Agronegócio
A Força do agronegócio e da agroindústria no desenvolvimento de Goiás e do Brasil
O 2º Agro-Mill, promovido pela Adial, reunirá formadores de opinião em Goiás para discutir temas como práticas ESG, biocombustíveis e inovação na agroindústria, consolidando o estado como referência no agronegócio nacional.
O agronegócio desempenha um papel central na economia de Goiás, representando 15% do PIB estadual. Em 2023, o setor alcançou o maior nível de empregos dos últimos 11 anos, com mais de 1 milhão de trabalhadores, o que equivale a 26,6% da força de trabalho no estado. Entre 2012 e 2023, o agronegócio incorporou 95.446 novos empregados, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, Goiás foi responsável por 9,3% do valor da produção agrícola nacional, consolidando um crescimento expressivo nas últimas décadas. Esse avanço é impulsionado pela modernização do campo, o uso de tecnologias de ponta e o aumento da produtividade. Para destacar a importância do agronegócio goiano, tanto no estado quanto no cenário nacional, a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) realizará, entre os dias 15 e 19 de outubro, o 2º Agro-Mill. O evento reunirá 12 formadores de opinião que visitarão agroindústrias goianas e discutirão temas como práticas ESG, biocombustíveis, produção de açúcar, proteína animal, grãos, melhoramento genético e agricultura regenerativa.
Segundo o presidente do Conselho da Adial, Zé Garrote, “o agronegócio e a agroindústria são fundamentais para o desenvolvimento econômico de Goiás e do Brasil. Esses setores são motores que impulsionam a economia e reforçam o papel do Brasil na liderança global da produção de alimentos.”
Ele destaca que “Goiás possui uma vasta riqueza de recursos naturais. Temos solo fértil, abundância de água e um povo trabalhador e qualificado. A localização estratégica do estado, no coração do Brasil, proporciona vantagens competitivas importantes.”
Garrote ainda reforça que “a água é um recurso indispensável para o desenvolvimento. Tudo ao nosso redor – desde as roupas que vestimos até os alimentos que consumimos – tem origem no solo e na agropecuária. O agronegócio, por si só, já tem um papel relevante, mas, quando agregamos valor aos produtos por meio da agroindústria, os resultados são ainda melhores. A industrialização dos produtos agrícolas fortalece a economia, gera empregos e promove o desenvolvimento sustentável.”
Mercado
O agronegócio de Goiás é responsável por cerca de 15% do PIB estadual, e suas exportações correspondem a 96,7% do total exportado pelo estado. Goiás se consolida como um importante exportador no mercado internacional, com destaque para as relações comerciais com China, Estados Unidos e União Europeia. O setor é dividido em três níveis: primário (produtores rurais), secundário (agroindústrias e insumos) e terciário (distribuição, comércio e serviços), sendo que o setor terciário concentra 38,4% dos empregos.
Participação no cenário nacional
A participação de Goiás no valor da produção agrícola nacional saltou de 3,6% em 1974 para 9,3% em 2022, segundo o IBGE. O estado é destaque na produção de soja, milho e cana-de-açúcar. A soja ocupa 53,7% das áreas plantadas, seguida pelo milho (25,3%) e cana-de-açúcar (12,2%). Municípios como Rio Verde e Jataí são líderes nacionais na produção de soja.
Mão de obra
A participação das mulheres no agronegócio goiano também tem crescido. Desde 2012, o número de mulheres no setor aumentou em 56.284. Em 2023, os homens ocupam 66,2% das vagas, totalizando 679.188 trabalhadores, enquanto as mulheres representam cerca de um terço dos empregos, com 326.013 vagas ocupadas.
Inovação e sustentabilidade
O agronegócio em Goiás está cada vez mais vinculado à inovação e à sustentabilidade. Práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o uso de tecnologias avançadas aumentam a produtividade e reduzem o impacto ambiental. A expansão do etanol de segunda geração e a adoção de técnicas agrícolas mais eficientes são exemplos de como o estado busca alinhar a produção com a preservação ambiental.
O setor sucroenergético, particularmente relevante nesse contexto, contribui para a matriz energética limpa de Goiás e do Brasil. “O agronegócio em Goiás vai além da produção de alimentos, integrando inovação, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico, consolidando sua relevância no cenário nacional e internacional”, finaliza o presidente-executivo da Adial, Edwal Portilho, o Tchequinho.
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Agronegócio
Preço competitivo faz carne de frango ganhar espaço frente à suína e bovina
A carne de frango está no nível mais competitivo frente à suína em quatro anos, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Até o dia 19 de novembro, o frango inteiro era vendido, em média, por R$ 6,68 a menos por quilo do que a carcaça especial suína. Esta diferença é 14,4% maior do que a registrada em outubro, destacando o aumento da competitividade do frango.
Os pesquisadores do Cepea apontam que essa competitividade crescente ocorre principalmente porque os preços da carne suína têm subido de forma mais acentuada do que os da proteína avícola. Este movimento reflete um cenário de encarecimento dos custos de produção da carne suína, que acabam sendo repassados ao consumidor final.
O frango também leva vantagem quando comparado à carne bovina. Em novembro, a carne bovina apresentou valorizações significativas, tornando o frango uma opção mais acessível aos consumidores. O aumento dos preços da carne bovina reforça a preferência do consumidor pelo frango, uma alternativa mais econômica em tempos de alta nas outras proteínas.
Este cenário destaca a relevância da carne de frango no mercado nacional. Além de ser uma opção mais econômica, o frango se mantém competitivo e é frequentemente escolhido por consumidores que buscam equilíbrio entre qualidade e preço. A acessibilidade e o valor nutricional do frango continuam a impulsionar sua demanda, especialmente em um momento em que outras proteínas estão mais caras.
A crescente competitividade do frango reflete não apenas uma mudança nos hábitos de consumo, mas também uma adaptação das cadeias produtivas às novas realidades econômicas. A eficiência na produção de frango, aliada a custos de produção relativamente menores, possibilita que essa proteína seja oferecida a preços mais competitivos no mercado.
Em resumo, a carne de frango se consolida como uma alternativa econômica e de alta demanda no Brasil, mantendo-se à frente das carnes suína e bovina em termos de preço e acessibilidade. Este cenário é reforçado pelos dados do Cepea, que indicam uma tendência contínua de valorização do frango, tornando-o um componente essencial da dieta dos brasileiros e uma peça chave na economia nacional.
Fonte: Pensar Agro
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