Cultura

Celebrações em Goiás e Pirenópolis marcam 150 anos da morte de Veiga Valle

Além de exposições, missas e serenatas pelas ruas, será lançado o selo do sesquicentenário do artista goiano, tido como o principal escultor de arte sacra do Estado no século 19.

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Celebrações em Goiás e Pirenópolis marcam 150 anos da morte de Veiga Valle. Fotos: Karina Carvalho

Os 150 anos da morte de José Joaquim da Veiga Valle, o imortal Veiga Valle, serão lembrados com uma série de celebrações a partir do dia 9 de janeiro, quando será lançado o selo do sesquicentenário de Veiga Valle, por Achkar Petrillo, durante missa, às 9h, na Igreja São Francisco de Paula, na cidade de Goiás. Em seguida, às 10h, está programada a abertura oficial da Exposição a Céu Aberto de imagens das obras do artista, fotografadas por Paulo Rezende e curadoria de PX Silveira. A partir do dia 21, as homenagens também serão realizadas em Pirenópolis no Vale do São Patrício, cidade natal de Veiga Valle.

A iniciativa é uma realização da Venerável Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos (da qual Veiga Valle era membro), Instituto Biapó, Museu Casa de Cora Coralina e Prefeitura de Goiás, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás).

A abertura oficial da 1ª Semana Veiga Valle será em Pirenópolis, no dia 21 de janeiro, com a exibição do filme “Passos da Tradição”, de Carlos Cipriano, às 14h, no Cine Pireneus; seguido de cortejo, missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, recital e serenata pelas ruas.

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Já na cidade de Goiás, as celebrações se concentrarão de 22 a 27 de janeiro. A abertura das homenagens será na Igreja São Francisco de Paula, às 20h, com a exposição Veiga Valle, da fotógrafa Karina Carvalho. Também estão previstas visita guiada ao Museu de Arte Sacra da Boa Morte – que possui acervo considerável do artista -, missas, serenatas e uma mesa-redonda com os principais pesquisadores da obra de Veiga Valle.

Artista barroco

Nascido em 9 de setembro de 1806 no Arraial da Meia Ponte, atual Pirenópolis, Veiga Valle desenvolveu-se nas artes de forma autodidata, esculpindo, principalmente, santos. Não há registros sobre quantas obras o artista criou ao longo da vida, pois a visibilidade de seu trabalho começou por volta de 1830, quando uma de suas esculturas do Divino Pai Eterno ficou famosa entre devotos. Inclusive, é de sua autoria a obra que fica no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO).

Em 1841, Veiga Valle se muda para a cidade de Goiás e passa a trabalhar na douração dos altares da Igreja Matriz, dedicando-se, em seguida, às esculturas sacras. O artista faleceu em 24 de janeiro de 1874, mas a notoriedade de fato de suas obras veio décadas depois, quando passaram a ser feitas catalogações e exposições, inclusive no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

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Veiga Valle é considerado o principal artista barroco goiano e principal artista sacro de Goiás, sendo citado por muitos como o “genial santeiro goiano”, o Aleijadinho goiano e o Fra Angelico brasileiro, conforme registra Fernando Martins dos Santos em sua dissertação de mestrado, sobre o artista.

Além de mais de 200 obras presentes no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na cidade de Goiás, seus trabalhos estão espalhadas entre colecionadores e familiares de devotos que as adquiriram na época em que Veiga Valle as comercializava.

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Cultura

Abertas inscrições para Conferência Goiás de Preservação Audiovisual

Evento é gratuito e será realizado em setembro, na Vila Cultural Cora Coralina, com a participação de cineastas e pesquisadores convidados de Goiás, Distrito Federal, Ceará e Rio de Janeiro.

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Palestrante Joice Scavone. Foto: Divulgação

A 1ª Conferência Goiás de Preservação Audiovisual será realizada na Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), nos dias 11 e 12 de setembro, na Sala Multimídias João Bennio – com capacidade para 50 pessoas. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas já podem ser feitas pelo link https://abre.go.gov.br/eeb5bd0.

Com o objetivo principal de debater a importância da preservação de filmes e obras em vídeo que fazem parte do patrimônio cultural do estado de Goiás, o projeto conta com apoio financeiro da Lei Federal Paulo Gustavo, operacionalizada pelo Governo de Goiás, via Secult Goiás, e pelo município de Goiânia.

