Descarte Estratégico de Matrizes Evita Perdas Produtivas e Otimiza o Desempenho da Fazenda

A saúde das matrizes é um fator crucial para o sucesso de uma estação de monta em qualquer rebanho. No entanto, mesmo com cuidados rigorosos, algumas fêmeas podem apresentar falhas reprodutivas, o que compromete a produtividade da fazenda. Nesse contexto, o descarte adequado de matrizes é uma prática essencial para aumentar a rentabilidade e garantir um desempenho eficiente no campo.
De acordo com Bruno Marson, zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, a seleção das matrizes para descarte ocorre, na maioria das vezes, após o diagnóstico de gestação, realizado por um médico veterinário entre 30 e 40 dias após a inseminação artificial ou a saída dos touros da estação de monta. No entanto, antes de tomar a decisão de descartar um animal, é necessário avaliar sua categoria e o desempenho nos anos anteriores, pois a falha reprodutiva pode ser um evento isolado, sem necessariamente indicar baixa produtividade.
“Uma falha única não significa que a matriz seja improdutiva. O descarte deve ser baseado em outros critérios, como nível de produção, histórico de doenças como mastite, índices reprodutivos e outros aspectos. Caso o descarte se confirme como necessário, o ideal é agir rapidamente, evitando que o animal continue na propriedade. Uma alternativa ao descarte imediato seria uma breve terminação antes da venda”, explica Marson.
A categoria das fêmeas também tem influência sobre essa decisão. Novilhas que iniciam a estação de monta com bom escore corporal e apresentam cio são consideradas de boa fertilidade. Caso não engravidem ao final do período, devem ser descartadas sem outra tentativa. Por outro lado, vacas multíparas, com bezerros ao pé, podem ser avaliadas com mais flexibilidade, caso esta seja a primeira falha reprodutiva e o histórico de desmame de bezerros pesados seja favorável. Já as vacas chamadas “solteiras”, que não produziram bezerros no ano, não devem ser mantidas na propriedade.
Para uma seleção de matrizes para descarte bem-sucedida, é essencial que o produtor tenha um banco de dados completo sobre os animais, incluindo informações sobre perdas pré-parto, índices de prenhez, problemas reprodutivos, peso ao nascimento, taxa de desmama, idade da vaca, entre outros. Marson destaca que fatores como o valor genético e o impacto do animal nos custos de produção também devem ser levados em consideração antes da decisão final. As vacas com mastite crônica, baixa taxa de prenhez e alto intervalo entre partos são as principais candidatas ao descarte. Problemas de cascos e conformação de pernas e pés também merecem atenção.
Outro ponto ressaltado pelo zootecnista é a avaliação das primíparas, ou seja, fêmeas que passaram pelo primeiro parto e ainda estão em fase de crescimento. “As primíparas ainda não atingiram o peso ideal, o que pode acarretar carências nutricionais específicas no período pós-parto e uma taxa de prenhez mais baixa. Essas características podem levar a decisões equivocadas de descarte logo após a primeira falha reprodutiva”, alerta.
Por fim, é fundamental que o produtor avalie se os problemas reprodutivos são causados exclusivamente pelas falhas das fêmeas ou se também podem ser atribuídos aos touros. Manter uma boa genética no rebanho e garantir que os animais respondam adequadamente à nutrição, manejo e sanidade é essencial para o sucesso do negócio. O descarte, portanto, deve ser feito de forma estratégica, visando à melhoria genética do rebanho e contribuindo para a geração de receita. “A reposição anual de matrizes é fundamental para a continuidade da produtividade nas propriedades rurais. A recomendação é que, anualmente, de 20% a 30% dos animais sejam repostos, sem ultrapassar esse limite. O excesso de novilhas de um ano leva a um excesso de primíparas no ano seguinte, e o aumento de bezerros do primeiro ano reflete na diminuição de bezerros no ano subsequente”, conclui Marson.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi

A produção de etanol de milho no Brasil deverá crescer significativamente nos próximos anos, quase dobrando até alcançar cerca de 16 bilhões de litros anuais até 2032. A projeção foi divulgada pelo banco de investimentos Citi em uma nota publicada nesta terça-feira, que destaca a rápida expansão desse setor no país.
Segundo o Citi, o Brasil produziu aproximadamente 6,3 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24, com expectativa de aumento para 9,5 bilhões de litros durante a temporada atual. No ano passado, 22 usinas de etanol de milho estavam em operação no país, mas 12 novas unidades estão em construção e outras nove receberam aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para iniciar suas obras.
O Citi ressalta que o etanol de milho oferece vantagens logísticas em relação à cana-de-açúcar. O milho possui um tempo de armazenamento mais longo e custos de transporte mais baixos, o que permite a produção de etanol em áreas mais remotas, ampliando a flexibilidade do setor.
Além disso, o banco observou que o milho pode desempenhar um papel importante no equilíbrio do mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta estável, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol na região Centro-Sul do país deve atingir um recorde histórico na temporada 2024/25, mesmo com a previsão de queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho ajudando a manter o abastecimento para a produção do biocombustível.
Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que a produção de etanol de milho nesta temporada superaria as estimativas em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para aproximadamente 8,2 bilhões de litros.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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