Opinião
Asteroides Arjunas
Os asteroides Atenas seguem órbitas internas à da Terra e eventualmente ultrapassam. O grupo recebe este nome em homenagem ao 2062 Aten, o primeiro de seu tipo. Há 2.860 Atenas, sendo que 266 são numerados, 14 são nomeados e 191 são classificados como asteroides potencialmente perigosos.
Em 2.014, o Comitê de Usos Pacíficos do Espaço Sideral da ONU criou a Rede Internacional de Alerta de Asteroides e o Grupo Consultivo de Planejamento de Missões Espaciais. As Nações Unidas estimavam que 16 mil objetos próximos da Terra poderiam causar catástrofes, são asteroides e cometas que passam perto da órbita terrestre.
Depois da explosão de Tunguska (1.908), o meteoro Chelyabinsk (2013) atravessou a Rússia a 18,6 km por segundo e explodiu sobre a cidade. Estimou-se que tinha massa de cerca de 11 mil toneladas e a energia liberada foi o estimada em 440 quilotons.
A iniciativa da ONU visa identificar objetos potencialmente perigosos e definir uma campanha de mitigação envolvendo a colaboração da segurança pública internacional. Estes asteroides que orbitam próximos à Terra (NEO) são chamados de asteroides Arjunas (herói hindu do Mahabharata). Eles são divididos em quatro grupos: Amor, Atira, Apolo e Atenas. Até 13 de novembro de 2.024, foram descobertos 36.514 asteroides próximos.
Os asteroides Amor, nomeado por causa do 1221 Amor, orbitam entre a Terra e Marte e eles não cruzam a órbita da Terra, mas a maioria cruza a órbita de Marte. O asteroide Amor 433 Eros foi o primeiro asteroide a ser orbitado e pousado por uma sonda espacial robótica (NEAR Shoemaker).
Até outubro de 2024, descobriram 14.722 asteroides Amor, sendo que 1.391 são numerados, 83 são nomeados e 145 são designados como asteroides potencialmente perigosos, como os 2061 Anza, 3122 Florence, 3908 Nyx e 3671 Dionysus.
Os asteroides Atira, nomeado por conta do 163693 Atira, são objetos internos e que nunca cruzam a órbita da Terra. Existem 32 Atiras conhecidos, dos quais dois são nomeados, nove têm uma designação numérica e sete são perigosos.
Os Atiras não são ameaças imediatas de impacto, mas suas órbitas podem ser perturbadas por Mercúrio ou Vênus, podendo cruzar a órbita da Terra no futuro.
A maioria dos asteroides Atira originou-se no cinturão de asteroides e foi levada às suas localizações atuais por perturbações gravitacionais ou até mesmo pelo efeito Yarkovsky (empurrados pela luz do sol).
Os asteroides Atenas seguem órbitas internas à da Terra e eventualmente ultrapassam. O grupo recebe este nome em homenagem ao 2062 Aten, o primeiro de seu tipo. Há 2.860 Atenas, sendo que 266 são numerados, 14 são nomeados e 191 são classificados como asteroides potencialmente perigosos.
Os asteroides Apolo orbitam além da Terra e, eventualmente, cruzam a órbita. Recebem esse nome por causa do 1862 Apolo, o primeiro descoberto. Existem 20.412 asteroides Apolo, dos quais 1.628 são numerados, 79 são nomeados, e 2.104 são identificados como asteroides potencialmente perigosos. O asteroide que explodiu sobre a cidade de Chelyabinsk na região dos Urais do sul da Rússia em 15 de fevereiro de 2013, ferindo cerca de 1.500 pessoas com estilhaços de vidros quebrados, era um asteroide da classe Apolo, provavelmente.
O Brasil é o único país continental que negligencia a área espacial, investindo muito pouco do PIB, é preciso repensar essa política de Estado…
Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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ARTIGO
Nada sobre Nós sem Nós: a construção da sociedade inclusiva
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva é um desafio que exige a superação de barreiras de diferentes naturezas, com especial atenção àquelas atitudinais. Essa transformação só será possível por meio de políticas públicas eficazes, moldadas por movimentos sociais fortes e participativos, bem como pela adesão de indivíduos de todos os segmentos sociais.
