Distribuidores de insumos agropecuários divulgam nota pedindo isonomia na reforma tributária

A Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), representante de mais de 3.300 empresas em todo o Brasil, divulgou nota oficial onde expressa sua “profunda consternação” com o texto da nova versão da regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24).
A Andav destaca que, enquanto outros canais de venda terão a alíquota de IBS e CBS zerada, as empresas de comércio e distribuição de insumos agropecuários seguirão pagando a alíquota integral. Essa desigualdade compromete a isonomia tributária e ameaça a livre concorrência no setor, colocando em risco milhares de empregos diretos.
De acordo com a 8ª Pesquisa Nacional da Distribuição, realizada em 2023, os associados da Andav fornecem mais de R$ 22 bilhões em crédito aos produtores rurais, gerando mais de 50 mil empregos diretos. Além disso, essas empresas são responsáveis por democratizar o acesso a tecnologias e promover manejos modernos e seguros, contribuindo para a sustentabilidade e a eficiência da produção agrícola brasileira.
Diante das graves ameaças à competitividade do setor, a Andav convoca seus associados, líderes políticos e demais membros da cadeia produtiva para que se unam na luta por ajustes no texto da reforma tributária. A entidade defende a isenção para todo o agronegócio, garantindo que esse setor fundamental para o desenvolvimento do país continue prosperando e gerando renda e emprego.
A nota conclui: “Em nome dos milhões de profissionais que dedicam as suas vidas ao Agro Brasileiro, solicitamos apoio dos demais eixos da cadeira produtiva, dos representantes do Governo Federal e do Legislativo Brasileiro, para que revisitem uma decisão que condenará a sustentabilidade, e até mesmo a manutenção das atividades de milhares de empresas em todo o país, que nunca deixaram de apoiar o Brasil, no campo, seja qual fosse o desafio”.
LEI A SEGUIR A NOTA NA ÍNTEGRA:
Nota oficial Andav sobre o PLP 68/2024:
Somos contra a taxação da Distribuição de
Insumos Agropecuários
A Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários manifesta sua profunda consternação com a publicação do
relatório do PLP 68/2024, que excluiu importantes demandas do setor de insumos agropecuários.
Produtos básicos para a produção de alimentos em campo, não foram inseridos na lista de produtos que terão redução de alíquota, refletindo no aumento do preço dos alimentos.
O texto também apresenta enormes assimetrias, e atenta diretamente contra o princípio da isonomia tributária e livre concorrência, considerando que em outros canais de venda as operações com produtos e serviços serão beneficiadas com a redução a zero das alíquotas de IBS e CBS, enquanto as empresas do comércio e distribuição destes mesmos produtos, terão a incidência da alíquota cheia.
A Andav como a porta-voz de mais de 3.300 empresas da Distribuição de Insumos Agropecuários de todas as regiões do Brasil, repercute a apreensão de seus associados, em especial das pequenas e médias empresas que terão seus fluxos de caixa drasticamente atingidos. Em cenários onde a livre concorrência não será possível, milhares de empregos diretos também estarão comprometido
Cabe ressaltar que a Distribuição de Insumos Agropecuários é responsável por quase metade de todos os insumos que são entregues ao campo. Boa parte destas entregas são junto aos pequenos produtores que dependem diretamente do apoio destas empresas no financiamento de suas safras, além do apoio com a assistência técnica em campo, democratizando tecnologias e disponibilizando a milhões de produtores manejos modernos e seguros.
A Distribuição de Insumos é por essência um canal resiliente, disposto a contribuir de forma técnica e comprometida, em prol do desenvolvimento e fortalecimento da produção de alimentos, fibras e energias no Brasil. O clamor dos milhares de associados Andav é por um ambiente tributário justo, em que seja possível manter as atividades deste segmento, que presta verdadeiro serviço ao Brasil.
Em nome dos milhões de profissionais que dedicam as suas vidas ao Agro Brasileiro, solicitamos apoio dos demais eixos da cadeira produtiva, dos representantes do Governo Federal e do Legislativo Brasileiro, para que revisitem uma decisão que condenará a sustentabilidade, e até mesmo a manutenção das atividades de milhares de empresas em todo o país, que nunca deixaram de apoiar o Brasil, no campo, seja qual fosse o desafio.
Desta vez, precisamos do apoio da Câmara dos Deputados para que votem contra a oneração da Distribuição de Insumos Agropecuários, prevista pelo PLP 68/2024!
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
STOXX 600 avança com otimismo sobre reforma fiscal na Alemanha e alta no setor de energia

O principal índice acionário da Europa iniciou a semana em alta, impulsionado pelo avanço das ações dos setores de energia e saúde, enquanto investidores acompanham os desdobramentos da reforma fiscal na Alemanha. A maior economia europeia busca ampliar os gastos públicos e fomentar o crescimento econômico.
No início desta segunda-feira, o índice STOXX 600 registrava alta de 0,42%, atingindo 548,92 pontos. O avanço ocorre após a valorização de 1,1% na sexta-feira, motivada pelo acordo histórico entre partidos alemães para expandir os empréstimos estatais, visando investimentos em defesa e infraestrutura.
O índice alemão DAX tem superado seus pares regionais, acumulando uma valorização de 15,5% no ano. Esse desempenho reflete as expectativas em torno das amplas reformas fiscais planejadas pelo governo, que incluem a criação de um fundo de 500 bilhões de euros para infraestrutura e mudanças nas regras de endividamento.
“Em momentos de crise, surgem soluções e melhorias, e é isso que o DAX tem antecipado há algum tempo”, afirmou Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.
No domingo, o comitê parlamentar de orçamento da Alemanha aprovou o projeto de lei, que deve ser ratificado pela câmara baixa do Parlamento na terça-feira e pela câmara alta na sexta-feira.
O setor de saúde registrava um crescimento de 0,7%, com a Novo Nordisk avançando 3,2%. Já o segmento de petróleo e gás liderava os ganhos do dia, subindo cerca de 1%, impulsionado pelo aumento nos preços do petróleo bruto. A valorização reflete as tensões geopolíticas, especialmente após os Estados Unidos prometerem manter ataques contra os houthis do Iêmen até que o grupo, aliado do Irã, cesse seus ataques a embarcações comerciais.
Por outro lado, as ações do setor de luxo limitaram os ganhos gerais do índice. A L’Oreal registrava queda de 2,1%, enquanto a Kering e a Burberry recuavam 2,3% e 2,2%, respectivamente.
Na última sexta-feira, o STOXX 600 encerrou a semana em queda, pressionado pelas incertezas geradas pelas constantes mudanças de posicionamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às tarifas comerciais. As declarações de Trump aumentaram os receios de uma possível desaceleração econômica na maior economia global.
Os investidores também direcionam suas atenções para as decisões dos bancos centrais nesta semana. O Federal Reserve (Fed) e o Banco da Inglaterra devem anunciar suas diretrizes, com expectativas de que ambos mantenham as taxas de juros inalteradas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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