“Não se enfrenta uma epidemia como a dengue ou qualquer outro agravo de saúde sem embasamento científico”, destacou o ministro Alexandre Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniu nesta quarta-feira (12), com o grupo de especialistas da dengue para avaliar e aprimorar as ações de controle da doença no Brasil. “A partir dessa escuta, estamos analisando as ações, em parceria com a sociedade, estados e municípios. Nosso foco é cuidar das pessoas, reduzir o risco de casos graves e evitar óbitos. O alerta deve ser permanente, não podemos baixar a guarda”, observou o ministro Padilha. A reunião discutiu a tomada de decisões baseadas em evidências, além de propostas e diretrizes para uma resposta nacional conjunta contra a dengue.
Acompanhe a entrevista com o ministro Alexandre Padilha:
Ministro, o senhor convocou especialistas em dengue para uma reunião nesta quarta-feira (12). O que foi discutido?
Primeiro, ouvir a ciência. Não se enfrenta uma epidemia como a dengue, as arboviroses ou qualquer outro agravo de saúde, sem embasamento científico. Este é um Ministério da Saúde e um governo que ouve e respeita os especialistas, buscando sempre a melhor forma de cuidar das pessoas e enfrentar esses desafios. A partir dessa escuta, estamos analisando e aprimorando as ações de controle da dengue no Brasil, em parceria com estados e municípios. Nosso foco principal é cuidar das pessoas, reduzir o risco de casos graves e evitar óbitos.
Quais foram as principais orientações discutidas na reunião e como elas podem fortalecer a resposta contra a dengue?
Os especialistas trouxeram diversas contribuições. Um dos pontos mais importantes é o consenso entre o Ministério da Saúde, estados, municípios e especialistas sobre o manejo clínico da dengue. Isso representa um grande avanço, pois já enfrentamos epidemias no passado em que havia divergências entre as diferentes esferas de governo e a ciência sobre a melhor forma de tratar os pacientes.
Agora, o nosso papel é divulgar amplamente esse protocolo clínico, garantindo que ele chegue a cada profissional de saúde, seja na atenção primária, seja na urgência e emergência. Além disso, é fundamental reforçar essa informação para as famílias. Sabemos que a maior parte dos focos do mosquito está dentro das casas e nos locais de trabalho. Por isso, a mobilização da população é essencial para reduzir os casos graves e salvar vidas.
Qual a mensagem que fica para a população a partir desse encontro com especialistas?
Temos que manter um estado permanente de alerta quando falamos de dengue. O mosquito Aedes aegypti se prolifera dentro das casas e nos ambientes urbanos, então, a única forma eficaz de conter a doença é por meio da mobilização contínua da sociedade.
Cada pessoa tem um papel importante: inspecionar diariamente sua casa e local de trabalho, eliminando possíveis focos do mosquito. Isso faz toda a diferença na redução de casos, no alívio da pressão sobre o sistema de saúde e, principalmente, na prevenção de casos graves e mortes.
Nosso compromisso é reforçar as ações de controle, fortalecer a parceria com estados e municípios, garantir que as informações corretas cheguem a todos os profissionais de saúde e, principalmente, envolver a sociedade nessa luta.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


SAÚDE
“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha.
Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro.
A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita.
A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali.
Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar.
“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP).
A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou.
O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou.
Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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