CPI pede indiciamento de Bruno Tolentino, William Rogatto e Thiago Chambó

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE) aprovou o relatório do senador Romário (PL-RJ) nesta quarta-feira (19) com pedido de indiciamento de Bruno Tolentino por manipulação de resultados. Ele é tio do jogador Lucas Paquetá, ex-atleta do Flamengo, com atuação na seleção brasileira, e que atualmente joga no futebol inglês. O senador carioca também pediu o indiciamento dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade. A CPI decidiu não indiciar o empresário Bruno Lopez devido a um acordo fechado com o Ministério Público.
— A gente trabalhou com todos os órgãos possíveis e necessários para que pudéssemos chegar aonde chegamos com este relatório. É claro que não temos como agradar a todo mundo. A minha relação com o senador Girão [Novo-CE] não muda em nada. Continuo tendo o mesmo carinho e o mesmo respeito — afirmou Romário, referindo-se ao único senador que votou contra o relatório.
De acordo com o senador Carlos Portinho (PL-RJ), um dos resultados da CPI foi a prisão de William Rogatto nos Emirados Árabes.
— Ele está há quatro meses preso em Dubai porque confessou nesta CPI e tem um mandado de prisão preventiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal por manipulação. E foi desse processo que saiu o alerta vermelho que o prendeu.
A apresentação do relatório encerra as atividades da CPI, que começou em março de 2024 com previsão de encerramento em outubro, mas teve seu prazo prorrogado duas vezes. Girão pediu que os trabalhos da comissão continuassem ainda por mais dez dias, mas o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), esclareceu que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, havia solicitado sua conclusão.
Relatório
Romário afirmou no relatório que a CPI evidenciou que praticamente todos os escândalos recentes envolvendo a manipulação de competições estavam relacionados com apostas em eventos isolados, especialmente os casos envolvendo atletas conhecidos.
Ele acrescentou que as apostas pontuais facilitam manipulações feitas por apostadores e grupos criminosos, sem necessariamente afetar o resultado da partida. Por isso, o documento pede a restrição dessa atividade e recomenda que as entidades esportivas informem os atletas sobre a legislação em vigor e eventuais punições.
Legislação proposta
O relatório final propõe uma emenda constitucional (EC) e três projetos de lei para coibir a manipulação de jogos. A EC obriga o comparecimento de qualquer cidadão nas CPIs, inclusive com uso de força policial. A proposta foi apresentada após a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a influenciadora Deolane Bezerra não precisaria depor na CPIMJAE.
O primeiro dos três projetos de lei propostos aumenta a pena do crime de fraude em evento esportivo de quatro a dez anos de prisão e multa. O projeto também institui o crime de fraude no mercado de apostas e punições para promessas irreais e para o atleta que divulgar informação privilegiada para conseguir vantagem indevida.
Toda a documentação produzida pela CPI será compartilhada com a Polícia Federal e o Ministério Público da União para prosseguimento das investigações. As informações também serão enviadas para outras instituições, como Casa Civil e ministérios da Fazenda, da Justiça, do Esporte e da Saúde, para medidas específicas de cada uma.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado


POLÍTICA NACIONAL
Revalidação de recursos orçamentários não pagos segue para sanção

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (19), por 66 votos a 2, o projeto de lei complementar (PLP) 22/2025, que revalida dotações orçamentárias de anos anteriores inscritas em restos a pagar não processados. Com isso, os valores poderão ser liquidados até o final de 2026. O projeto, do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados na terça-feira (18). Agora segue para a sanção.
O texto foi aprovado em regime de urgência, com mudanças feitas pela Câmara na forma de um substitutivo (texto alternativo). A principal alteração foi no período dos restos a pagar que serão revalidados. O projeto do Senado revalidava os restos a pagar inscritos no período de 2019 a 2024. Já a regra alterada pela Câmara, e aceita pelos senadores nesta quarta, prevê a revalidação de recursos para o período de 2019 a 2022.
— O ajuste realizado pela Câmara dos Deputados evita eventuais problemas na interpretação do dispositivo, deixando–o mais claro — explicou o relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ), ao recomendar a aprovação do texto como veio da Câmara para evitar o conflito com normas já existentes.
Os restos a pagar são recursos que passam de um exercício financeiro para outro e se referem a serviços ou obras, por exemplo, que ainda não foram pagos. Essas despesas têm os recursos empenhados (reservados). Os restos a pagar são considerados processados quando o órgão já verificou o direito do fornecedor de receber o dinheiro (liquidação). Quando essa liquidação ainda não ocorreu, os restos a pagar ficam na situação de não processados.
Como funciona
Segundo a legislação orçamentária, os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição. Caso não sejam desbloqueados até o final do exercício financeiro do bloqueio, eles serão cancelados. Os inscritos em 2019, por exemplo, foram bloqueados em 2021 e aqueles não liquidados até o fim de 2021 foram cancelados. O que o projeto faz é reverter esse cancelamento.
O texto aprovado, no entanto, impõe algumas limitações. Os restos a pagar revalidados precisam ser relativos a despesas com licitação já iniciada ou a convênios nos quais uma cláusula suspensiva esteja pendente de resolução.
Transparência
Para garantir a transparência e a rastreabilidade do dinheiro, os restos a pagar não processados e revalidados pelo projeto deverão seguir o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, e na Lei Complementar 210 de 2024, que trata da proposição e da execução de emendas parlamentares.
Outro impedimento é que não poderão ser pagos valores de obras e serviços que estejam sob investigação ou apresentem indícios de irregularidade. Uma alteração feita na Câmara, e aceita pelo Senado, deixa claro no texto que essas obras serão aquelas da lista do Tribunal de Contas da União (TCU).
LDO
Prorrogação semelhante tinha sido aprovada pelo Congresso no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 para até o fim deste ano. Mas foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2024.
Na ocasião, o governo argumentou que isso contrariava o interesse público porque afetava “a alocação eficiente e eficaz dos recursos em atividades públicas com satisfatório estado de realização”. Após negociações, o governo concordou com a apresentação do projeto pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe.
Com informações da Agência Câmara
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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