Conheça os oito principais sintomas da dengue e os critérios para alta médica

Identificar precocemente os sintomas da dengue e compreender os critérios para alta médica são passos essenciais para garantir o tratamento adequado e prevenir complicações. O Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização da população sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti em domicílios e a busca por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas. A participação da comunidade é essencial, pois cerca de 75% dos focos da dengue estão nos domicílios. Nesse cenário, a rede de assistência do SUS está preparada para receber aquelas pessoas com sinais de infecção por dengue e outras arboviroses.
De acordo com o manual Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico – Adulto e Criança, do Ministério da Saúde, os principais sintomas da dengue incluem:
- Febre alta (39°C a 40°C) de início súbito
- Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos (dor retro-orbitária)
- Dores musculares (mialgia) e/ou articulares (artralgia)
- Prostração, caracterizada por cansaço extremo.
- Náuseas e vômitos
- Manchas vermelhas na pele (exantema)
- Dor abdominal intensa e contínua
- Sangramentos de mucosas, como nas gengivas ou nariz
Nem todo caso de dengue necessita de hospitalização. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar esse desfecho, mas é importante que a população esteja informada sobre os sintomas da doença. Dor abdominal persistente, vômitos frequentes e sangramentos intensos, caracterizam-se como sinais de alerta e podem indicar a progressão para formas graves da doença. Outros sinais de alarme incluem letargia e/ou irritabilidade, perda de força muscular e queda de pressão ao levantar-se da posição sentada ou deitada.
Diante disso, o Ministério da Saúde reitera à população, aos gestores e profissionais do SUS quando e porque as pessoas podem ser hospitalizadas, além de quantos dias pode durar um quadro da doença. A infecção por dengue dura em média 7 dias e casos que requerem internação são aqueles que apresentam sinais de gravidade.
Rivaldo Venâncio, especialista em medicina tropical e secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, reitera que a dengue exige vigilância constante e manejo clínico cuidadoso. “Identificar os sintomas e compreender os sinais de alerta são passos cruciais para salvar vidas e evitar complicações. O acompanhamento pós-alta é indispensável para garantir a recuperação do paciente”, explica.
Quando é possível dar alta ao paciente com dengue?
Pelos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, um paciente com dengue pode ser liberado do hospital quando:
- Apresentar estabilização hemodinâmica mantida por 48 horas
- Estiver sem febre por pelo menos 24 horas
- Demonstrar melhora visível do quadro clínico, com recuperação do apetite e do estado geral
- Exibir hematócrito estável e dentro dos valores normais por 24 horas
- Mostrar contagem de plaquetas em elevação
Após a alta, é fundamental que o paciente realize acompanhamento clínico e laboratorial conforme orientações médicas.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


SAÚDE
“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha.
Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro.
A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita.
A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali.
Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar.
“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP).
A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou.
O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou.
Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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