Economia

Dólar opera em alta com atenção voltada para inflação dos EUA e tarifas de Trump

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O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (28), impulsionado pela expectativa do mercado em relação aos novos dados de inflação dos Estados Unidos. Por volta das 9h10, a moeda americana era cotada a R$ 5,8457, avançando 0,30%.

Na véspera, o dólar já havia registrado um acréscimo de 0,45%, encerrando o pregão a R$ 5,8285. Com esse resultado, a moeda acumula alta de 1,71% na semana, recuo de 0,15% no mês e desvalorização de 5,68% no ano.

O aumento da tensão no mercado cambial ocorre em meio às dificuldades dos Estados Unidos para conter a inflação dentro da meta de 2% ao ano. A recente sinalização do ex-presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas a diversos parceiros comerciais tem gerado preocupações sobre um possível impacto nos preços de insumos e produtos importados.

Impacto das tarifas e possíveis ajustes na política monetária

Na quinta-feira (27), Trump reiterou sua intenção de estabelecer uma tarifa de 25% sobre todos os produtos importados da União Europeia (UE). Além disso, afirmou que as tarifas aplicadas ao México e ao Canadá entrarão em vigor em 4 de março, e que a China também estará sujeita a uma taxa adicional de 10% a partir da mesma data.

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A imposição dessas tarifas pode pressionar ainda mais os níveis de inflação nos Estados Unidos, o que poderia levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar novamente suas taxas de juros, atualmente fixadas entre 4,25% e 4,50% ao ano. A expectativa de juros mais altos na maior economia do mundo tende a fortalecer o dólar globalmente.

Desempenho do Ibovespa

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, inicia suas negociações às 10h. Na sessão anterior, registrou leve alta de 0,02%, encerrando aos 124.799 pontos.

Com esse resultado, o Ibovespa acumula queda de 1,83% na semana, retração de 1,06% no mês, mas ainda apresenta avanço de 3,75% no acumulado do ano.

Repercussão das tarifas no cenário global

A postura protecionista de Trump tem gerado forte reação entre os parceiros comerciais dos Estados Unidos. A União Europeia já se posicionou contrária às novas tarifas e sinalizou que, caso sejam impostas, responderá de maneira firme.

Durante seu pronunciamento, Trump alegou que os europeus estão se beneficiando das relações comerciais com os Estados Unidos, restringindo a entrada de automóveis e produtos agrícolas americanos, enquanto o país permite a importação de mercadorias europeias sem restrições significativas. Segundo ele, esse desequilíbrio gera um déficit de US$ 300 bilhões nas trocas comerciais com a UE.

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Além disso, Trump justificou as tarifas sobre México e Canadá alegando que o fluxo de drogas provenientes desses países ainda representa um problema significativo para os EUA. Quanto à China, reforçou sua intenção de implementar uma taxa adicional de 10% sobre os produtos importados do país asiático.

As medidas ampliam o receio de uma nova guerra comercial, o que pode agravar os desafios econômicos globais. A possibilidade de uma inflação mais alta nos Estados Unidos e de uma reação agressiva do Fed no ajuste das taxas de juros segue como um dos principais fatores de atenção dos investidores nos próximos dias.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado do boi gordo mantém tendência de alta com demanda aquecida

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O mercado físico do boi gordo apresentou firmeza nos preços ao longo da última semana, refletindo o bom desempenho do escoamento da carne no atacado. Estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia registraram encurtamento das escalas de abate, o que favoreceu a valorização da arroba. A demanda consistente, tanto no mercado interno quanto no externo, tem sido o principal fator de sustentação dos preços.

As exportações seguem aquecidas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne bovina. O fluxo positivo dos embarques mantém o setor em uma posição estratégica, especialmente diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem gerar novas oportunidades para a carne brasileira. O cenário internacional reforça a competitividade do produto nacional, impulsionando a valorização da arroba no mercado interno.

No dia 13 de março, as cotações da arroba do boi gordo refletiram essa tendência de valorização. Em São Paulo, o valor manteve-se estável em R$ 310,00. Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, houve alta de 1,72%, com a arroba negociada a R$ 295,00. Em Minas Gerais, o mercado registrou queda de 3,91%, fixando o preço em R$ 295,00. Mato Grosso permaneceu com preços inalterados em R$ 300,00, enquanto em Rondônia a arroba seguiu estável em R$ 265,00.

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No mercado atacadista, a elevação nos preços reflete o desempenho positivo do consumo na primeira quinzena de março. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, apresentando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro registrou valorização de 2,72%, sendo negociado a R$ 18,50 o quilo. No entanto, a expectativa para a segunda quinzena do mês é de uma possível desaceleração no consumo, em razão da menor circulação de renda entre os consumidores.

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mantêm um ritmo expressivo de crescimento. Em março, nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques totalizaram US$ 295,515 milhões, com uma média diária de US$ 98,405 milhões. O volume exportado atingiu 60,545 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876,00 por tonelada. Na comparação com março do ano anterior, o valor médio diário das exportações cresceu 161,3%, enquanto a quantidade exportada avançou 142,7%.

A manutenção desse cenário dependerá de fatores como a continuidade da demanda externa aquecida e o comportamento do consumo doméstico. Além disso, desafios logísticos e tributários seguem impactando a cadeia produtiva, tornando essencial o planejamento estratégico do setor para garantir a competitividade do produto brasileiro no mercado global.

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Fonte: Pensar Agro

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