Bolsonaro lamenta eleição de Castillo para a presidência do Peru

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O presidente Jair Bolsonaro falou nesta quarta-feira (9) sobre a provável vitória do professor Pedro Castillo nas eleições para a presidência do Peru. Em discurso durante um culto evangélico, em Anápolis (GO), Bolsonaro lamentou a eleição do candidato de esquerda. O resultado oficial, no entanto, ainda não foi divulgado pelo Juri Nacional de Eleições do país vizinho porque falta apurar menos de 1% dos votos.  

“Perdemos agora o Peru. Voltou, pelo que tudo indica, falta 1% de apuração lá, só um milagre pra reverter, vai reassumir lá um cara do Foro de São Paulo [organização de esquerda]”, afirmou o presidente a fiéis da igreja Church in Connection. Se confirmada a vitória de Castillo, será a primeira vez que o Peru será presidido por um governo de esquerda. 

No final da manhã desta quarta, com mais de 99% das urnas apuradas, Castillo liderava com 50,19% dos votos, enquanto sua adversária, a direitista Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, tinha 49,80%, uma diferença de aproximadamente 0,4 ponto percentual, segundo dados oficiais do Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru.

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Bolsonaro também comentou a situação de outros países vizinhos, como Argentina e Venezuela, que são administrados por governantes de esquerda. “Olha para onde foi a nossa Venezuela, quando se começou a acreditar nas coisas fáceis. Um país riquíssimo, como a Venezuela, em petróleo e ouro. Olha para onde eles foram, tendo em vista a ideologia que seguiram. Olha pra onde está indo a nossa Argentina. Só um milagre para salvar a Argentina”.

Tratamento precoce

Em outro momento de seu discurso, o presidente voltou a defender o tratamento precoce, como medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, para a covid-19. Segundo ele, haveria supernotificação de casos no país. “Se nós retirarmos as possíveis fraudes, teremos, em 2020, o nosso país, o  Brasil, como aquele de menor número de mortos por milhão de habitantes por causa covid. Que milagre é esse? O tratamento precoce. Quem aqui tomou hidroxicloroquina, levanta o braço, por favor?. Querem prova maior? Eu tomei hidroxicloroquina. Outros tomaram ivermectina”, afirmou.

Edição: Claudia Felczak

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POLÍTICA NACIONAL

Governo cria força-tarefa para destravar demarcações de terras

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na tarde desta quinta-feira (25), no Palácio do Planalto, um grupo de 40 lideranças indígenas de todas as regiões do país que participam da 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil.  

A reunião ocorreu após a realização de mais uma marcha, que reuniu milhares de indígenas. Eles percorreram, em caminhada, toda a área central da cidade até a Praça dos Três Poderes.

Em resposta à principal reivindicação do grupo, foi anunciada a criação de uma força-tarefa governamental para tentar destravar processos de demarcação de terras pendentes de homologação presidencial. A prioridade são quatro áreas. Havia expectativa que essas homologações tivessem sido assinadas na semana passada pelo presidente, mas o governo suspendeu a decisão por problemas de ocupação não-indígena em algumas dessas terras.  

As terras pendentes têm longo histórico de disputa pela demarcação. São elas: Morro dos Cavalos e Toldo Imbu, em Santa Catarina, Potiguara de Monte-Mor, na Paraíba, e Xukuru Kariri, em Alagoas.

“São problemas políticos que também precisam ser enfrentados. Não se pode assinar as homologações desconsiderando toda a ocupação não-indígena que há hoje dentro desse território”, afirmou a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. A força-tarefa será coordenada pela ministra, juntamente com a Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, a Advocacia Geral da União (AGU), além da própria Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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Segundo o governo, os processos das duas áreas em Santa Catarina foram travados em decorrência de uma decisão desta semana, do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou conciliação em ações que tentam aplicar a tese do marco temporal. 

Já as áreas na Paraíba e Alagoas registram a presença de pequenos agricultores e o governo espera obter uma solução para o reassentamento dessas famílias antes de prosseguir com a demarcação.

“A nosso ver, não há nenhum impedimento legal. O que há é um impedimento político, que esperamos que seja sanado, com essa força-tarefa, que é uma cobrança do movimento indígena, inclusive, para que se consiga, de fato, destravar as demarcações de terras. Não só das quatro terras, não só das 25 terras com portarias declaratórias [já assinadas], mas, sim, para que, de uma vez por todas, consigamos superar a política de demarcação de terras indígenas no país”, afirmou Dinamam Tuxá, um dos coordenadores-executivos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

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Em postagem nas redes sociais após se reunir com as lideranças indígenas, o presidente Lula destacou o papel da ministra Sônia Guajajara e da presidente da Funai, Joênia Wapichana, duas mulheres indígenas nos principais postos da política indigenista do país. 

“Sabíamos que não seria fácil reconstruir a política indigenista, sobretudo uma política feita por e para povos indígenas. Estou satisfeito com o trabalho feito até aqui e com a certeza de que vamos trabalhar ainda mais. Eu tenho o dever moral e o compromisso de vida de fazer aquilo que for possível, e até o que for impossível, para minimizar o sofrimento dos povos indígenas e garantir seus direitos”, escreveu o presidente.

O 20º ATL prossegue até esta sexta-feira (26), com uma série de programações culturais e políticas. Ao todo, cerca de 10 mil indígenas estão na capital do país para o evento anual, considerado o maior já realizado desde então.

Fonte: EBC Política Nacional

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