Opinião

Crônica de uma sexta-feira

Cochilo um pouco. Acordo. Penso em já ir para o INPE, mas chegar às 7h atrapalha a limpeza que as colaboradoras fazem nesse horário, expio o facebook, a ideia era espiar, mas alguns amigos radicais poluem com ideias e conspirações malucas.

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Um efeito dos 60 anos, ou talvez, por causa da Covid-19, sabe Deus, há dias que incho e durante o sono desincho, o que me faz acordar de madrugada. Neste dia 12 de agosto, acordei, vejo pela janela uma estrela brilhante, olho o relógio, 5h43, não podia ser Vênus, que nasce mais tarde, Júpiter e Saturno estavam a oeste, de onde não tenho visão de dentro do meu apartamento.

Saturno, nome do deus e planeta originado no Latim, Cronos em grego, tempo em português, de onde crônica, narração histórica, por ordem cronológica, texto redigido de forma livre e pessoal.

Se não era nenhum desses planetas, então deveria ser Sirius, a estrela mais brilhante dos nossos céus. Procurei Orion (Três Marias), tive sorte, estava entre as nuvens, olhei para cima e vi Rigel, Betelgeuse ainda não nascera. Ao lado de Sírius, à direita, três estrelas formando um triângulo, cujos nomes não lembrei, e nunca lembrarei porque não são tão conhecidas, são Adhara, Wezen e Aludra.

Cochilo um pouco. Acordo. Penso em já ir para o INPE, mas chegar às 7h atrapalha a limpeza que as colaboradoras fazem nesse horário, expio o facebook, a ideia era espiar, mas alguns amigos radicais poluem com ideias e conspirações malucas. Visto uma camiseta verde, uma camisa verde e uma blusa verde, esperança para uma sexta-feira fria, mas ensolarada. Faço o meu desjejum, lembro-me dos necessitados que a incompetência governamental gerou, agradeço a Deus e intercedo para os 120 milhões de brasileiros que talvez não tenham nem um pão com manteiga e um copo de leite hoje.

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Entro em meu carro e parto imediatamente, uma das vantagens de usar gasolina e não álcool (parei de usar quando os postos fixaram o preço proporcionalmente). Início minhas orações de forma a coincidir a Ave Maria quando passo em frente à Capela de Nossa Senhora Aparecida do Parque Industrial. Ligo o som na estação de jazz de boa qualidade, não, nenhuma rádio que exista em São José dos Campos, é a do meu pendrive mesmo. Passando pela entrada do DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, uma família de tucanos atravessa a Dutra em direção ao Shopping Center Vale. Sorrio diante da beleza do dia.

Entro na Avenida dos Astronautas, muitas pessoas correndo, maioria de mulheres, cuidar da saúde é fundamental! Passo pela Capela de São Benedito e, logo, vejo a torre da Igreja de Santa Rita de Cássia, não perco oportunidade para invocar a intercessão dos santos, afinal eu creio em anjos, que são mensageiros, no meu e no dos santos.

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Adentro o INPE, as flores que resistem ao inverno paulista enfeitam meu caminho, as amoreiras estão chamativas com suas amoras vermelhas escuras, mas resisto e sigo para minha sala. Sento na minha escrivaninha e escrevo este texto, afinal, poderia aposentar-me, mas estou feliz em continuar a colaborar com a Ciência e Tecnologia Espacial. E, hoje, é sexta-feira, logo mais à noite, descerei a serra para São Sebastião, um dia para encerrar bem a semana, repleta de realizações, feliz com a vida e com as oportunidades. Desejo um bom dia a todos neste mês de agosto, que significa augusto, magnífico!

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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ARTIGO

Linhas gerais sobre o seguro rural em sua modalidade de produção

Uma vez comprovado e aprovado o sinistro, a Seguradora efetua o pagamento da indenização ao produtor rural, dentro do prazo previsto no contrato e na forma contratada.

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Dra. Kellen Bombonato é advogada.

O seguro agrícola é um contrato por meio do qual o produtor rural se compromete a fazer o pagamento de um prêmio à Seguradora em troca da garantia de receber uma indenização em caso de perda na sua produção.

