Boas Práticas na Secagem e Armazenamento do Trigo São Cruciais para Manutenção da Qualidade

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A qualidade do trigo colhido depende de uma série de cuidados que começam já na colheita e se estendem até o armazenamento, como explica Bruna Rohrig, engenheira agrônoma e doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo Bruna, o teor de umidade ideal para armazenagem do grão é de 13%. Para atingir esse patamar, os grãos colhidos com umidade superior devem passar por um processo de limpeza e secagem artificial.

Esse processo de secagem envolve a exposição dos grãos a um fluxo de ar quente, com temperatura entre 40°C e 60°C, dependendo do tipo de secador e do teor inicial de umidade do trigo. A especialista destaca que o controle preciso da temperatura durante a secagem é essencial para preservar a integridade e a qualidade do grão, que tem seu valor comercial baseado no peso hectolitro e na ausência de danos.

Condições Ambientais no Armazenamento: Fatores Cruciais

Após a secagem, o trigo armazenado está sujeito a condições ambientais que podem impactar diretamente sua conservação. Bruna explica que três fatores devem ser cuidadosamente controlados:

  • Umidade Relativa do Ar: Para evitar perdas de qualidade, é fundamental que a umidade do ar esteja equilibrada. Em temperaturas de 22°C, grãos com 12-13% de umidade equilibram-se quando a umidade relativa do ar está entre 50% e 60%.
  • Temperatura: Em regiões temperadas, o ideal é manter os grãos resfriados a 8°C. Já em regiões subtropicais, temperaturas entre 12°C e 15°C são recomendadas para preservar a qualidade do trigo.
  • Danos Mecânicos e Controle de Pragas: Danos causados por colheita e secagem inadequadas podem comprometer os grãos, tornando-os mais suscetíveis ao ataque de microrganismos. Além disso, insetos e roedores podem danificar o trigo, consumindo matéria seca e diminuindo o peso final do produto.
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Qualidade e Valor Comercial do Trigo: A Importância do Manejo Adequado

A qualidade do trigo colhido está diretamente ligada ao planejamento, à colheita e ao beneficiamento, ressaltando Bruna. Ela explica que, embora perdas durante a pré-colheita e a colheita sejam inevitáveis, a adoção de boas práticas pode minimizar consideravelmente esses desperdícios.

Ademais, a especialista enfatiza que o valor comercial do trigo está intimamente relacionado à qualidade do grão. “Cuidados no manejo, desde o campo até o armazenamento, são fundamentais para garantir a conservação do produto e assegurar uma remuneração justa ao produtor”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi

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A produção de etanol de milho no Brasil deverá crescer significativamente nos próximos anos, quase dobrando até alcançar cerca de 16 bilhões de litros anuais até 2032. A projeção foi divulgada pelo banco de investimentos Citi em uma nota publicada nesta terça-feira, que destaca a rápida expansão desse setor no país.

Segundo o Citi, o Brasil produziu aproximadamente 6,3 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24, com expectativa de aumento para 9,5 bilhões de litros durante a temporada atual. No ano passado, 22 usinas de etanol de milho estavam em operação no país, mas 12 novas unidades estão em construção e outras nove receberam aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para iniciar suas obras.

O Citi ressalta que o etanol de milho oferece vantagens logísticas em relação à cana-de-açúcar. O milho possui um tempo de armazenamento mais longo e custos de transporte mais baixos, o que permite a produção de etanol em áreas mais remotas, ampliando a flexibilidade do setor.

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Além disso, o banco observou que o milho pode desempenhar um papel importante no equilíbrio do mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta estável, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol na região Centro-Sul do país deve atingir um recorde histórico na temporada 2024/25, mesmo com a previsão de queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho ajudando a manter o abastecimento para a produção do biocombustível.

Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que a produção de etanol de milho nesta temporada superaria as estimativas em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para aproximadamente 8,2 bilhões de litros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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