Após operação do MP, Padre Robson Oliveira pede afastamento de suas funções

Publicados


O padre Robson de Oliveira, investigado na Operação Vendilhões, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), pediu, nesta sexta-feira (21) o afastamento das suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A informação foi confirmada pela Arquidiocese de Goiânia por meio de nota assinada pelo arcebispo Dom Washington Cruz.

Conforme o comunicado, as funções serão assumidas interinamente pelo padre André Ricardo de Melo, Provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás. 

Ainda na nota, a Arquidiocese disse que recebeu com surpresa a ação do Ministério Público e do Poder Judiciário. “Estamos abertos para apurar, com transparência, quaisquer denúncias em desfavor de seus membros”, diz o texto. “Mais do que ninguém, queremos esclarecimentos de todos os fatos”, menciona. 

 

As investigações

Os possíveis crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica praticadas pelos dirigentes das três associações ligadas à Igreja Católica em Trindade, que recebiam doações em dinheiro de fiéis, estão sendo investigados pelo MP-GO através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Vendilhões. Foram bloqueados judicialmente R$ 60 milhões em bens imóveis e valores em contas bancárias dos envolvidos.

Leia Também:  Joesley é condenado a pagar R$ 300 mil a Temer por danos morais

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia e Trindade, principalmente em endereços ligados ao padre Robson. Ele teria usado recursos doados por fiéis em benefício próprio. 

Conforme o promotor de Justiça Sebastião Marcos Martins, que coordenou a ação, deflagrada na manhã desta sexta-feira (21), está sendo analisada uma movimentação financeira equivalente a R$ 1,7 bilhão. Ele informou durante entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, que a fraude não atinge o montante na sua íntegra, mas, a partir da documentação apreendida, será possível definir o valor que foi desviado.  

A investigação que resultou na Operação Vendilhões teve início em 2019, a partir da condenação de um grupo criminoso que praticou extorsão contra padre Robson. Na ocasião, cinco pessoas exigiram mais de R$ 2 milhões para que não fossem divulgadas imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que prejudicassem a imagem do religioso. O processo foi enviado ao Gaeco para apurar a origem do dinheiro utilizado para pagamento de parte do valor ao grupo criminoso.

Leia Também:  Juiz lança projeto inédito no Judiciário para acompanhamento de filhos de presas

JORNAL DO VALE é jornalismo profissional, sério, ético e imparcial desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JUDICIÁRIO

Restrições para eleições municipais começam a valer: saiba o que muda

Medidas para um processo eleitoral justo entram em vigor.

Publicados

em

Restrições para eleições municipais começam a valer: saiba o que muda. Foto: Agência Brasil

A partir do mês de julho, começam a valer as principais restrições previstas pelo calendário eleitoral, destinadas a impedir que os candidatos às prefeituras e câmaras municipais usem a máquina pública para influenciar a corrida. As regras visam garantir um processo eleitoral mais justo e transparente.

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 6 de outubro, e o segundo turno será realizado no dia 27 do mesmo mês. É importante destacar que apenas municípios com mais de 200 mil eleitores têm votação em dois turnos, caso nenhum dos candidatos à prefeitura consiga mais da metade dos votos válidos na primeira rodada.

O cientista político Elias Tavares explica que essas restrições são fundamentais para manter a integridade do processo eleitoral. “As restrições que começam a valer agora incluem a proibição de nomeação, contratação ou demissão de servidores públicos, bem como a distribuição de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública. Essas medidas são essenciais para evitar que recursos públicos sejam utilizados para favorecer candidaturas“, detalha o especialista.

Leia Também:  Decisão judicial determina que advogado do PMDB retire ataques a Marconi das redes sociais

Ele também menciona que, a partir de 6 de julho, fica proibida a realização de inaugurações de obras públicas e a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos. “Essas ações têm o potencial de influenciar a opinião pública de maneira desequilibrada, favorecendo os candidatos em exercício de mandato ou com acesso privilegiado à máquina pública“, acrescenta o cientista político.

Além disso, Elias ressalta a importância da fiscalização e do papel dos cidadãos no processo eleitoral. “A sociedade tem um papel fundamental na fiscalização das campanhas e no cumprimento das regras. Denúncias de irregularidades podem ser feitas aos órgãos competentes, como o Ministério Público e a Justiça Eleitoral. A participação ativa da população é fundamental para garantir eleições limpas e justas“, afirma.

Os cidadãos que desejarem denunciar irregularidades no processo eleitoral podem utilizar os canais disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). As denúncias podem ser feitas por meio do sistema Pardal, disponível no site do TSE e dos TREs, ou pelo aplicativo Pardal, que pode ser baixado em smartphones. Essas plataformas permitem que os eleitores relatem infrações de maneira prática e segura, contribuindo para um processo eleitoral mais transparente e ético.

Leia Também:  Joesley é condenado a pagar R$ 300 mil a Temer por danos morais

Com as restrições em vigor e os canais de denúncia ativos, a expectativa é que o ambiente eleitoral se torne mais equilibrado, permitindo que os candidatos concorram em condições de igualdade e que os eleitores possam fazer suas escolhas de forma consciente e livre de influências indevidas”, conclui Elias.

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA