Crédito agrícola em foco: Panorama Setorial apresenta soluções para desafios do setor

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O setor de crédito agrícola no Brasil atravessa um momento de incertezas com o Plano Safra 2024/2025, impactado pela suspensão de linhas de financiamento e pela volatilidade das taxas de juros. O aumento dos custos de equalização de juros e o atraso na aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso intensificam a instabilidade do financiamento rural. Nesse contexto, o Panorama Setorial – Máquinas Agrícolas no Brasil, elaborado pela [BIM]³ – Boschi Inteligência de Mercado, surge como uma ferramenta estratégica, oferecendo informações qualificadas e uma visão detalhada sobre o mercado nacional de máquinas agrícolas.

A política de equalização de juros, que permite ao governo subsidiar parte dos encargos financeiros do crédito rural, tornou-se inviável diante da alta da taxa Selic. Como resposta emergencial, o governo editou a Medida Provisória 1289/25, liberando R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário — uma solução paliativa que não resolve a instabilidade no setor.

Diante desse cenário desafiador, os produtores rurais têm buscado alternativas para viabilizar suas operações e mitigar os impactos dos juros elevados. Entre as principais estratégias adotadas, destacam-se o financiamento por meio de tradings e mercado de capitais, o fortalecimento de cooperativas e associações e, principalmente, o aluguel e compartilhamento de máquinas agrícolas, uma alternativa eficiente para redução de custos e otimização da produção.

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Aluguel de máquinas agrícolas ganha força no setor

A locação de equipamentos agrícolas tem se consolidado como uma solução econômica diante dos elevados custos de aquisição de novas máquinas. Segundo a Mordor Intelligence, o mercado global de locação de equipamentos agrícolas deve crescer a uma taxa composta anual superior a 7% entre 2024 e 2029. Essa prática permite que pequenos e médios produtores tenham acesso a tecnologias avançadas sem comprometer sua capacidade de investimento.

Além disso, a crescente adoção de práticas sustentáveis e inovações tecnológicas, como agricultura de precisão e otimização do uso de insumos, reforça a necessidade de informações estratégicas para embasar decisões no setor. É nesse contexto que o Panorama Setorial se destaca, fornecendo um levantamento aprofundado sobre o mercado de máquinas agrícolas e impulsionando escolhas mais assertivas.

O estudo inédito analisará o mercado de máquinas agrícolas autopropelidas, como tratores, colheitadeiras e pulverizadores, abordando aspectos como tamanho da frota circulante, idade média dos equipamentos, planejamento de renovação, comportamento de compra, hábitos de pós-venda e tendências tecnológicas. Os dados serão segmentados por tipo de cultura, tamanho de propriedade, gênero e idade, proporcionando uma visão abrangente do mercado nacional.

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Com entregas detalhadas e inéditas, a [BIM]³ pretende consolidar o Panorama Setorial – Máquinas Agrícolas no Brasil como referência essencial para o mercado, fornecendo uma base sólida para o desenvolvimento sustentável do agronegócio. A pesquisa está em fase de desenvolvimento e tem conclusão prevista para julho deste ano.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Descarte Estratégico de Matrizes Evita Perdas Produtivas e Otimiza o Desempenho da Fazenda

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A saúde das matrizes é um fator crucial para o sucesso de uma estação de monta em qualquer rebanho. No entanto, mesmo com cuidados rigorosos, algumas fêmeas podem apresentar falhas reprodutivas, o que compromete a produtividade da fazenda. Nesse contexto, o descarte adequado de matrizes é uma prática essencial para aumentar a rentabilidade e garantir um desempenho eficiente no campo.

De acordo com Bruno Marson, zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, a seleção das matrizes para descarte ocorre, na maioria das vezes, após o diagnóstico de gestação, realizado por um médico veterinário entre 30 e 40 dias após a inseminação artificial ou a saída dos touros da estação de monta. No entanto, antes de tomar a decisão de descartar um animal, é necessário avaliar sua categoria e o desempenho nos anos anteriores, pois a falha reprodutiva pode ser um evento isolado, sem necessariamente indicar baixa produtividade.

“Uma falha única não significa que a matriz seja improdutiva. O descarte deve ser baseado em outros critérios, como nível de produção, histórico de doenças como mastite, índices reprodutivos e outros aspectos. Caso o descarte se confirme como necessário, o ideal é agir rapidamente, evitando que o animal continue na propriedade. Uma alternativa ao descarte imediato seria uma breve terminação antes da venda”, explica Marson.

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A categoria das fêmeas também tem influência sobre essa decisão. Novilhas que iniciam a estação de monta com bom escore corporal e apresentam cio são consideradas de boa fertilidade. Caso não engravidem ao final do período, devem ser descartadas sem outra tentativa. Por outro lado, vacas multíparas, com bezerros ao pé, podem ser avaliadas com mais flexibilidade, caso esta seja a primeira falha reprodutiva e o histórico de desmame de bezerros pesados seja favorável. Já as vacas chamadas “solteiras”, que não produziram bezerros no ano, não devem ser mantidas na propriedade.

Para uma seleção de matrizes para descarte bem-sucedida, é essencial que o produtor tenha um banco de dados completo sobre os animais, incluindo informações sobre perdas pré-parto, índices de prenhez, problemas reprodutivos, peso ao nascimento, taxa de desmama, idade da vaca, entre outros. Marson destaca que fatores como o valor genético e o impacto do animal nos custos de produção também devem ser levados em consideração antes da decisão final. As vacas com mastite crônica, baixa taxa de prenhez e alto intervalo entre partos são as principais candidatas ao descarte. Problemas de cascos e conformação de pernas e pés também merecem atenção.

Outro ponto ressaltado pelo zootecnista é a avaliação das primíparas, ou seja, fêmeas que passaram pelo primeiro parto e ainda estão em fase de crescimento. “As primíparas ainda não atingiram o peso ideal, o que pode acarretar carências nutricionais específicas no período pós-parto e uma taxa de prenhez mais baixa. Essas características podem levar a decisões equivocadas de descarte logo após a primeira falha reprodutiva”, alerta.

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Por fim, é fundamental que o produtor avalie se os problemas reprodutivos são causados exclusivamente pelas falhas das fêmeas ou se também podem ser atribuídos aos touros. Manter uma boa genética no rebanho e garantir que os animais respondam adequadamente à nutrição, manejo e sanidade é essencial para o sucesso do negócio. O descarte, portanto, deve ser feito de forma estratégica, visando à melhoria genética do rebanho e contribuindo para a geração de receita. “A reposição anual de matrizes é fundamental para a continuidade da produtividade nas propriedades rurais. A recomendação é que, anualmente, de 20% a 30% dos animais sejam repostos, sem ultrapassar esse limite. O excesso de novilhas de um ano leva a um excesso de primíparas no ano seguinte, e o aumento de bezerros do primeiro ano reflete na diminuição de bezerros no ano subsequente”, conclui Marson.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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