Expectativas Positivas para o Cultivo de Arroz na Região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul

A temporada 2025 do cultivo de arroz já teve início na região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul, com destaque para os municípios de Uruguaiana e São Borja, onde os produtores locais demonstram otimismo quanto às perspectivas para a safra. Após enfrentarem dificuldades climáticas na safra anterior, especialmente com as enchentes, os rizicultores estão confiantes quanto ao crescimento tanto da área plantada quanto da produtividade. Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a área total semeada no estado na última safra foi de 970.194 hectares, representando um aumento de 7,8% em relação aos 900.203 hectares da safra anterior.
Uma das primeiras e mais importantes etapas do plantio do arroz é a preparação do solo, que começa meses antes da semeadura. Em junho e julho, os produtores realizam a incorporação da palha da safra passada, o nivelamento do terreno e outras práticas essenciais para garantir o bom desenvolvimento da cultura. “O arroz tem uma janela de plantio entre setembro e outubro, mas todo o preparo do solo começa bem antes. Esse processo é fundamental para garantir uma lavoura produtiva e de qualidade”, explica Dauto Carpes, engenheiro agrônomo e especialista de marketing de produto e mercado da FertiSystem.
Apesar das oscilações climáticas, as condições atuais têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. As temperaturas mais elevadas e o tempo seco têm proporcionado maior radiação solar, essencial para o crescimento saudável das plantas, especialmente durante o período reprodutivo. “As previsões indicam que teremos uma boa safra, desde que o clima continue favorável. O produtor tem investido cada vez mais em tecnologia e manejo eficiente para garantir bons resultados”, afirma o especialista.
Inovações Tecnológicas Impulsionam a Produtividade
A adoção de novas tecnologias tem sido um fator-chave para o aumento da produtividade. A introdução de cultivares como a BRS A709, desenvolvida pela Embrapa para regiões irrigadas por inundação, tem contribuído significativamente para a melhoria dos resultados. “A pesquisa e o desenvolvimento de variedades têm sido fundamentais para garantir um arroz mais produtivo e resistente às mudanças climáticas. A inovação é essencial para manter a competitividade no setor”, destaca o engenheiro agrônomo.
Carpes também aponta que a utilização de tecnologias avançadas e práticas de manejo eficientes são essenciais para alcançar bons resultados. “Estamos observando um avanço significativo na adoção de semeadoras com acionamento elétrico e sistemas de dosagem de precisão. Esses equipamentos eliminam a necessidade de ajustes manuais, melhorando a uniformidade do plantio. Esta é uma tendência crescente”, acrescenta.
Mudanças nas Áreas de Cultivo
Apesar do aumento na área de plantio de arroz, algumas regiões do estado têm registrado redução dessa cultura em favor do cultivo de soja e milho, especialmente em terras que antes eram tradicionalmente utilizadas para a irrigação do arroz. “Nas áreas do extremo sul, os produtores estão aderindo ao plantio de grãos em sistemas de camaleão, uma prática que melhora a fertilidade do solo e amplia as opções de rotação de culturas”, conclui Carpes.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Avanço da Colheita de Soja em Minas Gerais é Impedido pela Estiagem

O 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revela que, em Minas Gerais, a colheita da soja alcançou 23% da área semeada, uma marca inferior à registrada no mesmo período do ciclo anterior, quando 34% da produção já havia sido colhida. Esse atraso é atribuído, em grande parte, à demora no início da semeadura, ocasionada pela escassez de chuvas, e à baixa luminosidade observada em dezembro, resultado das precipitações acima da média, que prolongaram o ciclo da cultura. “Boa parte dos períodos diurnos teve o sol encoberto por nuvens”, afirma o levantamento.
Em fevereiro, o clima quente e seco favoreceu o avanço da colheita. “As áreas aptas para a colheita, com atividades de dessecação, estavam se desenvolvendo bem”, destaca o relatório. No entanto, a falta de chuvas provocou problemas logísticos. Em diversas localidades, a limitação na capacidade de armazenagem gerou filas nos pontos de descarregamento, atrasando o retorno dos caminhões para a colheita.
Quanto à produtividade, o ciclo anterior sofreu os efeitos de ondas de calor, que reduziram a produtividade, exigiram replantios em maior escala e prejudicaram o enchimento de grãos. “Nas regiões de menor altitude, a produtividade média foi próxima de 3.000 kg/hectare”, aponta o levantamento. No entanto, neste ciclo, as primeiras áreas colhidas mostram uma produtividade superior, com médias acima de 3.600 kg/hectare.
Apesar dessa melhoria, a estiagem continua sendo uma preocupação em algumas regiões do estado. No Noroeste e no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, há registros de até 20 dias consecutivos sem chuvas, o que afeta principalmente as lavouras de ciclo médio e tardio, ainda na fase de enchimento de grãos. Mesmo diante dessa adversidade, a estimativa de produtividade foi ajustada para 3.904 kg/hectare.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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