Recuperação Judicial
Recuperação Judicial em Alta em 2025: Quando a Solução se Torna Risco para as Empresas

Em 2024, o Brasil registrou um recorde de 2.273 pedidos de recuperação judicial, um aumento de 61,8% em comparação com o ano anterior, conforme dados da Serasa Experian. Este crescimento expressivo reflete o cenário econômico desafiador que as empresas brasileiras enfrentam, com 51,8 milhões de contas de pessoas jurídicas negativadas e mais de 7,2 milhões de CNPJs bloqueados para transações financeiras. No entanto, apesar da alta nos pedidos, a adesão à recuperação judicial ainda é baixa, especialmente entre micro e pequenas empresas, que encontram dificuldades no processo e receiam a falência da reestruturação.
Recuperação Judicial: Solução ou Risco?
Hellen Durães, sócia da Durães & Barros Advogados, destaca que a recuperação judicial pode ser uma alternativa eficaz, desde que aplicada com planejamento e estratégia adequados. “O aumento nos pedidos de recuperação judicial reflete o desespero de muitas empresas para se manterem ativas. No entanto, essa ferramenta não deve ser vista como um simples adiamento das dívidas. A empresa precisa de um plano realista e viável para garantir o sucesso da reestruturação”, afirma.
Por que tantas empresas recorrem à recuperação judicial?
Criada para permitir que empresas em dificuldades financeiras possam renegociar suas dívidas e evitar a falência, a recuperação judicial no Brasil ainda apresenta uma taxa de sucesso abaixo do esperado. Apenas cerca de 25% das empresas que solicitam a recuperação judicial conseguem concluir o processo com êxito, enquanto nos Estados Unidos essa taxa é de aproximadamente 35%, e na Europa, pode chegar a 60%.
De acordo com Hellen Durães, “No Brasil, a recuperação judicial é muito voltada para a quitação das dívidas, deixando em segundo plano a reestruturação do negócio, o que pode comprometer a eficácia do processo. Muitas empresas saem da recuperação judicial sem uma base sólida para se reerguer.”
Além disso, a burocracia e os altos custos do processo afastam micro e pequenos empresários dessa ferramenta. Em 2024, 1.676 pedidos de recuperação judicial vieram de micro e pequenas empresas, o que representou um aumento de 78,4% em relação ao ano anterior. Esses dados indicam que o problema atinge diretamente o setor que é a base da economia nacional. Muitos desses empresários recorrem à recuperação judicial como último recurso, sem uma estratégia adequada para reverter a situação.
Alternativas à Recuperação Judicial
Antes de optar pela recuperação judicial, é recomendado que as empresas explorem alternativas como a renegociação direta com credores ou a recuperação extrajudicial. Este último tem se mostrado uma solução viável para companhias que conseguem estruturar um acordo sem a necessidade de intervenção judicial.
Hellen Durães observa que “uma gestão financeira eficiente e um planejamento estratégico bem elaborado podem evitar que a empresa chegue ao ponto de precisar recorrer à recuperação judicial. Muitas vezes, o problema não está apenas na dívida, mas na falta de uma visão clara para reestruturar o negócio de forma sustentável.”
Outra alternativa que tem ganhado espaço é o DIP Financing (Debtor-in-Possession Financing), previsto na Lei 14.112/20, que permite que empresas em recuperação judicial obtenham crédito prioritário para financiar sua reestruturação. No entanto, no Brasil, a implementação dessa ferramenta ainda enfrenta desafios regulatórios e jurídicos, dificultando seu acesso.
Recuperação Judicial: Solução ou Armadilha?
A recuperação judicial pode ser uma ferramenta crucial para empresas em dificuldades, mas é essencial avaliar os riscos e desafios envolvidos. “A decisão de recorrer à recuperação judicial deve ser baseada em uma análise rigorosa da viabilidade do negócio. Sem uma estratégia clara e um plano de recuperação bem estruturado, a recuperação judicial pode se tornar apenas um adiamento da falência”, conclui Hellen Durães.
Com o aumento dos pedidos em 2025, é fundamental que os empresários busquem orientação jurídica e financeira antes de recorrer à recuperação judicial. O planejamento adequado e a escolha das estratégias corretas podem ser determinantes para a sobrevivência e o crescimento sustentável dos negócios.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Solo remineralizado ajuda a mitigar os efeitos do estresse hídrico nas áreas produtivas

A onda de calor que tem atingido diversas regiões do Brasil no final do verão preocupa especialmente os produtores, especialmente aqueles que se encontram na fase de desenvolvimento das plantas. Segundo o Instituto Climatempo, os próximos dias devem ser marcados por sol predominante, pancadas de chuva e temperaturas elevadas. Para os que se prepararam adequando as variedades ao estresse hídrico e utilizando insumos naturais, como os fertilizantes minerais, a expectativa é de melhores resultados.
O uso de remineralizadores no solo tem demonstrado que, em condições de estresse hídrico, as plantas apresentam maior vigor e a produtividade das áreas é beneficiada. Segundo Juliana Sato, especialista da Mineragro Pesquisa Agronômica, as áreas tratadas com remineralizadores evidenciam resultados visíveis. “Nos manejos convencionais, os impactos negativos da seca são notáveis. A diferença entre os dois cenários é clara”, destaca Juliana.
O remineralizador é um produto de origem rochosa, com composição química e granulometria específicas, que proporciona fertilização e rejuvenescimento do solo. Já utilizado em mais de 8 mil hectares em 12 estados do Brasil, o insumo tem demonstrado eficácia na melhoria da qualidade química, física e biológica do solo agrícola.
Melhoria na retenção de água e resistência das plantas
De acordo com a pesquisadora, o impacto positivo do remineralizador na resistência das plantas à falta de umidade está diretamente relacionado à melhoria da estrutura do solo. O produto aumenta a capacidade do solo de reter água, permitindo que as plantas tenham acesso mais eficiente a essa fonte vital. “A atividade microbiana também é favorecida com o uso do remineralizador, desempenhando um papel crucial na melhoria da estrutura e da capacidade do solo de reter água”, explica Juliana Sato.
A Vulcano Agrominerais, empresa responsável pela extração e produção do primeiro remineralizador do Nordeste brasileiro, tem introduzido o produto em mais de 100 propriedades, monitorando seus efeitos em mais de 30 culturas. Produtos como café, cana-de-açúcar, citros, milho e outros grãos têm registrado aumentos significativos na produtividade nas áreas que utilizam o insumo mineral.
Segundo Stéfano Lima, gestor comercial da Vulcano, a demanda pelo remineralizador cresceu mais de 50% no último ano, o que reflete a crescente adesão à agricultura regenerativa e de baixo impacto ambiental. “O produtor brasileiro está alinhado à tendência global de buscar a sustentabilidade na produção agrícola, e o remineralizador representa a tecnologia mais moderna e segura disponível para esse fim”, afirma Lima.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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