Deputados debatem reciprocidade ambiental e criticam medidas para conter inflação

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu nesta terça-feira (11.03) para debater o Projeto de Lei 2088/2023, que trata da Reciprocidade Ambiental. A proposta busca garantir que produtos importados atendam aos mesmos critérios ambientais, sociais e trabalhistas exigidos do agronegócio brasileiro, assegurando condições equitativas no comércio internacional. O texto, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), está sob a relatoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e segue para análise no Congresso.

O projeto ganhou destaque diante das restrições ambientais impostas pela União Europeia, que podem afetar as exportações brasileiras. A FPA defende que a legislação avance rapidamente para fortalecer a posição do Brasil no mercado global e evitar barreiras comerciais injustas.

Outro tema central da reunião foi a alta nos preços dos alimentos. No final de fevereiro, a FPA enviou um ofício aos Ministérios da Fazenda e da Casa Civil com 20 propostas para conter a inflação no setor. Entre as sugestões, estão a revisão da tributação sobre fertilizantes e defensivos agrícolas e a redução temporária de PIS/Cofins sobre insumos essenciais, como trigo e óleo vegetal.

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A bancada considera ineficazes as medidas anunciadas pelo governo na última quinta-feira (06.03), que incluem a isenção temporária da alíquota de importação de produtos como carne, milho, azeite e café. A avaliação da FPA é que a decisão pode prejudicar a produção nacional sem garantir uma redução significativa nos preços para o consumidor. Além disso, a proximidade da colheita de grãos e outras safras deve, naturalmente, contribuir para a queda dos preços das commodities.

A FPA também destacou os desafios logísticos que afetam a competitividade do setor. O alto custo do frete, gargalos na infraestrutura de transporte e o déficit de armazenagem, especialmente para produtos perecíveis, dificultam o escoamento da produção. A bancada defende que o governo priorize investimentos em rodovias, portos e capacidade de armazenamento para reduzir custos e garantir maior eficiência na distribuição.

A Frente Parlamentar da Agropecuária segue acompanhando as decisões do governo e reforça a necessidade de medidas estruturais que garantam previsibilidade e competitividade ao agronegócio brasileiro, evitando soluções paliativas que possam comprometer a sustentabilidade do setor.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mercado Global de Carne Bovina: Tendências e Perspectivas para 2025

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Os preços do gado bovino seguem trajetórias distintas nos mercados globais, enquanto a produção começa a recuar. Na América do Norte, os preços iniciaram 2025 em alta, impulsionados por estoques reduzidos e forte demanda dos consumidores. Em contrapartida, os países do Hemisfério Sul operam com valores significativamente inferiores, refletindo condições sazonais favoráveis e aumento da oferta.

No Brasil, os preços do gado registraram um expressivo crescimento no final de 2024, impulsionados pela demanda internacional aquecida e menor oferta de animais. No entanto, projeta-se uma queda nos valores ao longo do segundo trimestre, conforme a disponibilidade de gado aumentar.

Globalmente, a produção de carne bovina atingiu um pico em 2024 e agora inicia um movimento de retração. A previsão do RaboResearch é de que o primeiro trimestre de 2025 registre uma redução de 2% na produção em relação ao mesmo período do ano anterior, com queda de 3% no segundo trimestre. No geral, espera-se que a produção de 2025 seja 2% menor, embora ainda 3% superior à média do período entre 2019 e 2023. Os principais recuos estão previstos para o Brasil e a Nova Zelândia.

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Incertezas Políticas e Impactos no Mercado Global

Nos Estados Unidos, a nova administração já gerou incertezas com a proposta e posterior adiamento de tarifas sobre importados do México e do Canadá. Mudanças políticas podem provocar alterações nos fluxos comerciais, influenciando o mercado global de carne bovina.

Destaques Regionais

Brasil: As exportações de carne bovina iniciaram 2025 em ritmo acelerado, registrando o melhor janeiro da história. No entanto, os contratos futuros indicam uma leve queda nos preços até maio, após a forte valorização observada no segundo semestre de 2024.

  • América do Sul: A oferta de carne bovina na região deve recuar em 2025, com o Brasil, principal produtor, reduzindo sua produção em 500 mil toneladas métricas. O elevado abate de fêmeas em anos anteriores impacta a disponibilidade de animais. Apesar disso, as exportações seguem crescendo, impulsionadas pela demanda chinesa.
  • Estados Unidos: O país registra uma queda contínua nos estoques de gado, sustentando preços recordes no início de 2025. A retenção de novilhas pode reduzir o ritmo de abate e afetar a oferta nos próximos anos.
  • China: Os preços da carne bovina caíram 18% em 2024, mas devem se estabilizar na primeira metade de 2025. A produção local tende a recuar, enquanto as importações seguem ameaçadas por disputas comerciais.
  • Europa: A produção de carne bovina deve diminuir em 2025, o que manterá os preços elevados. As exportações seguem em alta, enquanto as vendas de gado vivo apresentam queda significativa.
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Perspectivas para o Setor

A retração da produção global e os desafios no comércio internacional indicam um ano de oscilações para o mercado da carne bovina. Os preços devem se manter elevados em regiões de menor oferta, enquanto o mercado de exportação ganha protagonismo em países produtores. O equilíbrio entre demanda global e disponibilidade de gado será fundamental para definir os rumos do setor em 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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