ANP registra patamar recorde de áreas de exploração de óleo e gás

Publicados

O número de blocos de petróleo e gás natural contratados que estão em fase de exploração chegou a 426, o maior já registrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), criada em 1998.

A agência reguladora divulgou os dados nesta quinta-feira (5) e detalhou que a lista inclui 282 blocos terrestres e 144 marítimos.

A indústria do petróleo chama de fase de exploração a etapa na qual as empresas realizam estudos e atividades para identificar se há petróleo e gás em condições viáveis de serem comercializadas nas áreas que contrataram junto à agência reguladora.

Após esses estudos, as empresas decidem se vão devolver o bloco à ANP ou avançar para a fase de produção, quando os investimentos realizados passam a ter como objetivo a retirada dos combustíveis para a comercialização.

Aumento de 70%

O patamar recorde de blocos nessa etapa exploratória foi atingido com a assinatura da maioria dos contratos associados ao 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, em que empresas puderam fazer ofertas por áreas a serem exploradas. Segundo a ANP, foram assinados 177 contratos até o final de agosto de 2024, o que representa um aumento de 70% no número de blocos em relação a maio de 2024.

Leia Também:  Uso consciente do fogo reduz incêndios na Chapada dos Veadeiros (GO) 

A agência prevê que, com as novas assinaturas, a projeção de R$ 18,3 bilhões de investimentos para a fase de exploração até o ano de 2027 será incrementada.

“O cenário reforça a importância da continuidade das ofertas de áreas no regime de concessão e o impacto significativo das atividades reguladas pela ANP na economia país. Por outro lado, reflete-se na ampliação dos desafios relacionados ao acompanhamento e à fiscalização das atividades previstas nos planos de trabalho associados aos contratos de exploração e produção (E&P) na fase de exploração”, diz a agência.

Fonte: EBC GERAL

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

“Hunting Sniper” e a Indução ao Gasto Constante: Especialistas explicam o que diz a Lei Brasileira

Jogo Popular Está na Mira de Denúncias por Práticas Abusivas e Exploração Psicológica.

Publicados

em

O jogo “Hunting Sniper”, que se tornou um hit entre os brasileiros, está enfrentando uma onda de críticas e análises legais devido a práticas que induzem os jogadores a gastar dinheiro real. Especialistas em direito e neurociências têm levantado preocupações sobre as táticas utilizadas pelo jogo para fomentar compras dentro do aplicativo, questionando se essas estratégias não violam a legislação brasileira.
Indução Psicológica e Publicidade Intrusiva
Uma das táticas mais discutidas é a oferta de “vingança” que aparece quando um jogador perde uma partida, explorando o estado emocional de frustração para incentivar compras. “Essa é uma forma clara de indução psicológica ao consumo, onde a derrota é usada como um gatilho para o gasto”, analisa o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista especialista em tecnologia e CEO da MF Press Global, empresa que fornece consultoria e assessoria a escritórios de advocacia, que se cadastrou como jogador para analisar o jogo.
A frequência excessiva de anúncios dentro do jogo tem sido apontada como um fator negativo para a saúde mental dos jogadores, criando um ambiente de jogo estressante e desgastante.
Injustiça nas Atualizações e Competitividade
Após a Tour 15, os baús de recompensa perdem sua relevância, não fornecendo mais upgrades significativos ou novas armas. A situação se agrava na Tour 16, onde os jogadores enfrentam adversários com equipamentos superiores, quase forçando a compra de armas melhores para manter a competitividade. “Em níveis avançados, o jogo quase impede o progresso sem a aquisição de novas armas”, comenta Dr. Abreu, que, mesmo com a compra de apenas dois Passes de Caça, possui a pior arma disponível em seu nível atual, o que evidencia a desigualdade no sistema de jogo.
Análise Jurídica
O Dr. Anselmo Costa, especialista em crimes digitais, destaca que o “Hunting Sniper” pode estar violando várias leis brasileiras:
  1. Código de Defesa do Consumidor (CDC):
    • Venda Casada: Condicionar o progresso no jogo à compra de itens extras pode ser considerado uma prática abusiva.
    • Propaganda Enganosa: A falta de transparência sobre como avançar no jogo sem compras pode configurar publicidade enganosa.
  2. Lei de Crimes contra a Economia Popular:
    • Jogos de Azar: Se o mecanismo de compras dentro do jogo se assemelha a uma “aposta” com resultados incertos, pode ser ilegal.
  3. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
    • Exploração Econômica: Práticas que induzem crianças e adolescentes ao consumo são potencialmente ilegais.
  4. Marco Civil da Internet:
    • Transparência: Manipulação de dados para favorecer quem gasta mais pode violar o princípio da transparência.
Ação dos Consumidores
Jogadores que se sentem prejudicados por tais práticas podem buscar apoio através de denúncias ao PROCON ou consultando advogados especializados. “É crucial que essas práticas sejam denunciadas para garantir a proteção do consumidor”, enfatiza Dr. Costa.
A popularidade de “Hunting Sniper” trouxe à tona questões importantes sobre como os jogos móveis manipulam os usuários para induzir gastos. Com a legislação brasileira oferecendo proteção contra práticas abusivas, o caso de “Hunting Sniper” serve como um alerta para a indústria de jogos, exigindo um ajuste nas estratégias de monetização para se alinharem com as leis nacionais. Jogadores, desenvolvedores e reguladores precisam estar atentos para garantir que o entretenimento digital não se transforme em exploração econômica.

Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  Amigos relembram Millôr Fernandes em seu centenário de nascimento
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA