Covid-19: governadores se reúnem com Maia e Alcolumbre em Brasília

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Governadores de estados das cinco regiões do país se reúnem hoje (3) com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tratar da vacina contra o novo coronavírus.

Entre os pontos, está a discussão sobre a Medida Provisória que definirá qual vacina contra a covid-19 o Brasil adotará e ainda assegurar os recursos para o Plano Nacional de Imunização. Também está prevista a discussão de um projeto que trata da recuperação fiscal dos estados.

Inicialmente, a reunião será com o presidente da Câmara. Na sequência, os governadores e secretários estaduais de Fazenda se reúnem com Alcolumbre. A reunião com o presidente do Senado não estava prevista e foi marcada após solicitação do coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, o governador do Piauí, Wellington Dias. Ambos os encontros ocorrerão nas respectivas residências oficiais.

“Estamos tratando com Câmara e Senado de um ponto que passa pelo Congresso que é a definição de recursos, a partir da proposta do governo e também sobre regras. Tem vários projetos que estabelecem regras em relação às vacinas e queremos tratar para ver o que sai”, disse Dias, ao chegar na casa de Maia. De acordo com o deputado, cerca de 10 governadores participam dos encontros.

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De acordo com Dias, os governadores defendem a compra da primeira vacina que for autorizada pelos órgãos competentes. “A defesa que nós governadores fazemos é que a primeira vacina que tiver autorização científica é ela que o Brasil tem que adotar”, disse Dias. “Se ela é feita no Butantan, na Fiocruz, nesse ou naquele país, isso é irrelevante em relação à prioridade que é salvar vidas”, acrescentou.

Renegociação de dívidas

Na reunião, os governadores também vão pedir que o projeto de Lei complementar (PLP) 101/2020 do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), seja colocado em votação na Câmara. O projeto resgata pontos importantes do chamado Projeto de Lei Mansueto e dá mais prazo para estados e municípios renegociarem suas dívidas em troca de ajustes fiscais.

“Tivemos muitas dificuldades [financeiras] em razão da pandemia. Antes tinha a compensação de receitas da União para estados e municípios e agora acabou. O que queremos agora é garantir que a gente tenha um conjunto de medidas que, de um lado exija contrapartidas de estados e municípios no sentido do equilíbrio fiscal, mas do outro lado, que permita também uma condição para que os estados possam ter alguma fonte para suportar esse momento atual”, disse.

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Segundo Dias, os governadores defendem a aprovação do substitutivo apresentado pelo deputado Mauro Benevides (PDT-CE), relator da matéria. Além da votação, na Câmara, os governadores querem que o texto também tenha prioridade no Senado.

“Estamos aqui na defesa desse projeto para que ele seja pautado e, quem sabe, apreciado com prioridade pela Câmara e Senado para que possamos entrar em 2021 com uma situação caminhando para o equilíbrio fiscal”, disse Dias.

Edição: Denise Griesinger

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POLÍTICA NACIONAL

Projeto prevê garantia para obra executada com recurso de emenda parlamentar

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O Projeto de Lei 4279/24, em análise na Câmara dos Deputados, exige que as obras e os serviços de engenharia executados com recursos de emendas parlamentares possuam instrumentos de mitigação de riscos, como seguro-garantia ou fiança bancária.

O intuito do projeto é garantir que as obrigações contratuais sejam cumpridas pelos responsáveis pela obra, evitando obras inacabadas.

Conforme o texto, a garantia servirá para cobrir danos relacionados à obra, como acidentes, e ainda danos por descumprimento de cláusulas contratuais. O edital deverá prever o tipo de instrumento que poderá ser contratado, podendo ser:

  • caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
  • apólices de seguro;
  • fiança bancária; ou
  • título de capitalização, com resgate pelo valor total.

Não haverá exigência de garantia em apenas três situações: quando o valor da garantia superar 4,5% do valor do contrato, em contratos inferiores a R$ 500 mil, ou quando houver justificativa técnica para a dispensa da contratação de seguro.

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Continuidade
O projeto é do deputado Fernando Monteiro (PP-PE). De acordo com ele, o texto é importante para melhorar a qualidade e a transparência das obras executadas com recursos públicos, além de coibir obras federais inacabadas.

“A medida proporcionará uma camada adicional de segurança e fiscalização, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente e responsável”, explica Monteiro.

Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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