Serão dois dias de programação, nos quais o público terá acesso a filmes dos anos 2000 que passaram pelo processo de digitalização, como “Watáu”, de Débora Torres; “Espreita”, de Eládio Garcia; “Anjo Alecrim”, de Viviane Louise; e o “O Filme que nunca existiu”, de Sérgio Valério.

Além destas obras e seus diretores, também foram convidados profissionais, estudiosos e técnicos em preservação audiovisual de vários estados brasileiros, que falarão sobre preservação do patrimônio audiovisual nacional, incluindo os diversos suportes de preservação e a necessidade e possibilidade de formação de profissionais habilitados para este trabalho. Realizadores, produtores, diretores, docentes e pesquisadores também estarão presentes, para compartilhar conhecimentos e experiências sobre o tema.

As mesas e debates tratarão conteúdos tanto no plano teórico quanto no plano técnico. Um dos organizadores da conferência e integrante da Comissão Científica do evento, Lucas dos Reis comenta que a expectativa é que nesta 1ª edição, se inicie debate em torno da temática que dá nome à iniciativa e que seja promovida a preservação dos documentos e da memória goiana. “A preservação audiovisual é fundamental para conservar a memória e a cultura de um estado. Para pensar a produção fílmica do estado de Goiás e compreender melhor os modos de vida que deram origem ao que somos hoje, manter os filmes circulando é fundamental. Dessa maneira, surge a Conferência Goiás de Preservação Audiovisual”, reforça.

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Uma parte da Conferência também será reservada para uma reunião da Rede Universitária de Acervos Audiovisuais – RUAAv, um espaço de troca e discussão sobre preservação audiovisual no âmbito das universidades, particularmente dos cursos de cinema, artes e comunicação.

Palestrantes de GO, DF, CE e RJ

Os palestrantes são profissionais e estudiosos como:

Pedro Augusto Diniz, cineasta documentarista, professor de cinema do IFG e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás;

Lucius Fabius Ben Jah Jacob Gomes, historiador que em seu doutorado pesquisa a história urbana e cotidiana da periferia de Goiânia;

Joice Scavone, doutora em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora na Universidade de Fortaleza, que já foi consultora do Brazilian Film and Video Preservation Project;

Fábio Vellozo, que é pesquisador, documentarista e preservador audiovisual, formado em Engenharia Química pela UFRJ, e ex-Coordenador de Pesquisa e Documentação da Cinemateca do MAM-RJ;

Rafael de Luna Freire, professor e coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da UFF;

Pablo Gonçalo, professor da UnB e autor de livros sobre a história dos roteiros no cinema.

Comissão organizadora

Geórgia Cynara, além de jornalista, Geórgia é pós-doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). A professora e pesquisadora integra o Conselho Deliberativo (2023-2025) da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), tendo sido uma das coordenadoras (2020-2022) do Seminário Temático Estilo e Som no Audiovisual da mesma entidade;

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Lucas dos Reis Tiago Pereira é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense e graduado em Cinema – Licenciatura pela mesma instituição. Atualmente é membro do coletivo Aeroplano de educação audiovisual. Foi tutor do curso de Cinema – Licenciatura entre 2019-2021 e professor de História do Cinema Brasileiro no COART/UERJ, além de ter atuado como professor na Escola SESC de Ensino Médio nas disciplinas de Cineclube e Produção Fílmica;

Heloísa Esser dos Reis é arquivista graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestra em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). Diretora da Arquiviva – Gestão, Cultura e Arquivo, consultora para arquivos públicos e privados. Presidenta da Associação de Arquivologia do Estado de Goiás. Participa do FNArq e do FEDPCB;

Zenia Souza e Silva, acadêmica de Arquivologia pela Uniasselvi. Atua como primeira secretária na Associação de Arquivologia de Goiás e colabora com o Arquivo Lésbico Brasileiro.

Serviço:

Conferência Goiás de Preservação Audiovisual

Data: Quarta e quinta-feira (11 e 12/09/2024)

Horários:

11/09 – das 18h30 às 22h

12/09 – das 8h30 às 19h

Local: Vila Cultural Cora Coralina – Auditório João Bennio (Rua 23 c/ Rua 03, Quadra 67, Setor Central)

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