Conheça estratégias e desafios da vigilância para intoxicações por pomadas capilares

Evento que discutiu os desafios e as estratégias de vigilância relacionadas às intoxicações provocadas pelo uso de pomadas capilares destacou a importância da notificação de eventos adversos e as medidas regulatórias adotadas para garantir a segurança da população, especialmente durante o Carnaval. Com a participação do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre profissionais de saúde e público em geral. O seminário ocorreu nesta terça-feira (25) e foi promovido pela Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (RENAVEH) e pela Rede CIEVS.
Durante a apresentação, Daniel Marques Mota, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Gerência de Hemo e Biovigilância Pós-Uso de Alimentos, Cosméticos e Produtos Saneantes da Anvisa, explicou o funcionamento do NotVisa, plataforma de notificação voltada para profissionais de saúde. “Para notificar um evento adverso relacionado a cosméticos, é essencial registrar corretamente os dados, como número de lote, validade e nome do produto. Essas informações são fundamentais para que a Anvisa possa agir de forma rápida e eficiente”, destacou. Ele também reforçou que, no caso de pomadas capilares, as notificações devem ser feitas utilizando o código de agente tóxico número 8, referente a cosméticos e produtos de higiene pessoal.
Estatísticas
Dados apresentados durante o evento revelaram que, entre os anos de 2023 e 2024, foram registrados 3.110 casos de intoxicação exógena associados ao uso de pomadas modeladoras para trançar ou modelar os cabelos. Em 2023, 94,6% foram corretamente classificadas como relacionadas a cosméticos, mas ainda foram identificados erros de categorização, com 68 notificações registradas em categorias incorretas, como agrotóxicos e produtos químicos industriais. Em 2025, foram registrados 167 casos de intoxicações exógenas Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), ocorridos entre os dias 1º e 10 de fevereiro e, com a aproximação do Carnaval de 2025, evidencia-se a necessidade de intensificar as ações de Vigilância em Saúde.
Lucas Sanglard, consultor técnico do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), ressaltou o impacto dessas falhas na vigilância sanitária e na vigilância em saúde das populações expostas a contaminantes e substâncias químicas. “A correta notificação é essencial para que possamos tomar decisões baseadas em evidências e proteger a saúde da população. Cada notificação bem preenchida contribui para ações regulatórias mais ágeis e efetivas”, afirmou.
Parceria
As ações do Ministério da Saúde em parceria com a Anvisa foram destacadas durante o evento como fundamentais para enfrentar o problema. Entre as medidas adotadas estão a atualização constante da lista de pomadas capilares autorizadas, o monitoramento contínuo de eventos adversos por meio da Cosmetovigilância e a realização de análises laboratoriais para avaliação da segurança dos produtos. Além disso, foram intensificadas as ações de fiscalização sanitária, o cancelamento da autorização de produtos irregulares e a edição de normativas para reforçar o controle desses cosméticos no mercado.
Durante o encontro Lucas Sanglard também reforçou a importância da colaboração entre os órgãos de vigilância e a sociedade na identificação e notificação de problemas relacionados ao uso de pomadas modeladoras. “O trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, a Anvisa e os profissionais de saúde é essencial para garantir a segurança dos produtos disponíveis no mercado. Apenas com vigilância ativa e notificação precisa podemos proteger a população de riscos desnecessários”, concluiu.
Dicas para um penteado seguro durante o Carnaval
O Ministério da Saúde orienta sobre cuidados ao usar produtos para cabelos no Carnaval. É importante escolher produtos autorizados pela Anvisa, ler o rótulo e seguir as instruções do fabricante, além de evitar o uso excessivo. Deve-se proteger os olhos e áreas irritadas da pele e, ao remover o produto, inclinar a cabeça para trás. Caso o produto entre em contato com os olhos, lave-os com água corrente por pelo menos 15 minutos.
Os sintomas de intoxicação por pomadas incluem coceira nos olhos, vermelhidão, irritação, ardência e inchaço, podendo levar a visão turva em casos graves. Caso esses sintomas apareçam, é importante procurar assistência médica e notificar as autoridades sanitárias. Para notificar um produto irregular, guarde o produto com informações como marca e lote para investigação.
A notificação pode ser feita por cidadãos, empresas ou profissionais de saúde pelos canais e-Notivisa e LimeSurvey. Profissionais de saúde devem registrar a intoxicação no SINAN para monitoramento e controle.
Confira a lista de pomadas autorizadas pela Anvisa
João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


SAÚDE
“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha.
Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro.
A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita.
A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali.
Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar.
“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP).
A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou.
O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou.
Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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