Desafios e Preocupações com a Falsificação de Fertilizantes no Brasil

O aumento das importações de fertilizantes no Brasil tem gerado desafios significativos para o setor, especialmente no que se refere à falsificação e à comercialização de produtos de baixa qualidade. Segundo João Luiz Ricardo de Souza Filho, associado no IEST Group, a procedência, a logística e o armazenamento desses insumos são fatores essenciais que impactam diretamente sua eficácia no campo, tornando fundamental um maior controle e confiabilidade no mercado.
“A entrada de novas empresas no mercado de fertilizantes é um grande desafio para evitar prejuízos, tanto para as empresas importadoras quanto para o produtor rural”, afirmou Souza Filho em seu perfil na rede social LinkedIn.
Entre as principais recomendações do especialista para garantir a confiabilidade dos fertilizantes estão a obtenção de certificações, a participação em eventos do setor e o estabelecimento de parcerias com produtores, permitindo que a qualidade do produto seja avaliada na prática. Além disso, preços muito abaixo do mercado e promessas de facilidades logísticas devem ser vistos com cautela, pois podem indicar possíveis irregularidades.
Outro ponto crucial destacado é o investimento no pós-venda. O monitoramento do desempenho dos fertilizantes no solo e o acompanhamento dos seus efeitos nas lavouras reforçam o compromisso com a qualidade e fortalecem a relação com os clientes. Um suporte técnico eficiente pode se tornar um diferencial competitivo e contribuir para a consolidação da marca no mercado.
“A qualidade do fertilizante impacta diretamente a produtividade e a rentabilidade do agricultor. Vale a pena o cuidado”, concluiu Souza Filho, citando um caso específico em que observou a influência do insumo na cultura da soja.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado Global de Carne Bovina: Tendências e Perspectivas para 2025

Os preços do gado bovino seguem trajetórias distintas nos mercados globais, enquanto a produção começa a recuar. Na América do Norte, os preços iniciaram 2025 em alta, impulsionados por estoques reduzidos e forte demanda dos consumidores. Em contrapartida, os países do Hemisfério Sul operam com valores significativamente inferiores, refletindo condições sazonais favoráveis e aumento da oferta.
No Brasil, os preços do gado registraram um expressivo crescimento no final de 2024, impulsionados pela demanda internacional aquecida e menor oferta de animais. No entanto, projeta-se uma queda nos valores ao longo do segundo trimestre, conforme a disponibilidade de gado aumentar.
Globalmente, a produção de carne bovina atingiu um pico em 2024 e agora inicia um movimento de retração. A previsão do RaboResearch é de que o primeiro trimestre de 2025 registre uma redução de 2% na produção em relação ao mesmo período do ano anterior, com queda de 3% no segundo trimestre. No geral, espera-se que a produção de 2025 seja 2% menor, embora ainda 3% superior à média do período entre 2019 e 2023. Os principais recuos estão previstos para o Brasil e a Nova Zelândia.
Incertezas Políticas e Impactos no Mercado Global
Nos Estados Unidos, a nova administração já gerou incertezas com a proposta e posterior adiamento de tarifas sobre importados do México e do Canadá. Mudanças políticas podem provocar alterações nos fluxos comerciais, influenciando o mercado global de carne bovina.
Destaques Regionais
Brasil: As exportações de carne bovina iniciaram 2025 em ritmo acelerado, registrando o melhor janeiro da história. No entanto, os contratos futuros indicam uma leve queda nos preços até maio, após a forte valorização observada no segundo semestre de 2024.
- América do Sul: A oferta de carne bovina na região deve recuar em 2025, com o Brasil, principal produtor, reduzindo sua produção em 500 mil toneladas métricas. O elevado abate de fêmeas em anos anteriores impacta a disponibilidade de animais. Apesar disso, as exportações seguem crescendo, impulsionadas pela demanda chinesa.
- Estados Unidos: O país registra uma queda contínua nos estoques de gado, sustentando preços recordes no início de 2025. A retenção de novilhas pode reduzir o ritmo de abate e afetar a oferta nos próximos anos.
- China: Os preços da carne bovina caíram 18% em 2024, mas devem se estabilizar na primeira metade de 2025. A produção local tende a recuar, enquanto as importações seguem ameaçadas por disputas comerciais.
- Europa: A produção de carne bovina deve diminuir em 2025, o que manterá os preços elevados. As exportações seguem em alta, enquanto as vendas de gado vivo apresentam queda significativa.
Perspectivas para o Setor
A retração da produção global e os desafios no comércio internacional indicam um ano de oscilações para o mercado da carne bovina. Os preços devem se manter elevados em regiões de menor oferta, enquanto o mercado de exportação ganha protagonismo em países produtores. O equilíbrio entre demanda global e disponibilidade de gado será fundamental para definir os rumos do setor em 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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