Brasil
Bolsonaro participa da formatura de cadetes do Exército na Aman

O presidente Jair Bolsonaro participa neste sábado (27) às 11h, em Resende, sul do estado, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) da formatura de 391 cadetes do 4º ano da Turma Dona Rosa da Fonseca, onde receberão a Espada de Oficial, durante a tradicional solenidade do Aspirantado. Esta será a primeira vez, em 210 anos, que serão formadas também as Aspirantes a Oficial, num total de 23 mulheres.
Dos 391 cadetes que estão se formando, 368 são do sexo masculino e 23 do feminino. Entre os homens, 135 são de Infantaria; 60 de Cavalaria; 53 de Artilharia; 40 de Engenharia; 31 de Intendência; 28 de Comunicações; 14 de Material Bélico. As mulheres são: 13 da Intendência e 10 do Material Bélico. Eles são oriundos das cinco regiões do Brasil: Sudeste (221); Sul (85); Nordeste (35); Centro-Oeste (21); Norte (22). Destes, sete são pertencentes às Nações Amigas, sendo: um da Guiana, um do Paraguai; dois do Senegal, um do Timor Leste e outros dois do Vietnã.
Solenidade
Na primeira parte da cerimônia, os cadetes entram no pátio para restituição do Espadim, que receberam quando cadetes do 1º ano, em 2018. Em um segundo momento, às11h, será a vez da declaração dos novos aspirantes com a entrega da espada de oficial, símbolo dos princípios e valores, como responsabilidade, competência, o respeito e amor à Pátria. Será quando o cadete João Pedro Castro Brum Silva Gomes, 1⁰ colocado geral da turma, vai receber a espada das mãos do presidente Jair Bolsonaro.
Sobre a Turma
Dona Rosa da Fonseca é o Patrono da Família Militar. Nascida em 18 de setembro de 1802, na então Cidade de Alagoas, capital da província de mesmo nome, atual município de Marechal Deodoro, casou-se com o Major do Exército Imperial Manoel Mendes da Fonseca, valoroso militar e grande monarquista. Mulher de caráter varonil, sempre o apoiou em suas resoluções e o acompanhou. É reconhecida como exemplo de valores a serem seguidos pela família militar.
Restrições
Devido à pandemia de covid-19, o evento contará, mais uma vez, com a presença restrita de convidados, autoridades civis e militares. Além disso, o tradicional Baile de Gala do Aspirantado não será realizado nos moldes tradicionais. Aos convidados, foi recomendado o uso de máscaras. Para evitar aglomeração, o público será dividido por setores.
Edição: Maria Claudia


POLÍTICA NACIONAL
Projeto prevê salvaguardas à população afetada e ao meio ambiente para instalação de usinas eólicas e solares

O Projeto de Lei 4386/24 prevê uma série de salvaguardas para a instalação de usinas eólicas e solares, com o objetivo de resguardar as populações afetadas e o meio ambiente. O texto também prevê medidas para proteger os proprietários de terras arrendadas pelas usinas solares e eólicas.
Conforme a proposta, os contratos de arrendamento de imóvel para instalação das usinas terão duração de 20 anos e serão regidos pelo Código Civil. O projeto prevê ainda:
- a renovação contratual dependerá da expressa anuência do proprietário do imóvel rural;
- a revisão do contrato poderá ser feita quando constatada a violação dos princípios da boa-fé;
- o contrato deve garantir o direito à indenização e ao cancelamento quando a operação da usina provocar acidentes, incluindo ambientais;
- é vedada a utilização de cláusulas que contenham exigências referentes a sigilo (salvo as informações que comprometam a operação do empreendimento);
- também não será permitida a cobrança pela prestação de assessoria jurídica pela parte contratante e a prorrogação automática do contrato.
Excessos
O deputado Fernando Mineiro (PT-RN), autor do projeto, afirma que o objetivo é combater excessos cometidos pelas usinas eólicas e solares contra os pequenos proprietários das terras onde os empreendimentos são instalados.
Segundo ele, são frequentes as denúncias de abuso por parte dos empreendedores, como exigência de confidencialidade contratual, contratos por até 50 anos com prorrogação automática, e baixos alugueis pagos aos pequenos proprietários das terras.
“O caráter de irretratabilidade e irrevogabilidade dos contratos impede ainda que os proprietários desistam do negócio antes do término da vigência contratual sem que para isso sejam onerados de forma desproporcional”, disse Mineiro.
Meio ambiente
Em relação ao meio ambiente, o PL 4386/24 prevê salvaguardas como a proibição de usinas solares e eólicas em áreas de reserva legal e outras áreas protegidas. O texto determina ainda:
- na definição do local do empreendimento, será considerado o menor impacto com uso da cartografia social, zoneamento ecológico-econômico e outros estudos recomendados pela comunidade impactada;
- será garantida a consulta pública prévia aos estudos de licenciamento e das ações de mitigação de impactos causados pelo empreendimento;
- novas consultas poderão ser feitas se houver incremento nos impactos negativos inicialmente identificados;
- será exigida a apresentação do estudo e do relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) para os empreendimentos com potência conjunta acima de 3 megawatts (MW); e
- o EIA e o Plano Básico Ambiental (PBA) deverão prever o plano de descomissionamento da usina e a recuperação das áreas degradadas.
Outorga das usinas
O texto contém ainda salvaguardas para a outorga, como exigência de publicação prévia do despacho de registro de recebimento de outorga (DRO) das usinas solares, termelétricas e eólicas com potência conjunta superior a 3 MW.
O DRO é um documento em que o proprietário da usina solicita informação sobre acesso à rede elétrica e licenças dos órgãos ambientais.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Minas e Energia; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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