Cooperativismo paranaense demanda investimentos e um Plano Safra 2025/26 robusto

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O cooperativismo agropecuário do Paraná desempenha um papel essencial na economia estadual e nacional, impulsionando o crescimento e a inovação no setor agrícola. As cooperativas, ao reunir pequenos, médios e grandes produtores, criam um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico, social e ambiental. Nesse contexto, a continuidade e a ampliação dos investimentos são fatores determinantes para a sustentabilidade do setor.

Nos últimos anos, a demanda por investimentos no cooperativismo agropecuário cresceu de maneira expressiva. A necessidade de agregar valor às matérias-primas, modernizar processos produtivos, adotar novas tecnologias e aprimorar a infraestrutura de armazenagem tornaram-se desafios prioritários. Para que possam enfrentar a concorrência global e se adaptar às mudanças climáticas e às novas exigências do consumidor, as cooperativas precisam de um volume de recursos significativo.

O Plano Safra 2025/26 se apresenta como um instrumento fundamental para garantir o financiamento adequado ao setor. No entanto, os montantes disponibilizados nos planos anteriores, embora relevantes, têm se mostrado insuficientes para atender plenamente às necessidades emergentes. As cooperativas paranaenses requerem condições de crédito mais acessíveis, que possibilitem inovação e expansão sustentável de suas atividades.

A alta dos custos do crédito e a volatilidade dos mercados agrícolas são fatores adicionais que dificultam a consolidação financeira das cooperativas. A escassez de recursos do crédito rural, aliada a taxas de juros elevadas, limita significativamente a capacidade de investimento. Diante desse cenário, é urgente a revisão das condições de crédito, com a ampliação das linhas de financiamento a custos compatíveis com o retorno das atividades agropecuárias.

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Outro aspecto crucial é a infraestrutura de apoio à produção. Problemas logísticos e limitações de armazenamento representam desafios recorrentes, afetando diretamente a qualidade e a rentabilidade da produção agropecuária. Assim, o suporte financeiro do Plano Safra deve contemplar investimentos na modernização e expansão dessa infraestrutura, garantindo maior eficiência ao setor.

As cooperativas, juntamente com a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), têm buscado novas fontes de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundo Clima e recursos internacionais. Também avançam em legislações que viabilizem a captação de recursos no mercado a custos compatíveis.

A modernização tecnológica é outro pilar estratégico para o fortalecimento do cooperativismo agropecuário. Cooperativas que adotam automação, digitalização e inteligência artificial elevam sua produtividade e competitividade. Essas inovações aumentam a eficiência operacional e conferem vantagens competitivas frente a mercados cada vez mais exigentes.

A diversificação das atividades agropecuárias também é essencial para mitigar riscos. O incentivo ao cultivo de diferentes culturas e criações protege as cooperativas contra oscilações de mercado e alterações climáticas, assegurando maior estabilidade produtiva. O Plano Safra deve considerar incentivos que promovam essa diversificação.

A sustentabilidade, cada vez mais exigida por regulações e pelo consumidor, também deve ser priorizada. Investimentos em tecnologia para produção sustentável não apenas garantem conformidade regulatória, mas também geram valor para os produtos agropecuários. Nesse sentido, a Ocepar trabalha no projeto de certificação Paraná Cooperativo, que busca reforçar os padrões de produção sustentável.

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Os impactos dos investimentos nas cooperativas vão além do setor produtivo. O fortalecimento do cooperativismo resulta na geração de empregos, no desenvolvimento social e na capacitação de produtores. Com um Plano Safra fortalecido, mais cooperativas poderão investir em assistência técnica e serviços de apoio, promovendo maior integração dos cooperados à cadeia produtiva.

A volatilidade dos preços agrícolas também deve ser considerada. Medidas de proteção, como seguros agrícolas e políticas de estabilização de preços, são fundamentais para garantir segurança e previsibilidade aos cooperativistas. O Plano Safra deve incorporar esses mecanismos para fortalecer a resiliência do setor diante de incertezas econômicas.

A necessidade de revisão e ampliação dos recursos do Plano Safra 2025/26 é evidente. O Paraná, referência em cooperativismo agropecuário, precisa de um suporte financeiro condizente com a complexidade e a relevância do setor. Um Plano Safra revigorado garantirá não apenas o crescimento das cooperativas, mas também avanços significativos na segurança alimentar e na sustentabilidade econômica do estado e do país.

Em síntese, fortalecer o cooperativismo agropecuário por meio de um Plano Safra 2025/26 robusto é estratégico para o futuro do setor. Investimentos adequados garantirão competitividade, sustentabilidade e inclusão social no campo. Ao atender a essas demandas, as cooperativas e o agronegócio paranaense estarão mais preparados para os desafios do futuro, promovendo um desenvolvimento econômico e social sustentável.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

BNDES aprova R$ 150 milhões do Fundo Clima para biogás na Piracanjuba

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 150 milhões, por meio do Fundo Clima, para o Grupo Piracanjuba. Os recursos serão destinados à implantação de quatro Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D´Oeste (PR). Além disso, parte do valor será utilizada para substituir caldeiras movidas a combustíveis fósseis nas unidades de Araraquara e Três Rios.

O projeto alia inovação e sustentabilidade ao transformar a gestão de resíduos líquidos em uma fonte de energia limpa.

Redução de emissões e eficiência operacionalA captação do biogás poderá evitar a emissão de até 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano, assim que as plantas atingirem sua capacidade plena. Além da significativa redução de emissões, as novas ETEs proporcionarão maior eficiência nos processos, aprimoramento dos controles operacionais e redução de custos.

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Produção e potencial do biogásCom a capacidade total alcançada, as plantas de biogás terão potencial para gerar cerca de 11,7 milhões Nm³ de biogás anualmente. Para efeito de comparação, esse volume seria suficiente para abastecer um carro de passeio em uma jornada de 600 mil quilômetros por ano.

“Todas as iniciativas contempladas no projeto aprovado pelo BNDES visam à descarbonização, redução na geração de resíduos sólidos e substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia. Essas diretrizes estão alinhadas à política de transição energética do governo federal, viabilizada pelo Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões para projetos desse tipo em 2024”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do banco, José Luís Gordon, destacou que o Novo Fundo Clima tem o objetivo de fomentar fontes de energia limpa e incentivar o uso eficiente e responsável da energia. “Esse modelo de financiamento está alinhado à nova política industrial, que promove a bioeconomia, a descarbonização e a segurança energética, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.”

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Compromisso com a sustentabilidadeO presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo, celebrou o investimento e destacou seu impacto positivo para o meio ambiente e para a empresa. “Estamos entusiasmados em anunciar a captação de R$ 150 milhões do BNDES, via Fundo Clima, para investir em quatro projetos inovadores de tratamento de efluentes. Essas iniciativas permitirão a geração de biogás para abastecimento das caldeiras, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e custos com combustíveis. Além disso, substituiremos caldeiras movidas a combustíveis fósseis por opções mais sustentáveis. Esse investimento reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a proteção ambiental, garantindo um futuro mais limpo para todos.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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