Câmara aprova isenção do pagamento de crédito para agricultores gaúchos

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta o Projeto de Lei 1536/2024, dos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), os deputados federais Zucco e Rodolfo Nogueira.
A proposta desobriga o pagamento das parcelas de financiamentos de custeio agropecuário subsidiados pela União, contratados no Rio Grande do Sul e com vencimento até 31 de dezembro de 2024.
Além disso, suspende por dois anos, a contar da entrada em vigor da nova norma legal, o pagamento das parcelas dos financiamentos de comercialização e de investimento rural.
De acordo com Zucco, as medidas de apoio são essenciais, especialmente em um momento delicado para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. Para o parlamentar, a solidariedade é um ponto a se destacar do povo brasileiro e do setor agropecuário, que tem se unido para mitigar os impactos socioeconômicos sobre os mais vulneráveis.
“Os produtores rurais carregam o nosso país e fazem com que o setor agropecuário seja o principal motor econômico e social da nação. A medida permitirá que os produtores sigam na atividade agropecuária, viabilizando equilíbrio econômico e de produção em âmbito nacional para oferta de produtos e abastecimento do mercado interno”, ressaltou.
Zucco reforça que o povo gaúcho tem pressa e que os produtores precisam das condições necessárias para recuperar suas vidas. “Eles precisam continuar a fazer o que mais sabem, alimentar o Brasil, o mundo e gerar emprego e renda”, afirmou.
O deputado federal Rodolfo Nogueira lembra que as lavouras foram condenadas a prejuízos irrecuperáveis, sendo que em várias localidades as águas avançaram sobre a produção armazenada, carregando máquinas e equipamentos.
“Diante de toda a calamidade, faz-se necessária a ação tempestiva do Poder Público, de forma a mitigar danos e viabilizar a retomada da atividade produtiva. Nas cidades e no campo, vidas se perderam, o sofrimento da população é enorme, mas existe um recomeço. Essa aprovação é um exemplo”, finalizou Nogueira.
A matéria agora segue para apreciação do Senado Federal.
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
Estudo Inédito Vai Desvendar o “DNA” do Queijo Minas Artesanal do Serro

Pela primeira vez, um estudo detalhado será realizado para traçar um “mapa genético” do Queijo Minas Artesanal (QMA) do Serro. A pesquisa, que tem como objetivo identificar os microrganismos presentes no produto e avaliar a saúde do rebanho leiteiro da região, é conduzida pela Emater-MG, Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
A iniciativa selecionou 32 propriedades de 10 municípios da região do Serro para participar da pesquisa, que envolverá diversas coletas de materiais até o início de abril. As amostras coletadas já estão sendo analisadas nos laboratórios das universidades parceiras.
A pesquisa irá identificar as bactérias ácido-láticas presentes no queijo, no leite, nas tábuas de maturação e no “pingo” – o fermento natural retirado do soro do queijo, essencial para o sabor único do produto. Essas bactérias benéficas desempenham um papel fundamental na fermentação e conferem as características exclusivas do Queijo Minas Artesanal do Serro. Serão analisados queijos em diferentes estágios de maturação. O objetivo é garantir a rastreabilidade do produto e evitar falsificações.
De acordo com o veterinário José Aparecido Martins da Silva, coordenador regional de Pecuária da Emater-MG, a pesquisa ajudará a entender quais microrganismos são responsáveis pelo sabor e aroma do queijo, do início ao fim do processo de maturação. “As bactérias identificadas poderão comprovar quando um queijo é genuinamente produzido na região do Serro, funcionando como uma assinatura para atestar sua autenticidade”, explica.
Além da análise microbiológica do queijo, a pesquisa também avaliará a qualidade sanitária do rebanho leiteiro. Foram coletadas amostras de leite (durante a ordenha e nos tanques de armazenamento), soro de leite, sangue dos animais e até de carrapatos. “Os exames vão detectar a presença de doenças que podem afetar a saúde do gado e comprometer a qualidade do leite, como brucelose, tuberculose, leptospirose, toxoplasmose e mastite, além de investigar a eficácia de carrapaticidas utilizados na região”, acrescenta José Aparecido.
Os resultados da pesquisa estão previstos para serem divulgados em agosto.
Queijo do Serro: Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Em dezembro de 2024, os modos tradicionais de fazer o Queijo Minas Artesanal foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O Serro é uma das dez regiões de Minas Gerais reconhecidas pela produção do QMA, com uma produção anual de aproximadamente quatro mil toneladas.
Produzido nas imediações da Serra do Espinhaço, o Queijo do Serro é caracterizado por um sabor levemente ácido, porém suave. As peças, com peso entre 700g e 1kg, têm consistência compacta, cor amarelada e interior semiduro.
A região produtora do Queijo do Serro abrange os municípios de Alvorada de Minas, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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