Consumo de maconha altera sistema de recompensa

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A Universidade de Michigan (EUA) realizou estudo com consumidores de maconha e chegou a seguinte conclusão: o uso da droga altera o sistema de recompensa do cérebro.

A pesquisa investigou os mesmos usuários ao longo de quatro anos.

O estudo consistia em monitorar o cérebro por ressonância magnética enquanto eram submetidos a uma situação de recompensa.

Para os pesquisadores, liderados por Mary Heitzeg, que publicaram a pesquisa no JAMA Psychiatry, os efeitos do uso prolongado da maconha afetam a forma com que os jovens lidam com as conquistas obtidas no dia a dia.

Os pesquisadores concluíram que algo gratificante para a maioria das pessoas não surte o mesmo efeito para o usuário de maconha. E o problema é simples: a droga sequestra o sistema de recompensa.

Daí que as pessoas necessitam da droga para se sentir recompensados – e isso inclui novos desafios, objetos e desejos.

Para os pesquisadores, liderados por Mary Heitzeg, que publicaram a pesquisa no JAMA Psychiatry, os efeitos do uso prolongado da maconha afetam a forma com que os jovens lidam com as conquistas obtidas no dia a dia.

Uma das conclusões indica que o consumo da droga enfraquece o cérebro quando ele busca reagir positivamente a recompensas. Ou seja, o uso da maconha produz consumidores insatisfeitos.

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Dinheiro

Um dos estudos tratou especificamente da mensuração da recompensa por dinheiro.

Em outras palavras, a pesquisa indica que existe, sim, um sistema viciante da droga, que exige cada vez mais sua utilização.

Além disso, a pesquisa sugere que os usuários se enfastiam rapidamente. Ou seja, perdem interesse pelas coisas, exigindo, desta forma, sempre novas experiências.

A pesquisa com 108 jovens de 20 anos de idade apresentou um jogo de recompensa monetária.

A cada vez que um alvo aparecia na tela, os participantes deveriam clicar um botão.

Pesquisadores explicavam previamente as regras: os voluntários precisavam reagir a ganhar 20 centavos de dólar ou cinco dólares.

Dentro da pesquisa, os participantes poderiam ainda escolher entre perder as quantias anteriores ou não ter perda nem ganho.

Primeiras conclusões fisiológicas: ocorre queda da quantidade de dopamina (substância relacionada ao prazer). Ela diminuiu de forma sensível com a passagem do tempo. E o mais grave: quanto maior o uso, menor a resposta.

O novo estudo indica uma relação entre início do consumo e vício: quanto mais cedo uma pessoa começa a usar maconha, mais rápida será a possibilidade de ela se tornar dependente. Os usuários que não dependem da substância começaram a consumi-la no fim da adolescência. O estudo mostra situação inversa para quem se viciou no início da adolescência.

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Pesquisas recentes corroboram que o uso reiterado afeta o desempenho acadêmico e relacionamentos.

 

Pesquisas nem sempre apresentam aspectos negativos

O estudo referente ao uso de maconha é controverso no meio científico: existem boas e más notícias para usuários quase sempre.  Divulgado em 2015, um estudo indica que o uso da maconha não está relacionado a problemas de saúde.

Os pesquisadores mensuraram sintomas psicóticos, depressão, asma, dentre outros.

A pesquisa publicada pela Associação Americana de Psicologia desbanca várias hipóteses, como a de que o consumo afetaria drasticamente a vida dos usuários.

Realizada no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, e na Universidade Rutgers, em Nova Jersey, a pesquisa envolveu 408 homens.

O estudo foi amplo e envolveu os usuários da adolescência até os 30 anos. A pesquisa científica foi divulgada na “Psychology of Addictive Behaviors” e motivou um polêmico debate com os cientistas contrários aos dados encontrados.

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SAÚDE

“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

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No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha. 

Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro. 

A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita. 

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A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali. 

Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar. 

“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP). 

A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou. 

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O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou. 

Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou. 

Edjalma Borges
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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