Opinião

Cavalo caramelo, a força vinda de um exemplo!

Tudo foi muito triste, incompreensível para acreditar, difícil de aceitar e muito complicado para pensar em um recomeço de vida pessoal, social e familiar, dado que faz parte das nossas vidas particulares e familiares os nossos pertences privados e bens imateriais bem como os nossos haveres domésticos que nos permite reverenciar, de forma viva as  nossas lembranças, memórias e tudo aquilo que dá sentido as nossas vidas em seu sentido mais pleno e que, na falta deles, as nossas vidas se esvaem no vazio da tristeza e da falta de horizonte para estabelecer um recomeço.

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Cícero Carlos Maia é professor

Este ano, nós Brasil, fomos sacudidos pela natureza como jamais o fôramos antes por uma intempérie que foi a intensidade da fúria com que o volume das águas, vinda por meio de chuvas intensas como qual, jamais havíamos visto em lugar nenhum do interior do nosso país, em especial do Estado o Rio Grande do Sul.

Tudo foi muito triste, incompreensível para acreditar, difícil de aceitar e muito complicado para pensar em um recomeço de vida pessoal, social e familiar, dado que faz parte das nossas vidas particulares e familiares os nossos pertences privados e bens imateriais bem como os nossos haveres domésticos que nos permite reverenciar, de forma viva as  nossas lembranças, memórias e tudo aquilo que dá sentido as nossas vidas em seu sentido mais pleno e que, na falta deles, as nossas vidas se esvaem no vazio da tristeza e da falta de horizonte para estabelecer um recomeço.

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Por mais que quiséssemos achar um culpado, muitas vezes o grande culpado está a milhares de quilômetros de nós, de tal sorte que não temos como lhe imputar a culpa de forma objetiva dado que vivemos em um mundo globalizado onde as consequências de ações perversas, em nome seja lá do que for, são atitudes etéreas que não há como culpar um culpado que pudesse assumir a culpa pelo ocorrido no nosso Rio Grande do Sul!

Em meio aquele verdadeiro festival de tristeza, muitos fatos e desempenhos chamaram a atenção,  em especial o vindo de um ser que nos deu o maior e melhor de todos os exemplos que foi o patrocinado pelo cavalo Caramelo, que ficou ilhado no telhado de um domicílio completamente tomada pela fúria das águas e que no alto do seu racionalismo de ser vivo, compreendeu que o melhor para ele, naquele momento, era o de se manter impávido  sem demonstrar medo, abatimento, mas se manter silenciosamente corajoso e destemido e conseguiu manter a tranquilidade na confiante certeza de que aquele infortúnio, como tudo na vida, iria passar e, quando isso acontecesse ele poderia voltar a sua vida normal e continuaria o seu quotidiano sem os estardalhaços que nós humanos, ditos racionais somos habituados a fazer em casos cujas ações não nos exigem outra atitude que não seja ter calma e nos agarrarmos aos valores que temos, por mais ralos que eles possam parecer.

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Outro fato que chamou, elogiosamente, a atenção foi a força vinda do coletivo, que dizia implícita e explicitamente, quando estamos juntos, nada nos abala.

Cícero Carlos Maia é professor – artigosbsb@gmail.com

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ARTIGO

Independência ou morte

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Carlos Nina é advogado e jornalista

São decorridos, neste setembro de 2024, 202 anos do “brado retumbante” ao qual se referiu Joaquim Osório Duque-Estrada nos versos que se consolidaram como o Hino Nacional e que estão na primeira estrofe: Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante / E o Sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Mas a imagem que nos vem à mente é a tela do pintor paraibano de Areia, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, produziu Independência ou Morte!, tela  que deveria corresponder ao grito do príncipe Pedro, às margens do Ipiranga.

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Pintura à parte, o que representou aquele rompimento de Pedro, que viria a ser o primeiro Imperador do Brasil?

É relevante para essa reflexão que se saiba que o príncipe fora instado a deixar o Brasil e ir para Portugal. Foi convencido a ficar por D. Leopoldina, então esposa de Pedro, que “via a conjuntura política com clarividência maior.” (CALÓGERAS, 1966, p. 89). Afinal, assinala o historiador, como pensamento íntimo de Pedro: “Com ele ou sem ele, o país se tornaria independente por qualquer forma”.

Daí a história do Fico, ocorrido dia 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe-regente, contrariando as ordens de Portugal, teria declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico.”

Essa história de bem de todos e felicidade geral da Nação, portanto, é antiga. E as constituições brasileiras a repetiriam em seus preâmbulos. A primeira, de 1824, não se refere explicitamente à motivação expressa na célebre declaração de Pedro, mas, ao dissolver a Assembleia Constituinte, o já Imperador, em Manifesto de 16 de novembro de 1823, anuncia o quanto está “empenhado em promover a felicidade e a tranquilidade nacional” e almeja “paz, tranquilidade e prosperidade que a Constituição afiança e assegura.”

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Sete Constituições depois (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967/1969), a de 1988 proclama a intenção dos Constituintes: “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus.”

É o que temos?

Carlos Nina é advogado e jornalista

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