia e para a pesquisa sobre a criação de peixes em barragens de irrigação.

Além disso, a Embrapa Cerrados utilizará infraestruturas já existentes, como as da Emater-DF e da Seagri-DF, para realizar pesquisas aplicadas e melhorar a produção aquícola da região.

Aproveitamento de Coprodutos e Efluentes na Fertirrigação

Em sua palestra, Lima também abordou exemplos de pesquisas realizadas na Embrapa Pesca e Aquicultura, como o estudo sobre coprodutos agrícolas e pecuários usados na alimentação de organismos aquáticos. Outro ponto destacado foi o uso de efluentes da piscicultura na fertirrigação, uma prática que permite a integração entre a produção de pescados e a agricultura, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a redução do uso de fertilizantes agrícolas.

A Embrapa Cerrados, em parceria com a Codevasf, já está desenvolvendo sistemas de tanques suspensos para aproveitar efluentes em sistemas de irrigação. O uso de efluentes na aquaponia também se mostra promissor para a agricultura familiar e periurbana.

Com essas e outras iniciativas, a Embrapa Cerrados reafirma seu compromisso com a inovação tecnológica na aquicultura, visando o desenvolvimento sustentável e o aumento da produtividade do setor no Brasil Central.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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