Câmara homenageia os 100 anos do rádio no Brasil

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Uma sessão solene em homenagem aos 100 anos do rádio no Brasil, completados em setembro, foi realizada nesta terça-feira (22) no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. A sessão foi pedida pelos deputados Acácio Favacho (MDB-AP), secretário de Comunicação Social da Câmara, e Alex Santana (Republicanos-BA), titular da Secretaria de Participação, Interação e Mídias Digitais da Casa.

Ao falar dos 100 anos do rádio no Brasil, o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente, destacou a evolução do veículo ao longo dos anos e as novidades agregadas como canais de streaming [transmissão de dados pela internet] e podcasts [conteúdos em áudio], por exemplo. Ao citar o trabalho da Rádio Nacional da Amazônia, que transmite em ondas curtas para aquela região, Valente lembrou a função social da emissora, que comparou a uma espécie de “WhatsApp da Amazônia”.

Com a comunicação via telefone ou internet ainda precária em algumas localidades da Amazônia, o presidente da EBC lembrou que muitos ouvintes mandam recados simples para parentes e amigos por meio das ondas do rádio.

“São coisas do tipo: avisa minha tia que eu estou chegando na segunda-feira. E a gente avisa. Parece alguma coisa meio antiga, mas é bem moderna, então, ondas curtas hoje ainda são super efetivas. É também uma área que a gente está fazendo investimentos porque, apesar das migrações para a FM, as ondas curtas nunca vão conseguir um substituto natural em função das restrições que se tem do espaço na Amazônia”, argumentou.

O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente, durante sessão solene da Câmara dos Deputados para marcar os 100 anos do rádio no Brasil. O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente, durante sessão solene da Câmara dos Deputados para marcar os 100 anos do rádio no Brasil.

O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente, durante sessão solene da Câmara dos Deputados para marcar os 100 anos do rádio no Brasil. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Ainda para Glen Valente, o rádio continua e sempre vai ser uma plataforma que todo mundo tem que continuar investindo porque não vai acabar. “As outras plataformas vão se somar a um instrumento mais antigo de comunicação do Brasil, que é o rádio”, acrescentou.

Evolução

Também presente à solenidade, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio de Televisão (Abert), Flávio Lara Resende, falou do privilégio de acompanhar a evolução de um veículo tão importante.

“O rádio continua investido de seu melhor papel: ser um companheiro de todas as horas, cheio de vida e vigor. O rádio está em constante renovação, sendo protagonista das mais variadas situações”, afirmou.

Dados

Na justificativa do requerimento da sessão solene, os deputados  Acácio Favacho e Alex Santana citaram uma pesquisa do Kantar Ibope Media. Ela aponta que o rádio é ouvido por 80% da população brasileira nas 13 regiões metropolitanas do país. Entre os ouvintes, três a cada cinco escutam rádio todos os dias. Ainda segundo o levantamento, os ouvintes passam em média quatro horas e 26 minutos por dia ouvindo rádio. A maior parte (80%) usa rádio comum, mas o consumo por celular já chega a 23%.

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Ainda com base em dados da pesquisa do Kantar Ibope Media, os parlamentares destacaram que, nas cidades de menor porte, o rádio se torna ainda mais importante, levando informação local onde não existem outros veículos de comunicação. O Brasil conta hoje com mais de dez mil emissoras de rádio ativas.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Redução de impostos de importação prejudica produtores, diz Pontes

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O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) criticou a decisão do governo federal de reduzir as alíquotas do imposto de importação para itens como carne, café e açúcar. Ele afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (12), que a medida pode gerar um efeito imediato nos preços, mas enfraquece a produção nacional e prejudica a competitividade dos produtores brasileiros.

— O Brasil é o maior produtor mundial de café, açúcar, carne e diversos outros produtos que agora terão alíquota zerada para importação. Qual a lógica disso? Qual o sentido de sufocar ainda mais nossos agricultores e pecuaristas, já sobrecarregados com altos custos, burocracia e insegurança jurídica? — questionou.

O senador destacou que a decisão não leva em conta as dificuldades enfrentadas pelos produtores nacionais, que já lidam com altos custos operacionais e carga tributária elevada. Para ele, a isenção do imposto amplia a dependência do mercado brasileiro em relação a produtos importados e pode impactar negativamente a geração de empregos no setor agropecuário.

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— O governo deveria investir em logística, desburocratização e incentivos à produção. Mas, em vez disso, opta por uma solução que prejudica o pequeno produtor e entrega o mercado brasileiro a concorrentes estrangeiros — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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