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva exige a eliminação ou a equalização de barreiras que historicamente marginalizam diferentes grupos populacionais. Esse processo não se limita às pessoas com deficiência, mas abrange todos os segmentos sociais que, por razões culturais, econômicas ou estruturais, encontram-se em situação de subjugação nas relações de poder.
São esses grupos minorizados que enfrentam barreiras à sua plena inclusão social, desde obstáculos físicos e institucionais até barreiras mais sutis e insidiosas, como as atitudinais. Estas, em particular, manifestam-se em preconceitos, discriminações e no capacitismo, que perpetuam a exclusão e dificultam a participação igualitária desses indivíduos na sociedade. Nesse sentido, superar tais barreiras é uma condição indispensável para a construção de um ambiente verdadeiramente justo e democrático.
As barreiras estruturais, sejam elas físicas, comunicacionais, institucionais ou culturais, precisam ser enfrentadas de forma abrangente. Para isso, as políticas públicas desempenham um papel essencial, uma vez que são os instrumentos por meio dos quais a sociedade pode promover transformações concretas em suas bases estruturais. No entanto, essas políticas são, em grande medida, moldadas pelas práticas e demandas dos indivíduos e coletividades em seu cotidiano.
É nesse ponto que o associativismo se torna uma ferramenta fundamental. A união de indivíduos que compartilham experiências de exclusão ou que são solidários à luta por igualdade pode potencializar a influência sobre as decisões políticas. Associações e movimentos sociais são espaços de articulação e resistência, nos quais vozes plurais se fortalecem para exigir mudanças efetivas. Essa dinâmica de participação não apenas fortalece a democracia, mas também assegura que as políticas públicas reflitam as reais necessidades e demandas da população.
Entre todas as barreiras enfrentadas, a atitudinal é a mais difícil de se superar, pois está enraizada em preconceitos culturais e sociais profundos. Ela se manifesta em atitudes discriminatórias, estigmas e na falta de empatia para com aqueles que são percebidos como “diferentes”. A superação dessa barreira requer um esforço coletivo e educativo que promova a conscientização e o respeito à diversidade. Educação Inclusiva, campanhas de sensibilização e o incentivo à convivência são caminhos eficazes para desconstruir preconceitos. Além disso, a valorização das contribuições únicas de cada indivíduo para a sociedade deve ser central no discurso inclusivo, garantindo que a diversidade seja percebida como uma riqueza e não como um obstáculo.
É por isso que o slogan “Nada sobre Nós sem Nós” sintetiza a essência de uma sociedade inclusiva. Ele reforça a necessidade de que as pessoas diretamente afetadas por barreiras sociais estejam no centro das discussões e das tomadas de decisão que impactam suas vidas. No entanto, esse princípio não deve ser interpretado como uma exclusão de outros grupos solidários à causa. Pelo contrário, a construção de uma sociedade inclusiva é uma responsabilidade coletiva, que demanda a participação de todos os setores sociais.
Quando indivíduos de diferentes grupos minorizados unem-se em prol de objetivos comuns, criam-se condições para uma transformação estrutural mais ampla e significativa. A participação plural confere legitimidade às ações inclusivas e promove a solidariedade entre diferentes segmentos da população.
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva é um desafio que exige a superação de barreiras de diferentes naturezas, com especial atenção àquelas atitudinais. Essa transformação só será possível por meio de políticas públicas eficazes, moldadas por movimentos sociais fortes e participativos, bem como pela adesão de indivíduos de todos os segmentos sociais.
Ao adotar o princípio de “Nada sobre Nós sem Nós” como guia, a sociedade pode assegurar que as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas. Somente assim é possível construir um futuro em que a igualdade, a justiça e a inclusão sejam os alicerces de uma convivência verdadeiramente humana e solidária.
André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.
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