Ciro Gomes defende federalizar a segurança pública

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O candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu a federalização da segurança pública como forma de combater a violência nos estados. Segundo ele, é preciso enviar os chefes de facções a presídios federais e controlar o acesso deles à comunicação externa, inclusive com seus advogados. Ciro participou de sabatina com o comunicador Ratinho, no SBT, nesta segunda-feira (19).

“Hoje as periferias do Brasil não estão mais sob controle do Estado brasileiro nem das nossas autoridades. Quem dá as cartas são as facções. Isso aconteceu nos últimos 25 anos. E o pior é que nesse período em que explodiu a violência e o terror, o Orçamento da União para a segurança pública não variou de R$ 0,30 a cada R$ 100”, contextualizou Ciro.

Segundo o candidato, a solução passa pela federalização do combate à violência, tirando das mãos das polícias locais o enfrentamento direto, até como forma de proteger esses policiais, muitos vivendo em áreas conflagradas. “Eu vou federalizar o combate ao crime organizado. Eu aprendi que a polícia local não consegue resolver isso porque o policial é trabalhador, ele e a família moram na periferia. Ou ele tem um pacto de não agressão com a facção criminosa, ou o terror vai tomar conta”, disse Ciro.

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Para o candidato, o principal investimento deve ser em novas tecnologias, que já estão disponíveis, com a utilização de algorítimos de combate ao crime organizado. Além disso, ele propõe rever a relação entre o criminoso e seu advogado.

“Inteligência policial, reconhecimento facial, siga o rastro do dinheiro, muda a legislação para expropriar o patrimônio no ponto da lavagem de dinheiro. E aí prender cirurgicamente o chefe. Leva para presídio federal, muda a legislação, proíbe a comunicação com sua base, mesmo com os advogados. Não pode deixar estabelecer comunicação confidencial”, disse Ciro.

Mais cedo, Ciro teve encontro, também em São Paulo, com integrantes da Associação Brasileira de Fintechs e Zetta, que congrega bancos digitais, e defendeu uma reformulação no sistema tributário.
“O país precisa se refundar. Nós precisamos fazer uma reforma estrutural das contas públicas, diminuir a tributação, simplificá-la sobre os produtores e a classe média e aumentar a tributação sobre os super-ricos”, sustentou o candidato.

Segundo Ciro, com essa mudança tributária, haverá dinheiro para erradicar a pobreza, criando um programa de renda mínima que garanta, em média, R$ 1 mil por família, além de refinanciar todas as dívidas das famílias e das empresas, de maneira a retomar 60% a 70% da capacidade de investimento e de consumo da sociedade.

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O candidato ainda se encontrou com membros do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e se comprometeu em defender princípios pregados pela categoria no setor.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Redução de impostos de importação prejudica produtores, diz Pontes

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O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) criticou a decisão do governo federal de reduzir as alíquotas do imposto de importação para itens como carne, café e açúcar. Ele afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (12), que a medida pode gerar um efeito imediato nos preços, mas enfraquece a produção nacional e prejudica a competitividade dos produtores brasileiros.

— O Brasil é o maior produtor mundial de café, açúcar, carne e diversos outros produtos que agora terão alíquota zerada para importação. Qual a lógica disso? Qual o sentido de sufocar ainda mais nossos agricultores e pecuaristas, já sobrecarregados com altos custos, burocracia e insegurança jurídica? — questionou.

O senador destacou que a decisão não leva em conta as dificuldades enfrentadas pelos produtores nacionais, que já lidam com altos custos operacionais e carga tributária elevada. Para ele, a isenção do imposto amplia a dependência do mercado brasileiro em relação a produtos importados e pode impactar negativamente a geração de empregos no setor agropecuário.

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— O governo deveria investir em logística, desburocratização e incentivos à produção. Mas, em vez disso, opta por uma solução que prejudica o pequeno produtor e entrega o mercado brasileiro a concorrentes estrangeiros — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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