A recente valorização do real frente ao dólar tem sustentado os preços do açúcar nos mercados internacionais. Nesta terça-feira (28), os contratos do açúcar bruto na ICE Futures de Nova York encerraram o dia em alta em todos os lotes. O vencimento para março de 2025 foi negociado a 19,23 centavos de dólar por libra-peso, um avanço de 6 pontos em relação ao fechamento anterior. Os demais contratos registraram ganhos entre 6 e 12 pontos.

De acordo com analistas consultados pela Barchart, o real atingiu seu maior valor em dois meses ante o dólar, fator que desestimula as exportações por parte dos produtores brasileiros, uma vez que um câmbio mais valorizado reduz a competitividade do açúcar no mercado externo.

Queda na produção no Centro-Sul

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgou nesta terça-feira os dados do acumulado da safra no Centro-Sul do Brasil até 15 de janeiro, apontando uma expressiva queda de 78,18% na produção de açúcar na primeira quinzena do mês, em comparação com o mesmo período de 2024. A moagem de cana na região somou 399 mil toneladas, representando uma retração de 64,10% na base anual.

Mercado europeu segue comportamento misto

Na ICE Futures Europe, de Londres, os preços do açúcar branco encerraram a sessão de forma mista. Os três primeiros vencimentos registraram alta, enquanto os contratos mais distantes fecharam em queda. O vencimento para março de 2025 foi negociado a US$ 511,50 por tonelada, uma valorização de US$ 4,50 em relação ao pregão anterior. Os contratos para maio e agosto de 2025 subiram US$ 2 e US$ 0,40, respectivamente, enquanto os demais lotes recuaram entre US$ 2,40 e US$ 6,60.

Mercado interno em queda

No Brasil, o mercado interno registrou queda pelo terceiro dia consecutivo nas cotações do açúcar cristal, segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 149,63, contra R$ 150,72 do dia anterior, representando uma desvalorização de 0,72%.

Etanol registra alta

Por outro lado, o etanol hidratado apresentou valorização no Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.930,00 por metro cúbico, frente aos R$ 2.907,00 praticados no dia anterior, o que representa um aumento de 0,79%.

Fonte: Portal do Agronegócio