Dólar inicia abril em alta e fecha a R$ 5,71

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Num dia de ajustes no mercado interno, o real descolou-se das principais moedas e desvalorizou-se nesta quinta-feira (1º). A bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido, após subir 6% em março.

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,715, com alta de R$ 0,087 (+1,54%). A cotação operou em alta durante praticamente todo o dia, encerrando próxima dos níveis máximos da sessão. Ontem (31), a divisa tinha registrado a maior queda diária em três semanas e fechado em R$ 5,629.

No mercado de ações, a bolsa sofreu um dia de ajustes. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira aos 115.253 pontos, com recuo de 1,18%. O indicador chegou a abrir em alta, mas reverteu o movimento e passou a cair ainda nos primeiros minutos de negociação.

O mercado doméstico dissociou-se dos mercados internacionais nesta quinta-feira. Enquanto as bolsas norte-americanas subiram, com o índice S&P 500 voltando a registrar recorde, o dia foi marcado pelas tensões. O dólar caiu perante as principais moedas internacionais, mas subiu diante do real.

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As discussões em torno do Orçamento Geral da União de 2021 influenciaram o mercado. Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu o veto parcial ao texto aprovado pelo Congresso para evitar brechas que violem o teto federal de gastos ou que possam ser questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O mercado financeiro repercutiu a queda de 0,7% em fevereiro, interrompendo uma sequência de nove meses de alta. O recuo na produção pode indicar que a economia começa a sentir os efeitos do agravamento da pandemia de covid-19.

* com informações da Reuters

Edição: Bruna Saniele

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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