É sabido que muitos fatores podem comprometer a produtividade das lavouras, implicando em perdas na produção e, consequentemente, diminuição da renda. Eventos climáticos adversos (como secas, geadas, excesso de chuvas, granizo), pragas e doenças (como infestação de insetos, fungos, vírus que podem atingir as plantas), além de outros riscos (como incêndios e inundações por exemplo), podem comprometer as lavouras.

O seguro agrícola existe justamente para minimizar esses riscos e oferecer uma proteção financeira a quem produz, ou seja, esse tipo de seguro funciona como uma “rede de segurança”, garantindo que, em caso de perdas em sua plantação, o produtor possa recuperar parte de seus investimentos.

Assim, o seguro agrícola funciona como verdadeiro mecanismo de proteção financeira destinado a produtores rurais que objetiva mitigar os impactos negativos causados por eventos adversos que possam comprometer a produção agrícola.

Normalmente, funciona como uma apólice de seguro tradicional, mas é especificamente adaptado para cobrir as perdas no agronegócio e oferece diversas opções de cobertura, permitindo que os produtores escolham a proteção que melhor atende às suas necessidades específicas.

A modalidade mais comum contratada pelo produtor é o seguro de produção, que é aquele que cobre os custos diretos de produção, que envolvem os insumos (sementes, adubos, fertilizantes, defensivos) e a mão de obra, em caso de perda total ou parcial da colheita, garantindo que os produtores possam recuperar os investimentos feitos na produção, mesmo quando a colheita resta comprometida.

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Para contratar o seguro de produção é preciso seguir algumas etapas: 1) em primeiro lugar há todo o processo de contratação, quando o produtor pesquisa e escolhe uma seguradora séria e experiente, que lhe ofereça produtos de seguro agrícola; 2) o produtor deve comparar diferentes opções para encontrar a melhor cobertura e as melhores condições e a Seguradora, por sua vez, realiza uma avaliação dos riscos associados à propriedade rural e às culturas, o que pode incluir visitas técnicas, a análise de histórico de produção, das condições climáticas da região, e outros fatores relevantes; 3) com base nessa avaliação, a Seguradora e o produtor definem as coberturas desejadas, os limites de indenização, e o valor do prêmio do seguro (o custo da apólice) e o contrato é então formalizado.

O “prêmio” é o valor que o produtor paga à Seguradora pela cobertura do seguro. Ele é calculado com base em diversos fatores, incluindo o tipo de cultura, área plantada, histórico de produção, e os riscos específicos da região. O pagamento pode ser feito de forma única ou parcelada, dependendo dos termos acordados com a Seguradora e constantes na apólice.

A apólice de seguro agrícola possui um período de vigência dentro do qual as coberturas são válidas e que geralmente coincide com o ciclo de produção da cultura segurada, desde o plantio até a colheita.

No caso da superveniência de um evento adverso que cause perdas na produção, o produtor deve comunicar imediatamente o sinistro à Seguradora, registrando essa comunicação. Se a comunicação for feita via contato telefônico, o produtor deve anotar o número do protocolo desse atendimento para comprovar que comunicou o sinistro no primeiro momento em que teve conhecimento do mesmo. Se a comunicação for feita por e-mail, já ficará registrada e servirá como prova. O importante é que a comunicação seja feita dentro do prazo estipulado na apólice e que seja registrada pelo produtor.

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A Seguradora enviará seus peritos a campo para avaliar os danos causados, verificando in loco a extensão das perdas e se estas estão cobertas pela apólice. Todo esse procedimento pode incluir a inspeção da área afetada e a análise de documentos e evidências fornecidas pelo produtor.

Com base na avaliação completa dos danos, a Seguradora calcula o valor da indenização de acordo com os termos da apólice, sendo este o valor destinado a compensar as perdas sofridas pelo produtor, até o limite da cobertura contratada.

Uma vez comprovado e aprovado o sinistro, a Seguradora efetua o pagamento da indenização ao produtor rural, dentro do prazo previsto no contrato e na forma contratada.

Destarte, ao seguir as etapas descritas, o produtor estará mais bem preparado para escolher a cobertura ideal, contratar o seguro agrícola com tranquilidade e ficar protegido contra os imprevistos que podem prejudicar o seu trabalho no campo, garantindo a segurança da sua produção e da sua renda.

Dra. Kellen Bombonato é advogada

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